Aufsatz(elektronisch)17. September 2019

Do biopoder ao cuidado de si

In: PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP, Band 12, Heft 1, S. 09

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Abstract

<p>Nosso artigo analisa a transição de ênfase de Michel Foucault da biopolítica, relacionada às populações, para o cuidado de si. O "biopoder" está relacionado, primeiramente, ao controle social exercido como um direito de morte do soberano sobre seus súditos e, a partir dos séculos XVIII e XIX, se operacionaliza por meio da administração dos corpos e na gestão da vida, em questões relativas à natalidade, à saúde pública e à migração. Torna-se um desiderato político-social a constituição dos corpos e mentes dóceis, aptas ao trabalho. No entanto, em suas obras tardias, nos últimos volumes da <em>História da Sexualidade</em> e suas aulas no Collège de France, entre 1980 e 1982, parte delas reunidas em <em>A hermenêutica do sujeito</em>, Foucault transita para uma reelaboração da ética do cuidado, que se caracteriza pelo retorno à moral greco-romana para dela reelaborar uma ética como o modo como o indivíduo se constitui a si mesmo como um sujeito moral de suas próprias ações, isto é, a ética como a relação de si para consigo. A compreensão dos processos, a prática dos cuidados em torno de si, cria rupturas com os padrões que obscurecem a nossa consciência da natureza dos modos anteriores e interiores que sustentam e orientam as instâncias mais consolidadas e localizadas no centro de nossas vidas. </p>

Verlag

Universidade Federal do Amapa

ISSN: 1984-4352

DOI

10.18468/pracs.2019v12n1.p09-22

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