Warrior. An Autobiography
In: Relações internacionais: R:I, Heft 11, S. 201-202
ISSN: 1645-9199
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In: Relações internacionais: R:I, Heft 11, S. 201-202
ISSN: 1645-9199
"Em 1994, aos vinte e cinco anos de idade, quando o terrível "despedaçamento que vem com a agressão sexual" dobrou-se profundamente em seu corpo e pensamentos de suicídio estavam sempre por perto, Erin Manning escreveu A Manga Perfeita num estado quase febril: dezenove capítulos em dezenove dias, uma espécie de operação de auto-resgate, onde a escrita tornou-se uma maneira de fazer (e sentir) a vida de outra forma. Ao longo desses dezenove dias, e embora não capaz de articular completamente para si mesma na época, Manning escreveu-se para dentro "de uma composição que pergunta de que outra forma a vida poderia ser vivida". E nos ritmos dessa composição, que era também uma vida, Manning foi e é capaz de recusar a categoria e norma e imobilidade da "vítima" (enquanto ainda compreende as heranças da violência) a fim de seguir em vez disso o mais-que-eu assim como a alegria do "mais-que da experiência no fazer" Vinte e cinco anos depois, Manning permite que esses escritos anteriores encontrem seu caminho de volta ao mundo, o que é uma maneira de dar "voz a esses momentos de sobrevivência confusos" enquanto também pede a nós, que compartilhamos (e ajudamos a suportar) tais momentos enquanto leitores, que consideremos "outras formas de escutar a urgência que é viver". Republicar o livro agora é dar-lhe um lugar no mundo de uma maneira que honre sua força como algo que está sempre além da reivindicação de qualquer um, mesmo de Manning. Nesse sentido, A Manga Perfeita nos convida, com Manning, a estar em excesso de nós mesmos, e também a considerarmos, nas palavras de Manning, "como criar condições para viver além da crença feroz do humanismo de que nós, os privilegiados, os neurotípicos, os ainda incólumes, os corpos-capazes, é que guardamos a chave para todas as perspectivas no teatro da vida". Por fim, A Manga Perfeita e as reflexões de Manning a respeito de sua composição pedem que consideremos "viver na feroz celebração de um mundo inventado por esses modos de vida que rasgam o tecido colonial, branco, neurotípico da vida como a conhecemos.""
In: ETD - Educação Temática Digital, Band 2, Heft 3, S. 55-67
Este trabalho apresenta, inicialmente, a amostra mais ampla de escritores brasileiros que escreveram autobiografias, em prosa, e que privilegiaram a infância e/ou a adolescência como idade de vida e que, além disso, relataram episódios de violência doméstica sofrida. São destacados, dessa amostra, os dados referentes à violência psicológica que tiveram como motivação o processo de educação desses escritores. Esse tipo de violência ocorreu em razão de duas amplas categorias motivacionais: a imposição pelo adulto agressor de um modelo disciplinador e o processo de escolarização. Finalmente, analisam-se e discutem-se os dados textuais dos episódios de violência doméstica psicológica relatados pelos escritores brasileiros em suas autobiografias.
In: ETD - Educação Temática Digital, Band 12, Heft 2, S. 190-210
Narro e discuto neste relato de experiência aspectos dos muitos caminhos que integraram minha pesquisa de doutorado. Dentre esses aspectos, destaco as aprendizagens e reorganizações conceituais e propositivas geradas pela vivência e reflexão acerca de dois exercícios memorialísticos que realizei como aluna de disciplinas do programa de pós-graduação, assim como, as implicações desse movimento narrativo/reflexivo junto ao percurso metodológico construído e consolidado. Minha pesquisa configurou-se como uma investigação-formação, englobando a realização de ações formativas e a investigação dessas ações. O trabalho de formação foi realizado com três grupos distintos, formados por licenciandos da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas. Em nossos encontros os participantes elaboraram narrativas poéticas autobiográficas, assim denominadas por terem sido criadas a partir de elementos das linguagens artísticas. Junto à reflexão e ressignificação dos meus exercícios memorialísticos identifiquei as narrativas poéticas autobiográficas como práticas favorecedoras do processo de produção e convivência com símbolos, passando a buscar por indícios da atuação desse processo no trabalho de formação desenvolvido com o grupo formado por dezenove licenciandas em Pedagogia. Baseando-me em aportes da Psicologia Analítica de Carl G. Jung identifiquei indícios de processos simbólicos em duas narrativas criadas por alunas desse grupo. E, a partir desses indícios, procurei refletir sobre possíveis implicações desses processos em práticas autobiográficas no âmbito da formação docente.