Open Access BASE2018

ON ETHNOGENESIS KILOMBOLAS IN THE BRAZILIAN AMAZON: THE CASE OF QUILOMBO OF ROSA – AMAPÁ/AP (Original) ; SOBRE AS ETNOGÊNESES QUILOMBOLAS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: O CASO DO QUILOMBO DO ROSA - AMAPÁ/AP (Original)

Abstract

The quilombola communities of the state of Amapá, Brazilian Amazon, began their ethnogenesis processes at the beginning of the 21st century, in its relationship with the BrazilQuilombola Program, public policy of the Federal Government. This article aims to reflect on the factors involved in the process of ethnogenesis of Quilombo do Rosa. The research methodology is based on ethnography carried out with the community, with field trips in December 2017 and February 2018. For the production of ethnogenesis itself, two founding processes were identified: the first, the mobilization in 2002 against a mining company, when it planned to deposit arsenic, toxic waste from mining, in the community lands; the second, the arrival of a public policy, the Brasil Quilombola Program. As an expression of the contradictions present in the process of ethnogenesis, the Rosa had to face internal resistance to self-identification as a quilombola by some members of the community itself; resistance in part overcome by the group's own consensus production processes, still present today, in the consciousness of community residents still opposed to self-identification and titling of the territory as a quilombola. The decisive driving force for the intentionality of the Rosa community towards self-recognition as a quilombola and the respective support of the law were the real threats to the territory of the community experienced in the period. As regards the relationship between ethnogenesis and territory, self-recognition as a quilombola and the public positioning as such was decisive in securing the group's territory in the face of these external threats of the period. ; As comunidades quilombolas do estado do Amapá, Amazônia Brasileira, iniciaram seus processos de etnogênese no início do século XXI, em sua relação com o Programa Brasil Quilombola, política pública do Governo Federal. Este artigo objetiva refletir sobreos fatores envolvidos no processo de etnogênese do Quilombo do Rosa. A metodologia de pesquisa baseia-se em etnografia realizada junto à comunidade, com idas a campo em dezembro de 2017 e fevereiro de 2018. Para a produção da etnogênese em si, dois processos fundantes foram identificados: o primeiro, a mobilização, em 2002 contra uma mineradora, quando esta planejava depositar arsênio, rejeito tóxico de mineração, nas terras da comunidade; o segundo, a chegada de uma política pública, o Programa Brasil Quilombola. Como expressão das contradições presentes no processo de etnogênese, o Rosa teve de enfrentar a resistência interna à auto-identificação como quilombola por alguns membros da própria comunidade; resistência em parte superada, pelos processos de produção de consenso próprios do grupo, em parte presente ainda hoje, na consciência de moradores da comunidade ainda contrários à auto-identificação e titulação do território como quilombola.A força motriz decisiva para a intencionalidade da comunidade do Rosa em direção ao auto-reconhecimento como quilombola e o amparo respectivo da lei foram as ameaças reais ao território da comunidade, experienciadas no período. No que concerne à relação entre etnogênese e território, o auto-reconhecimento como quilombola e o posicionamento público como tal foi decisivo para assegurar o território do grupo face estas ameaças externas do período. ; As comunidades quilombolas do estado do Amapá, Amazônia Brasileira, iniciaram seus processos de etnogênese no início do século XXI, em sua relação com o Programa Brasil Quilombola, política pública do Governo Federal. Este artigo objetiva refletir sobreos fatores envolvidos no processo de etnogênese do Quilombo do Rosa. A metodologia de pesquisa baseia-se em etnografia realizada junto à comunidade, com idas a campo em dezembro de 2017 e fevereiro de 2018. Para a produção da etnogênese em si, dois processos fundantes foram identificados: o primeiro, a mobilização, em 2002 contra uma mineradora, quando esta planejava depositar arsênio, rejeito tóxico de mineração, nas terras da comunidade; o segundo, a chegada de uma política pública, o Programa Brasil Quilombola. Como expressão das contradições presentes no processo de etnogênese, o Rosa teve de enfrentar a resistência interna à auto-identificação como quilombola por alguns membros da própria comunidade; resistência em parte superada, pelos processos de produção de consenso próprios do grupo, em parte presente ainda hoje, na consciência de moradores da comunidade ainda contrários à auto-identificação e titulação do território como quilombola.A força motriz decisiva para a intencionalidade da comunidade do Rosa em direção ao auto-reconhecimento como quilombola e o amparo respectivo da lei foram as ameaças reais ao território da comunidade, experienciadas no período. No que concerne à relação entre etnogênese e território, o auto-reconhecimento como quilombola e o posicionamento público como tal foi decisivo para assegurar o território do grupo face estas ameaças externas do período.

Sprachen

Spanisch, Kastilisch

Verlag

Universidad de Granma

Problem melden

Wenn Sie Probleme mit dem Zugriff auf einen gefundenen Titel haben, können Sie sich über dieses Formular gern an uns wenden. Schreiben Sie uns hierüber auch gern, wenn Ihnen Fehler in der Titelanzeige aufgefallen sind.