Este artigo trata sobre as (im)possibilidades do diálogo entre a filosofia e a psicanálise, atentando para tanto em alguns pontos que separam esses dois campos. Em primeiro lugar, considera-se o que a filosofia recusou ao se constituir e se diferenciar de outros campos do discurso e do saber, nos seus primórdios, na Grécia Antiga. O que nessa discussão está em causa é a filosofia socrático-platônica e a sua diferença em face da perspectiva trágica, que é abordada no âmbito das crenças religiosas gregas e na obra dos poetas trágicos. No segundo item são recuperadas certas conceitualizações de Freud sobre o psiquismo, com o intuito de indicar a presença da perspectiva trágica em sua concepção de homem. Finaliza-se retomando algumas das razões que levaram Freud a criticar e se distanciar da filosofia, inclusive da vertente que acolhe a perspectiva trágica. As (im)possibilidades do diálogo entre a filosofia e a psicanálise são então apontadas, considerando-se sobretudo as relações que se estabelecem entre esses dois campos depois de Freud.
O texto apresenta um breve histórico sobre o conceito de infância, tendo como referência pensadores como Ariès que caracteriza o infante como "não–falante", não existente. Destaca as transformações influenciadas pelos iluministas, em especial por Rousseau iniciando um processo de direito à fala, à palavra; e o infans para Lacan ocupando um lugar marcado pelo desejo materno, alienando-se na imagem de um Outro. Busca a relação entre psicanálise e educação, a necessidade do professor rever seus conceitos e postura ética para se utilizar dos conhecimentos psicanalíticos em sua prática educativa, num encontro com as diferenças, sendo o conhecimento o objeto de desejo que circula entre professor e aluno e a subjetividade dessa relação entre professor-aluno-conhecimento. Traz a discussão sob a perspectiva do sujeito "que não aprende", que é "des" qualquer coisa, "des-interessado, des-motivado" e no endereçamento ao professor que é um suposto-saber. Defende uma educação que pensa em "sujeitos" e não em "massas uniformizadas" dentro de uma sala de aula, que respeite a singularidade de cada aluno, apesar do constrangimento e insegurança gerados pelo convívio com as diferenças. Reflete sobre a escola enquanto instituição normativa e a importância da construção do trabalho em grupo.
Este artigo visa fazer uma apresentação sintética da área de pesquisa em filosofia da psicanálise. Para tanto, apresente um breve histórico das relações entre psicanálise e filosofia, seguido de um comentário a respeito do surgimento da filosofia da biologia, que pode ser tomado como modelo do que hoje acontece com a filosofia da psicanálise. Apresenta e a analisa a seguir o modo como esta se desenvolveu na cena filosófica brasileira, para, por fim, concluir com um esboço de categorização do tipo de pesquisas que se pode encontrar nessa área. Trata-se, pois, de uma tentativa de explicitação mais sistemática do sentido do que se pode entender atualmente como filosofia da psicanálise.
