Open Access BASE2014

The schooling of people with intellectual disabilities in Brazil: From institutionalization to policies of inclusion ; La educación de las personas con discapacidad intelectual en Brasil: institucionalización de las políticas de inclusión (1973-2013) ; A escolarização de pessoas com deficiência intelectual no Brasil: da institucionalização às políticas de inclusão (1973-2013)

Abstract

This article discusses the schooling of people with intellectual disabilities in Brazil during 1973-2013. This study analyzed federal documents and data from ethnographic studies conducted in municipalities of the state of Rio de Janeiro. Data from the study were then compared with statistical data and trends presented in the scientific literature. This article focuses primarily on three dimensions. The first dimension is the historical dispute over the locus of schooling for people with intellectual disabilities, between segregationist perspectives advanced by philanthropic-private initiatives and inclusive perspectives advanced by the public sector (increasingly focused on principles of inclusion since the 1990s). The second dimension refers to the lack of clear guidelines about the curricular practices to be developed by school systems to ensure the development of students, especially those considered severely intellectually disabled. The third dimension analyzes problems of pedagogical support, particularly in Specialized Educational Services (AEE), as current federal law requires. The results call attention to historically-constructed contradictions in the arena of political disputes in the country and the fragility of the public system in providing conditions for the identification and promotion of educational practices promoting learning and development for people with intellectual disabilities. ; El artículo aborda cuestiones de enseñanza-aprendizaje de personas con discapacidad intelectual en Brasil en el período 1973-2013. Metodológicamente fueron analizados documentos y datos oficiales del gobierno, correspondientes a estudios etnográficos realizados en diferentes ciudades del estado de Río de Janeiro/Brasil, los cuales se compararon con los indicadores estadísticos y la literatura producida en cada época del período en cuestión. El texto discute, entre otros aspectos, principalmente tres dimensiones. La primera se refiere a las disputas sobre el lugar de escolarización de estas personas, entabladas históricamente entre las iniciativas filantrópicas y privadas (en su mayoría segregacionista) y públicas (progresivamente centradas en principios de inclusión a partir de la década de los 90). La segunda se refiere a la ausencia de directrices claras sobre prácticas curriculares a ser adoptadas por los sistemas escolares para garantizar el desarrollo de los estudiantes, especialmente aquellos con acentuado nivel de discapacidad intelectual. En la tercera dimensión se analizan los problemas de apoyo pedagógico, especialmente en lo que se refiere a los servicios de Atención Educacional Especializada (AEE), conforme determina la ley federal vigente. En resumen, los resultados indican, entre otras cosas, las contradicciones históricamente construidas en el escenario de los conflictos políticos del país. También revelan la fragilidad del sistema público de enseñanza en proporcionar condiciones para la identificación y la promoción de prácticas educativas con apoyo pedagógico, cuando sea necesario, para promover el aprendizaje y el desarrollo de esta población. ; O artigo discute a escolarização de pessoas com deficiência intelectual no Brasil no período de 1973 a 2013. Metodologicamente foram analisados documentos federais e dados de estudos etnográficos desenvolvidos em diferentes municípios do estado do Rio de Janeiro/Brasil, os quais foram cotejados com indicadores estatísticos e a literatura especializada produzida em cada época. O texto problematiza, entre outros aspectos, prioritariamente três dimensões. A primeira diz respeito às disputas pelo lócus de escolarização dessas pessoas travadas historicamente entre iniciativas de cunho filantrópico-privadas (majoritariamente segregacionistas) e públicas (focadas crescentemente em princípios inclusionistas a partir dos anos 1990). A segunda se refere à falta de diretrizes claras sobre as práticas curriculares a serem desenvolvidas pelos sistemas de ensino para garantir o desenvolvimento dos alunos, sobretudo daqueles considerados deficientes intelectuais graves. A terceira dimensão discorre sobre os problemas do suporte pedagógico, especialmente no Atendimento Educacional Especializado (AEE), conforme prevê a legislação federal atualmente. Em síntese, os resultados indicam, entre outros aspectos, as contradições historicamente construídas na arena das disputas políticas no país. Igualmente revelam a fragilidade do sistema público para oferecer condições de identificação e promoção de práticas educativas, com suporte pedagógico, quando necessário, para a aprendizagem e desenvolvimento dessa população.

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