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Migrações temporárias - problema para quem?
As migrações no mundo (Editorial)
O estrangeiro e sua situação jurídica no Brasil
Brasiguaios: os camponeses e as regras do jogo político nas fronteiras do Cone Sul
Latinos nos EUA – unindo Américas, fazendo a América de lá ou perdendo a nossa América?
Itália, país de imigração
Hispano-americanos, os presentes ausentes
Quando o escravo vira africano: reflexões sobre a construção da noção de estrangeiro no Brasil de finais do século XIX
Cruzando fronteiras
O Brasil no contexto das novas migrações internacionais
A minoria invisível: imigrantes brasileiros em Nova York
Brasileiros em Portugal: novos movimentos migratórios ou volta às origens?
Ser valadarense: a conquista da nova posição no espaço social e a "(re)territorialização" na origem
Migração, comunidade e adaptação dos cubanos nos Estados Unidos
Emigrar é preciso
Ser brasileiro em Londres
No coração da Europa
Migrações internas e internacionais no Brasil: panorama deste Século
Da perspectiva do retorno à consolidação do caminho sem volta
Um olhar sobre os migrantes brasileiros no Japão
Brasil, um país para se esquecer...
Empresários brasileiros nos Estados Unidos
A cidade de El Alto e os fluxos de bolivianos para São Paulo
Emigração de argentinos para a Espanha: fluxos e composição
Apresentação (Ed. 64)
Migración internacional, remessas y desarrollo: del mito a la realidad
Casamento misto & migração: a união com um estrangeiro como estratégia para ganhar os países centrais
Capital social e os fluxos migratórios internacionais de brasileiros
Notas sobe fundadores e povoamento no Brasil: os casos do sertão pernambucano e do norte-matogrossense
Franceses no Brasil nos séculos XIX e XX. Laurent Vidal; Tânia Regina de Luca (Orgs.)
Apresentação (Ed.66 – Brasileiros em Londres)
Introdoução (Ed.66 – Brasileiros em Londres)
Brasileiros em Londres – um perfil socioeconômico
Estrategias de inserción de inmigrantes cabo-verdianos en los Estados Unidos, Portugal y en la Argentina
Do Brasil à Itália: processos históricos e culturais de uma nova realidade emigratória
Imigrante brasileiro em Portugal: "pé de passada" (Entrevista)
A serra e a cidade: o triângulo dourado do regionalismo. Maria Beatriz Rocha-Trindade. Âncora Editora, 2009. (Resenha)
Haitianos em Manaus: dois anos de imigração – e agora!
Apontamentos sobre o processo de inserção social dos haitianos em Porto Velho
Só viajar! Haitianos em São Paulo: um primeiro e vago olhar
Apresentação (Ed. 70 – Emigração e retorno)
Entre o rural e o urbano: piauienses na citricultura paulista
Sair do sertão, viver nele: as migrações sertanejas
A nova emigração espanhola: os rumos da emigração espanhola após a crise econômica
La diaspora haitenne: territoires migratoires et réseaux transnationaux. Cédric Audebert. Rennes (FR): Presses Universitaires de Rennes, 2012. Resenha
Colombianos na Casa do Migrante, São Paulo (1997-2007) – desterritorialização e rebusque
Perfil dos haitianos acolhidos na Missão Paz de janeiro a julho de 2015
Por que falar de imigração no Brasil? (Entrevista)
Les territoires de l'attente: migrations et mobilités dans les Amériques (XIX° e XX° siècle). Laurent Vidal et Alain Musset (org.). Rennes (FR), Presses Universitaires de Rennes, 2015. (Resenha)

Resumo: Neste artigo pretende-se analisar a representação de personagens femininas no contexto da literatura de imigração de expressão alemã. Com foco na resistência, o artigo discute a intersecção de gênero e imigração no conto "Schatten und Schritte", de Aysel Özakin, e no romance Der Russeisteiner, der Birkenliebt, de Olga Grjasnowa. O primeiro texto, publicado em 1985, apresenta uma voz da primeira fase da história de fluxos migratórios para a Alemanha; o segundo, de 2012, apresenta uma discussão sobre percepções femininas e práticas de resistência depois da virada do milênio. Resistência é entendida aqui como processo que consiste em reconhecer, nomear e refrear ações que produzem desigualdades. O primeiro texto conecta a resistência com uma sensação de culpa; o segundo foca, sobretudo, na autonomia obtida por meio de atos de resistência.