Este trabalho surge com o intuito de problematizar a psicanálise como método de interrogação do sujeito, propondo uma reflexão sobre as formas como a própria psicanálise porta uma vocação utópica, enquanto ferramenta política, a partir de sua visão acerca do sujeito e da proposição de uma ética. Propomo-nos a analisar de que forma os regimes econômicos lapidaram as subjetividades. Movimentos de resistência a essas lógicas de silenciamento da vida têm surgido, abrindo novos espaços simbólicos para um pensamento de práticas utópicas e suas reverberações éticas para uma política de vida. ; Este trabajo surge con el fin de problematizar el psicoanálisis como método de interrogación del sujeto, proponiendo una reflexión acerca de la forma en que el propio psicoanálisis conlleva una vocación utópica, en cuanto herramienta política, a partir de su visión acerca del sujeto y de la proposición de una ética. Nos proponemos a analizar la manera en que los regímenes económicos lapidaron las subjetividades. Movimientos de resistencia a esta lógica de silenciamiento de la vida han surgido, cediendo el paso a nuevos espacios simbólicos para un pensamiento de prácticas utópicas y sus repercusiones éticas para una política de vida. ; This study aims to problematize psychoanalysis as a method of interrogation of the subject, proposing a reflection on the ways that psychoanalysis itself carries a Utopian vocation, whilst being a political tool, from its view about the subject and the proposition of an ethic. We aim to examine how economic regimes formed subjectivities. Resistance movements to these types of life silencing logic have emerged, opening new symbolic spaces to think about Utopian practices and their ethical reverberations to the politics of life. ; Ce travail vise à problématiser la psychanalyse en tant que méthode d'interrogation du sujet, en proposant une réflexion sur la question de savoir sous quelles formes la propre psychanalyse porte une vocation utopique, comme un outil politique, à partir de sa vision du sujet et de la proposition d'une éthique. Nous proposons d'examiner comment les régimes économiques ont taillé des subjectivités. Des mouvements de résistance à ces logiques de faire taire la vie ont émergé, en ouvrant de nouveaux espaces symboliques pour une pensée des pratiques utopiques et leurs réverbérations éthiques pour une politique de la vie.
O artigo apresenta uma leitura do livro Crítica aos fundamentos da psicologia, de Georges Politzer. Nele, Politzer realizou sua leitura da obra A Interpretação dos Sonhos, de Freud, para construir as bases do que denominou psicologia concreta. O propósito é acompanhar o movimento que Politzer fez para demonstrar a sobrevivência da abstração na psicologia nascente, mas, também, acompanhando o movimento que ele fez para mostrar as potências dessa nova psicologia. Para acompanhar esse movimento, consideramos três conjuntos de questões, que aparecem no livro de Politzer como sendo importantes para que a nova psicologia possa constituir-se: a definição do fato psicológico; definição de um método; e, criação de noções próprias.
This article examines a study by Theodor Adorno about the radio phonic utterances of the extreme right-wing political activist in the USA, Pastor Martin Luther Thomas, in the 1930s. In examining these discourses through the method of content analysis, Adorno sought to understand the motives that led individuals to perpetuate the same economic relations as their forces had overcome, instead of replacing them with a superior and more rational form of social organization. After more than 70 years, this study is undoubtedly an indispensable instrument for understanding the current social scenario, mainly politic.
Propõe-se uma crítica radical às práticas educacionais a partir de uma interlocução interpelante entre Foucault e a psicanálise. Foucault aborda os temas da loucura, saber, poder e ética, tendo como pano de fundo uma crítica à sociedade disciplinar, às instituições e à normalização operada pela psiquiatria e psicanálise. Freud aborda a dinâmica dos conflitos psíquicos contrapondo-se ao saber médico de sua época, de modo a elaborar uma teoria sobre o inconsciente. O resgate das críticas de Foucault a Freud é fundamental à proposição deste artigo. O diálogo entre as críticas foucaultianas e psicanalíticas à educação e suas possíveis contribuições às transformações de suas práticas só se faz possível e potencializado quando se leva em conta as pertinentes críticas de Foucault à psicanálise. Por outro lado, faz-se necessário admitir que o campo psicanalítico, interlocutor permanente de Foucault, pode, em certa medida, vir a ser um aliado ao projeto filosófico deste último, quer seja em função do descentramento em relação à visão do sujeito racional, quer seja pela crítica às instituições, de modo a promover formas de se pensar e agir diferentes das que geralmente se objetivam nas práticas escolares e na vida cotidiana.
