Open Access BASE2013

The big "mitte-struggle" politics and aesthetics of Berlin's post-reunification urbanism projects ; O grande "conflito do centro" política e estética dos projetos de urbanismo de pós-reunificação em Berlim ; La gran "lucha-mitte" política y estética de los proyectos urbanísticos pós reunificación en Berlín

Abstract

É difícil encontrar na Europa, ou em qualquer outro lugar, uma metrópole onde a estrutura urbanística e a Arquitetura tenham se modificado com tal frequência e drasticidade, como aconteceu em Berlim no século 20. Durante esse século, a cidade serviu como capital estatal para cinco sistemas políticos diferentes e sofreu a separação física, pelo muro de Berlim, por 28 anos. Pouco tempo depois da reunificação da Alemanha, em 1989, Berlim foi nomeada a capital da Alemanha unificada. Isso provocou uma grande atividade de construção dos ministérios federais e outras construções governamentais, a maioria delas levada para o centro velho ("Mitte"), onde os antigos regimes de várias ideologias - do Império autoritário (1871-1918) até o governo autoritário comunista na República Democrática da Alemanha (1949-89) - tinham construído sua maior representação estatal arquitetônica. Todas essas épocas ainda têm suas memórias concentradas no distrito Mitte. Mas não somente de construções governamentais é formado o centro de Berlim - sem contar que se transformou drasticamente nos últimos 20 anos: havia também projetos culturais, comerciais e industriais e, é claro, prédios de apartamentos, que foram projetados e realizados. Com todas essas razões para construção, vem à tona a questão sobre o que fazer com os prédios antigos e como construir novos. De 1991 em diante, as autoridades responsáveis pelo Urbanismo de Berlim desenvolveram diretrizes de construção sob os moldes de um plano piloto para o centro (Planwerk Innenstadt), que foi baseado no conceito geral (Leitbild) de 1980, chamado "Reconstrução Crítica das Cidades Europeias". Muitos críticos, arquitetos e teóricos chamaram o conceito, que, em certo âmbito, representava tendências políticas conservadoras ou mesmo reacionárias na Alemanha unificada, de doutrina proibitiva. Este artigo procura reconstruir as linhas majoritárias dessa discussão, para avaliar a influência das políticas estéticas no Urbanismo da pós-unificação de Berlim. ; Difícilmente haya otra metrópolis en Europa, o en cualquier lugar, donde la estructura urbana y el rostro arquitectónico hayan cambiado tan frecuente y dramáticamente como en la Berlín del siglo XX. Durante este siglo, la ciudad fue capital de cinco sistemas políticos diferentes, sufrió una destrucción parcial durante la II Guerra Mundial y la separación física con el Muro de Berlín por veintiocho años. Poco después de la reunificación de Alemania, en 1989, Berlín fue declarada capital del país unido. Esto generó una inmensa actividad constructora para los ministerios federales y otras construcciones gubernamentales, la mayoría llevadas a cabo en el viejo centro de la ciudad (Mitte). Fue allí donde los regímenes anteriores de ideologías diversas - del autoritarismo imperial (1871-1918) al socialista de la República Democrática Alemana (1948-1989) - habían construido sus mayores representaciones arquitectónicas estatales. Los restos de todas estas épocas aún permanecen concentrados en el distrito Mitte de Berlín. Pero no fueron solo las edificaciones gubernamentales las que transformaron a Berlín y su Mitte drásticamente en los últimos veinte años, sino que también se dieron proyectos culturales, comerciales e industriales y, por supuesto, edificios para viviendas, que fueron proyectados y completados. Con todas estas razones para construir, surgió la pregunta de qué hacer con las edificaciones antiguas y cómo construir las nuevas. Desde 1991, la autoridad urbanística de Berlín ha elaborado lineamientos que establecen marcos estéticos para toda la actividad constructora. El mismo Planwerk Innenstadt (Plan maestro para el centro de la ciudad), de 1999, se basó en un Leitbild (concepto general) de la década de los ochenta, llamado "Reconstrucción crítica de una ciudad europea". Muchos críticos, arquitectos y teóricos consideran el concepto - que, hasta cierto punto, representa tendencias políticas conservadoras e, incluso, reaccionarias de la Alemania unificada - una doctrina prohibitiva para la construcción. Este artículo busca reconstruir las ideas principales de esta discusión y evaluar la influencia de la estética política en el Urbanismo posreunificación de Berlín. ; There is hardly a metropolis found in Europe or elsewhere where the urban structure and architectural face changed as often, or dramatically, as in 20th century Berlin. During this century, the city served as the state capital for five different political systems, suffered partial destruction during World War II, and experienced physical separation by the Berlin wall for 28 years. Shortly after the reunification of Germany in 1989, Berlin was designated the capital of the unified country. This triggered massive building activity for federal ministries and other governmental facilities, the majority of which was carried out in the old city center (Mitte). It was here that previous regimes of various ideologies had built their major architectural state representations; from to the authoritarian Empire (1871-1918) to authoritarian socialism in the German Democratic Republic (1949-89). All of these époques still have remains concentrated in the Mitte district, but it is not only with governmental buildings that Berlin and its Mitte transformed drastically in the last 20 years; there were also cultural, commercial, and industrial projects and, of course, apartment buildings which were designed and completed. With all of these reasons for construction, the question arose of what to do with the old buildings and how to build the new. From 1991 onwards, the Berlin urbanism authority worked out guidelines which set aesthetic guidelines for all construction activity. The 1999 Planwerk Innenstadt (City Center Master Plan) itself was based on a Leitbild (overall concept) from the 1980s called "Critical Reconstruction of a European City." Many critics, architects, and theorists called it a prohibitive construction doctrine that, to a certain extent, represented conservative or even reactionary political tendencies in unified Germany. This article reconstructs the main lines of this discussion and evaluates the influence of political aesthetics on post-unification Berlin urbanism.

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