Durante quase duas décadas, o olhar mundial voltou-se a Ciudad Juárez (México) pela sua característica de capital mundial dofeminicído. Desde o ápice do ativismo antifeminicida radical, em 2003-2004, o assassinato de mulheres não apenas cresceu,mas o fez de forma exponencial. Apesar disso, o ativismo diminuiu. Desde 2010, com o início de uma "segunda onda" deatenção na fronteira mexicana, mostrou-se importante esclarecer algumas definições e avaliar estratégias de mudança. Esteartigo fará um resumo da primeira onda de ativismo voltado à violência contra as mulheres, com foco em Ciudad Juárez enas redes que seus ativistas criaram para além da fronteira e com o resto do mundo. Dissecaremos as diversas definições dapalavra feminicídio e argumentaremos em favor de uma definição unificada que encontre ressonância nos contextos social e legal.Também discutiremos a importância de examinar todos os homicídios, qualquer que seja o gênero das vítimas, na esperança deprofissionalizar as práticas policiais. Por fim, apresentaremos um resumo da primeira onda de pesquisa e ativismo, acrescido demeus próprios pontos de vista.