Levantamento bibliográfico e discussão das principais linhas argumentativas em torno da diplomacia do governo Lula, com base em três categorias de autores: as "vozes autorizadas", os "aliados benevolentes" e os "independentes ou críticos". Para cada um desses grupos são identificados os principais temas destacados pelos autores e referenciados os títulos mais importantes na bibliografia de referência.
Ensaio comparativo, contrastando as políticas externas das administrações Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, com base em suas características gerais e nas tomadas de posição em relação a um conjunto de temas da agenda internacional, nomeadamente: multilateralismo e Conselho de Segurança das Nações Unidas; OMC, negociações comerciais multilaterais e cooperação Sul-Sul; terrorismo; globalização e capitais voláteis; FMI e política de condicionalidades; Brasil como líder; América do Sul; Mercosul; Argentina; Europa; relação com os Estados Unidos e Alca, ademais dos instrumentos diplomáticos mobilizados por cada um dos governos. Os elementos de ruptura são mais evidentes no estilo do que na substância da diplomacia brasileira, que continua a ostentar fortes traços de continuidade.
Entre o Congresso de Viena, no qual estiveram representados apenas oito Estados "cristãos", as Conferências de Paz da Haia e o Tratado de Versalhes, que envolveram pouco mais de duas dezenas de países, e o atual sistema onusiano, praticamente universal, a sociedade internacional conheceu uma profunda democratização nos últimos dois séculos, mesmo que os fundamentos do poder político e econômico não tenham conhecido modificação substancial. Esse fenômeno de ampliação da antiga "democracia censitária" é particularmente visível na elaboração de normas e instituições para o relacionamento econômico internacional, em que as organizações multilaterais de cooperação técnica e econômica, dentre as quais se destacam o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio, desempenham relevante papel na construção da interdependência global. Este ensaio histórico segue, na longa duração, a evolução do multilateralismo, fundamentalmente em sua vertente econômica, e examina a inserção internacional do Brasil, um dos poucos países da periferia a ter participado ativamente da construção da ordem econômica internacional em várias épocas, por meio de sua presença nas mais diversas conferências multilaterais que presidiram ao nascimento dessas organizações intergovernamentais de cooperação.
The article presents an overview of the first fifty years of the Brazilian Institute for International Relations. The Institute was founded as a civic organization with a cultural mandate, with the objective of carrying through, promoting, & stimulating studies on international problems, especially those that are of interest to Brazil. In reviewing the Institute's fifty-year record, the article presents data that demonstrates that the Institute's original objectives have been widely fulfilled. The Institute has always had a strong body of members, most of whom have contributed, to one degree or another, to the historical improvement in standards of research analysis & theoretical development, as well as the development of alternative policies in Brazil's foreign relations. The article concludes by detailing recent restructuring in the Institute, which is expected to make its performance even stronger. Adapted from the source document.
In: Contexto internacional: revista semestral do Instituto de Relações Internacionais, IRI, Pontíficia Universidade Católica, PUC, Band 26, Heft 1, S. 7-63
Comparative essay, constrasting the foreign policies of Fernando Henrique Cardoso's & Luiz Inacio Lula da Silva's administrations. Besides the general features of each diplomacy, external policies & practices of each government are compared for a set issues of the international agenda, namely: multilateralism & UN Security Council; WTO, multilateral trade negotiations & South-South cooperation; terrorism; globalization & financial flows; IMF & economic policy requirements; Brazil as a leader; South America; Mercosul; Argentina; Europe; relationship with the United States, & FTAA, with a final section on diplomatic tools preferred by each government. Break lines are much more evident in the style than in the substance of Brazilian diplomacy, which continues to show strong features of continuity. Appendixes. Adapted from the source document.