Resumo A representação brasileira da imigração japonesa passou por rápidas transformações nos primeiros anos após a Segunda Guerra Mundial. Neste artigo analisa-se, a partir do ponto de vista de três jornais brasileiros, o processo de transformação das imagens da imigração japonesa, de sua quase proibição em 1946 (durante a Constituinte) até as celebrações do Cinquentenário da Imigração Japonesa no Brasil em 1958. Os três jornais são: O Estado de S. Paulo (SP), o Jornal do Brasil (RJ) e o Jornal do Commercio (RJ). Em comum, todos partem de uma mesma posição de apoio à proibição em 1946 e chegam a uma mesma posição de homenagem e celebração em 1958. O caminho que liga o percurso, no entanto, é sensivelmente distinto. O objetivo do trabalho é identificar empiricamente as formas de representação do grupo minoritário japonês em veículos de imprensa de grande circulação no imediato pós-guerra. Além disso, busca-se delinear alguns dos fatores que inf luenciaram nas transformações dessas representações, verificando a importância da economia, da geopolítica, da ação de lideranças e associações locais, assim como das ideologias raciais e de nacionalidade que dominam o debate público em cada momento.

Embora criado pela Lei 6.815 de agosto de 1980, uma lei muito criticada por pesquisadores, migrantes e por representantes de diversas instituições que trabalham com o tema das migrações, o CNIg - Conselho Nacional de Imigração, instituído no período de ditadura militar (1964-1984), se democratizou tanto na sua composição como nas suas ações. Estas envolvem a participação de diversas instituições e da sociedade civil. A partir de 2000, o CNIg vem ampliando as formas mais adequadas de tratamento da questão migratória, especialmente no que tange ao trabalhador migrante. Este Conselho teve e continua tendo um papel fundamental na imigração haitiana no Brasil, que iniciou no começo de 2010. O que torna sua atuação nesta imigração incontornável para entendêla. Quem fez a honra de falar a respeito, depois de cinco anos do fenômeno, é o próprio Presidente do CNIg, Paulo Sérgio de Almeida. Com dez anos na instituição e oito na sua presidência, ele se pronuncia sobre sua relação com o tema, sobre a forma como o CNIg lidou com a imigração haitiana, seus desafios e das perspectivas de trabalho do Conselho. Esta entrevista mostra o olhar do poder público sobre uma migração que chamou a atenção do Brasil nos últimos anos.

Neste trabalho, apresentamos uma reflexão acerca das tensões identitárias vivenciadas por mulheres brasileiras que migraram para a Espanha para exercer a prostituição a partir de uma crítica às perspectivas eurocêntricas e coloniais. Tais perspectivas, desde o surgimento dos estados nacionais, têm propiciado a invenção do outro, naturalizando relações desiguais de raça, etnia, gênero, nacionalidade. Apresentamos aqui como brasileiras, imigrantes e prostitutas, vivenciam as heterodesignações como outras, enfocando possíveis interpelações às hierarquias sociais a partir de sua condição de imigrantes na Europa e prostitutas. Para tanto, faremos uma análise da crise que os estados-nacionais europeus têm vivido e que tem como consequência o acirramento de práticas xenófobas e racistas. Apresentaremos também a análise de entrevistas em profundidade realizadas com prostitutas imigrantes brasileiras em Madri, Espanha.