Em 1917, Freud definiu a sexualidade como tudo o que se relaciona com a distinção entre os dois sexos. Dessa premissa, extraiu uma conclusão: aquilo que é sexual é da ordem do impróprio. Minha estratégia nesse artigo é retornar à hipótese da sexualidade infantil para demarcar a invenção da psicanálise como arte da escuta desse algo impróprio que deve ser mantido secreto. Proponho uma leitura do artigo "A hereditariedade e a etiologia das neuroses", escrito em francês e publicado por Freud em 1896, para demarcar a criação da psicanálise pela ruptura que estabeleceu com o discurso neurológico sobre os sintomas das psiconeuroses. Na seqüência, destaco alguns argumentos que se encontram no artigo "A sexualidade na etiologia das neuroses", publicado em 1898, por considerá-lo o ponto de passagem para a publicação da obra fundadora da psicanálise: A Interpretação dos Sonhos. O primeiro artigo demonstra um ponto de ruptura; o segundo um ponto de passagem para que Freud pudesse instaurar as bases conceituais da teoria e da prática psicanalítica.
O artigo tem por objetivo sustentar que é possível uma aproximação do campo filosófico com a psicanálise. Tomando o pensamento de Nietzsche e de Freud como eixo de interlocução, procura evidenciar que ambos os autores trataram de empreender a destruição das evidências acerca do entendimento do sujeito e do lugar da subjetividade na história da Razão ocidental. A hipótese central é que a análise da teoria das pulsões em Nietzsche foi uma contribuição decisiva para o próprio entendimento de Freud acerca dos instintos e das pulsões em sua segunda tópica. Se a psicanálise dialoga desde o seu início com a filosofia, é possível sustentar que tal empreendimento não pode mais deixar de ocorrer, pois a temática do sujeito e sua constituição tornaram-se cruciais para o avanço do pensamento filosófico e psicanalítico.
O presente artigo consiste em uma breve apreciação sobre o jogo entre intenção e realização na psicanálise. Busca assinalar como o sucesso de Freud no estabelecimento de uma verdade sobre o psiquismo se dá ao preço de uma subversão de seus projetos iniciais e de boa parte de suas concepções epistemológicas. Partindo da caracterização do ato intencional e de seu correlato psicanalítico, o ato falho, busca, por meio de exemplos ilustrativos dos impasses e desvios da obra freudiana, sustentar que seu legado é, em parte uma formação do inconsciente. Nesse sentido, procura caracterizar o criador da psicanálise como um herói que venceu por seus fracassos e pela travessia do trágico, bem ao estilo do que caracteriza, acima de tudo, o sujeito da psicanálise: o sujeito do inconsciente.
Any Psychology scholar would recognize the extent of existing tensions between Psychoanalysis and Psychiatry. At the same time, the historical perspective shows us interconnections and mutual influences in the theoretical, practical, institutional and political planes between these disciplines. In the case of São Paulo, Antônio Carlos Pacheco e Silva (1898-1988) influenced generations of psychiatrists graduated in Psychiatry schools that he directed between 1923–1968. His history has been studied from different perspectives, with a gap on his stance with regard to Psychoanalysis. This article aims to review this historical gap, being based on the analysis of the psychiatrist's own papers about Psychoanalysis. We seek to contribute to the understanding of the history of the Psychology field in São Paulo. ; Qualquer estudioso da história do campo psi reconhece a dimensão das tensões existentes entre psicanálise e psiquiatria. Ao mesmo tempo, a perspectiva histórica nos mostra interligações e influências mútuas nos planos teóricos, práticos, institucionais e políticos entre essas disciplinas. No caso paulista, Antônio Carlos Pacheco e Silva (1898-1988) influenciou gerações de psiquiatras formadas nas escolas de psiquiatria que chefiou entre 1923-1968. Sua história tem sido estudada sob diferentes perspectivas, havendo uma lacuna sobre sua posição com relação à psicanálise. Este artigo procura rever essa lacuna histórica, baseando-se na análise dos documentos do próprio psiquiatra sobre a psicanálise, que demonstram objetivamente sua posição. Pretendemos, com isso, contribuir para a compreensão da história do campo psi em São Paulo.
