Aufsatz(elektronisch)7. Mai 2019

Reminiscências da Antropofagia oswaldiana

In: Leviathan (São Paulo), Heft 15, S. 1-21

Verfügbarkeit an Ihrem Standort wird überprüft

Abstract

O Manifesto Antropófago de 1928 é o mais radical manifesto cultural e político do início do século XX no Brasil. Oswald Andrade lança mão, a partir da ideia de antropofagia, de uma visão crítica acerca da herança cultural ocidental, cuja oposição está diretamente relacionada à ideia de cópia da cultura estrangeira em detrimento da cultura nacional, o binômio cópia/original. No Manifesto, Oswald explora a noção antropofágica como metáfora para a transformação da cultura ocidental: deglutir o que vem de fora e transformar em algo totalmente novo; absorver o inimigo sacro; escapar às dicotomias nacional/estrangeiro, escola/floresta. A popularização da antropofagia oswaldiana só aconteceu a partir da década de 1950, reunindo o concretismo dos irmãos Campos, o Cinema Novo de Glauber Rocha, o Teatro Oficina de José Celso Martins Corrêa, as artes plásticas de Hélio Oiticica, até desembocar finalmente no mais popular desses movimentos: a tropicália de Caetano Veloso e Gilberto Gil. O objetivo deste artigo é explorar o pensamento antropofágico de Oswald de Andrade na cena artístico-cultural brasileira desde o Manifesto Antropofágico até o Movimento Tropicalista, bem como levantar indícios do pensamento oswaldiano no debate político-cultural latino-americano da atualidade.

Verlag

Universidade de Sao Paulo, Agencia USP de Gestao da Informacao Academica (AGUIA)

ISSN: 2237-4485

DOI

10.11606/issn.2237-4485.lev.2017.150302

Problem melden

Wenn Sie Probleme mit dem Zugriff auf einen gefundenen Titel haben, können Sie sich über dieses Formular gern an uns wenden. Schreiben Sie uns hierüber auch gern, wenn Ihnen Fehler in der Titelanzeige aufgefallen sind.