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José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838) fo i mineralogista, dentista e pensador político, havendo se tornado o mais importante ministro do Primeiro Império e tutor de Pedro 11. Foi autor de projetos civilizatórios que procuravam aproximar o Brasil de um perfil europeu, sem perder de vista especifiridades locais.

Não são necessárias muitas observações para se verificar que religião e migração estão profundamente ligadas. A Bíblia dos hebreus nos dá conta de que a história do povo hebreu começa com uma migração, a migração do patriarca Abrão e da matriarca Sarai. É a partir de revelação religiosa que migram de Ur, na Caldéia, em direção à Palestina. A religião hebraica também mostra todo o seu vigor, quando da migração de grupos de nômades hebreus para o Egito e, décadas mais tarde, do Egito, com longa peregrinação pela Península do Sinai, em direção à Palestina. Poderiamos continuar a detectar espaços, nos quais religião e nomadismo, religião e migração se fazem presentes na história do povo hebreu. [...]

O presente artigo tem como objetivo fazer uma reflexão, sobre o sentido da religião no pensamento de Rubem Alves, mais especificamente em sua obra "O Enigma da Religião", como contraponto a visão tradicional do sentido da religião. Estabelecendo assim a problemática sobre, qual o sentido da religião no pensamento de Rubem Alves. Assim, em um primeiro momento buscamos trazer a memória algumas informações relevantes sobre a obra a ser analisada, registrando alguns pontos importantes sobre o pensamento de Rubem Alves nesta obra. Logo após, apresentamos uma reflexão sobre o conceito tradicional de religião para que pudéssemos, contra apresentar o pensamento de Rubem Alves como contraposição do sentido tradicional da religião. Ressaltamos ainda sobre a importância da religião como parte social presentes nas mais diferentes culturas. Propomos enfim uma reflexão sobre a religião analisando o seu sentido dentro do pensamento de Rubem Alves, com especial destaque para a questão da religião como fruto da imaginação humana conforme a visão deste autor.

A seguir propõem-se algumas questões para posterior desenvolvimento a respeito da fundação da umbanda branca e de como uma escola das religiões afro-brasileiras não pode falar pelas demais, de modo que não é possível precisar a fundação da umbanda de modo generalista.

Não consta em edição publicada.

O artigo trata da teoria de sistemas para a religião, em particular a abordagem de Luhmann. Este ponto de vista permite escapar de pelo menos dois dilemas. O primeiro diz respeito ao tema da secularização, ou o declínio versus o renascimento do sagrado. O segundo diz respeito à questão de saber se a religião é uma província finita de significados, ou uma superestrutura que depende de outra coisa – seja a economia ou o código genético, a estrutura neurológica de nossas mentes, ou distúrbios da nossa psique. Considerando-se a religião como um sistema em relação com ambientes sociais diversos, múltiplos e cambiantes, a religião sofre uma perda relativa de importância social ou um consentimento em declínio durante certos períodos evolutivos de suas relações com o ambiente, enquanto em outros momentos ela se revitaliza. Declínio e revitalização realmente significam os ciclos recorrentes de inflação e deflação sociorreligiosa. Eles descrevem a capacidade do sistema de crenças de diferenciar-se, a fim de resistir ao teste de um ambiente em mudança, persistindo e mantendo sua coerência interna (autorreflexividade).

Em oposição à visão de Durkheim, para quem a religião atua como religação dinamogênica do indivíduo com a sociedade a que pertence, este ensaio sustenta que hoje a força social da religião está na capacidade de dissolver antigas pertenças e linhagens religiosas estabelecidas. Com base na obra de Max Weber, argumenta-se que a religião universal de salvação individual, forma religiosa que tende a predominar sobre as demais, funciona como um dispositivo que desliga as pessoas do contexto cultural de origem.