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O livro traz reflexões críticas sobre a pandemia de Covid-19 e os relacionamentos organizacionais. Para o professor Juremir Machado da Silva (PPGCOM/PUCRS), "este livro, reunião de textos articulados a partir de um elemento de unificação, os impactos e aprendizados da pandemia de Covid-19 na perspectiva dos relacionamentos organizacionais, amplia uma importante brecha nas reflexões sobre o tema. Em tempos sombrios, quando se precisa mais do que nunca de ciência, iluminismo e conhecimento, esta obra honra organizadores, autores e academia".

O trabalho escravo contemporâneo é o objeto deste livro, no qual Nauber Gavski da Silva busca colocar em primeiro plano as pessoas diretamente envolvidas na questão, a partir da investigação das relações de trabalho no interior do estado de São Paulo entre 1991 e 2010. No Brasil, o Código Penal só em 2003 passou a penalizar o trabalho análogo à escravidão. A pesquisa baseou-se em vasta documentação produzida pelo Ministério Público do Trabalho da região do interior paulista, e em sólida revisão da bibliografia, contribuindo para uma abordagem nova sobre o tema. Após a apresentação do processo de definição do atual Código Penal, considerado relativamente avançado, o autor analisa os processos do ponto de vista dos agentes envolvidos, mostrando como os patrões do interior paulista compreendem o trabalho escravo, qual a perspectiva dos trabalhadores envolvidos, e a dos agentes públicos responsáveis por executar as políticas públicas e mediar os conflitos.

Políticas educacionais reúne textos que têm como tema central políticas públicas em seus enlaces com a educação de jovens e adultos. Referenciadas em contribuições críticas do campo das Ciências Humanas, as temáticas desenvolvidas analisam problemas aprofundados pelo neoliberalismo e que repercutem na negação do direito à educação de jovens e adultos trabalhadores. Trabalho de fôlego e coragem, esta obra foi concebida durante um período dos mais difíceis da história brasileira, que abarcou a crise sanitária, as perdas de direitos sociais conquistados pela classe trabalhadora e as ameaças contra a democracia no Brasil. Numa mensagem de resistência, portanto, os textos do grupo PPEJAT/UERJ nos avivam para as necessárias lutas sociais, no Brasil contemporâneo, contra os sistemas de opressão que se aprofundam sob a lógica do Capital.