The present article is the result of a theoretical research in psychoanalysis still ongoing dedicated to investigate possible devices within the contemporary rationality operating in a hostile way to processes capable of inscribing a radical new. History shows that some insurrections and forms of popular resistance, which seemed to demonstrate the power to produce a new, resulted in a retrogression or another form of alienation, with a semblance of new, making explicit the presence of an impasse around the conception of the new.Therefore, the research makes use of the Lacanian concept of analytical act and the notion of Event in Alain Badiou, in order to identify indicators capable of instituting a new with political power for radical transformation. Both clinic and politics show that the production of a novelty requires a sudden and contingent break, outside any order established by knowledge. The new comes in disarticulation with the field of existing knowledge, thus comprising a unique invention, which finds no place in the predictable and calculable horizon, which nurtures neoliberal reason. ; El presente artículo es el resultado de una investigación teórica en psicoanálisis aún en marcha, que se dedica a investigar posibles dispositivos en el interior de la racionalidad contemporánea que operan de forma hostil a procesos pasibles de inscribir una novedad radical. La historia muestra que algunas insurrecciones y formas de resistencia popular, que parecían demostrar la potencia de producir una novedad, sin embargo, resultaron en un retroceso o en otra forma de alienación, con semblante de novedad, explicitando la presencia de un impasse en torno a la situación concepción de lo nuevo. En este sentido, esta investigación se desprende del concepto lacaniano de acto analítico y de la noción de Acontecimiento en Alain Badiou, a fin de identificar indicadores pasibles de instituir una novedad con potencia política de transformación radical. Tanto la clínica como la política evidencian que la producción de una novedad exige una ruptura abrupta y contingente, fuera de cualquier orden establecida por el saber. El nuevo viene en desarticulación con el campo de los saberes existentes, comprendiendo, pues, una invención singular, que no encuentra lugar en el horizonte previsible y calculable, del cual se nutre la razón neoliberal. ; O presente artigo é resultado de uma pesquisa teórica em psicanálise ainda em andamento, que se dedica a investigar possíveis dispositivos no interior da racionalidade contemporânea que operam de forma hostil a processos passíveis de inscrever uma novidade radical. A história mostra que algumas insurreições e formas de resistência popular, que pareciam demonstrar a potência de produzir uma novidade, resultaram, no entanto, num retrocesso ou numa outra forma de alienação, com semblante de novidade, explicitando a presença de um impasse em torno da concepção do novo. Diante disso, esta pesquisa lança mão do conceito lacaniano de ato analítico e da noção de acontecimento em Alain Badiou, a fim de identificar indicadores passíveis de instituir uma novidade com potência política de transformação radical. Tanto a clínica quanto a política evidenciam que a produção de uma novidade exige uma ruptura abrupta e contingente, fora de qualquer ordem estabelecida pelo saber. O novo advém em desarticulação com o campo dos saberes existentes, compreendendo, pois, uma invenção singular, que não encontra lugar no horizonte previsível e calculável, do qual se nutre a razão neoliberal.
This article presents a reading about the construction of adolescence that experiences totalitarian social atmospheres through the analysis of socio-political variables present in the coming-of-age novel Young Törless, by Robert Musil. In this dialogue between psychoanalysis, education and politics, we articulate the author's concern about the moral ambivalence of his generation, with the educational and political proposals presented to the youth of our time. In the novel, the notion of formation was eroded in Modernity and replaced by socialization with homogenizing and massifying practices. In the face of adolescence without qualities, it is necessary to restore desire, forging a unique version of the fate of the subject's political body and society. ; Este artigo realiza uma leitura sobre a construção da adolescência que vive atmosferas sociais totalitárias, através da análise das variáveis sócio-políticas presentes no romance de formação O Jovem Törless, de Robert Musil. Na interlocução entre psicanálise, educação e política, articulamos a inquietação do autor ante a ambivalência moral de sua geração, com as propostas educacionais e políticas apresentadas aos jovens deste tempo. No romance, a noção de formação foi corroída na Modernidade e substituída pela socialização com práticas homogeneizantes e massificadoras. Diante da adolescência sem qualidades, cabe um trabalho de restauração do desejo, forjando uma versão singular do destino do corpo político do sujeito e do social.
