Sangue na rede:: mercado menstrual, menstruapps e tecnopolíticas de resistências
In: Politica & sociedade: revista de sociologia politica, Band 21, Heft 51, S. 95-118
Abstract
A partir da aproximação com um campo de pesquisas ainda inicial, discute-se neste artigo a menstruação como um tema tecnopolítico, considerando a formação de grupos de ativismo menstrual em países sul-americanos e o crescente extrativismo de dados biológicos e fisiológicos que ocorre por meio de aplicativos móveis para o monitoramento do ciclo menstrual. O menstruapp Flo, serve como campo experimental para essa discussão na qual o "empoderamento" aparece como uma espécie de termo flutuante que vai do mercado ao ativismo e encontra seu limite na proposta individualizante e neoliberal. Frente a capturas de mercado e a sedução das tecnologias digitais é possível produzir no Sul Global tecnopolíticas de resistência a um mercado global de extração de dados íntimos? A resposta aportada neste artigo é otimista e toma como exemplo empírico o projeto colombiano da Escuela de Educación Menstrual Emacipadas como espaço de resistências do Sul Global frente às tecnologias colonizadoras do Norte.
Verlag
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
ISSN: 1677-4140, 2175-7984
DOI
Problem melden