Cet article parle de la résistance dans le mouvement psychanalytique à partir de la provocation du philosophe Jacques Derrida qu'il y aurait une résistance auto-immune de la psychanalyse, ce qui la fait donc résister à elle-même. L'objectif est d'extrapoler les élaborations sur la résistance au traitement analytique, plus ordinaires au sein de la clinique psychanalytique, pour mettre en question la discussion éthique et politique à propos de la possibilité de la psychanalyse résister à la tyrannie de l'Un. Ainsi, la psychanalyse résiste encore à la tentation d'attachement à la souveraineté ou la cruauté. Enfin, nous avons l'intention de faire valoir la puissance du multiple dans le discours psychanalytique, malgré son mouvement toujours pendulaire soit comme attendu de constituer un discours hégémonique, soit comme affirmative du multiple, en résistant à l'Un. ; O artigo discute a resistência no movimento psicanalítico a partir da provocação do filósofo Jacques Derrida de que haveria uma resistência autoimunitária da psicanálise, fazendo-a resistir, portanto, a si própria. Busca-se extrapolar as elaborações mais corriqueiras no âmbito da clínica psicanalítica sobre a resistência ao tratamento analítico, para colocar em pauta a discussão ético-política sobre a possibilidade de a psicanálise resistir à tirania do Um. Dessa maneira, a psicanálise resistiria ainda à tentação ao compromisso com a soberania ou com a crueldade. Por fim, pretende-se afirmar a potência do múltiplo no discurso psicanalítico, a despeito de seu movimento sempre pendular ora como expectativa de constituir um discurso hegemônico, ora como afirmativo do múltiplo, resistindo ao Um. ; En este artículo se analiza la resistencia en el movimiento psicoanalítico a partir de la provocación del filósofo Jacques Derrida de que habría una resistencia autoinmune del psicoanálisis, lo que le hace resistir, por lo tanto, a sí mismo. Se busca extrapolar las elaboraciones más corrientes acerca de la resistencia al tratamiento analítico en el ámbito de la clínica psicoanalítica, a poner en tela de juicio el debate ético y político sobre la posibilidad de que el psicoanálisis resista a la tiranía del Uno. De este modo, el psicoanálisis resistiría aun a la tentación de compromiso con la soberanía o la crueldad. Finalmente, tenemos la intención de hacer valer la potencia del múltiple en el discurso psicoanalítico, pese a su movimiento siempre pendular ora como expectativa para constituir un discurso hegemónico, ora como afirmativa del múltiple, resistiendo al Uno. ; This article discusses resistance in the psychoanalytic movement based on the provocation, set out by philosopher Jacques Derrida, that there would be an autoimmune resistance of psychoanalysis, thereby causing it to resist itself. The aim is to extrapolate the elaborations on the resistance to analytical treatment, which is more commonplace within the scope of the psychoanalytic clinic, in order to delve into the ethical-political discussion regarding the possibility of psychoanalysis resisting the tyranny of the One. In this way, psychoanalysis would resist the temptation to commit to sovereignty or cruelty. Finally, it is intended to assert the power of multiplicity in psychoanalytic discourse, regardless of how it constantly wavers between the expectation of establishing a hegemonic discourse, and the asserting of multiplicity, resisting the One.
Este artigo irá apontar situações de invisibilidade - "sensação de apagamento" - vivenciadas por mim na sala de aula atuando como intérprete educacional de língua de sinais no ensino superior. A proposta é de fazer uma reflexão das minhas experiências empíricas protagonizadas neste contexto, de sala de aula inclusiva, dialogando, de forma interesseira e interessada, com os saberes da psicanálise. O objetivo é entender as causas que levam o "apagamento" do outro: se à explícita exclusão e extermínio da diferença ou se à uma forma de mascarar uma situação incômoda de inclusão como sendo algo aparentemente tranqüilo – aceito – mas, ainda assim caminhando para a exclusão do outro só que agora de uma forma sutil e discreta.