A ideia que motiva este artigo é refletir sobre a comunicação política do segundo mandato da presidenta Dilma, no contexto de um Brasil em crescente processo de midiatização. As interações que se dão nas sociedades em processo de midiatização são por vezes surpreendentes. Após o fenômeno que ficou conhecido como "panelaço", em sua fala no Dia das Mulheres (8 de março de 2015), a Presidência da República mudou meio e formato de comunicação, chegando à decisão de comunicar sua mensagem no dia 1o de maio, Dia do Trabalho, somente nas mídias sociais, e não pela televisão e pelo rádio, como em anos anteriores
This commentary discusses recent developments in 'knowledge graph' technology over the course of the Covid-19 pandemic. Recently experiencing a surge in popularity, knowledge graphs are technologies that assist with data integration through structured metadata modeling. Researchers tag and collate vast amounts of diverse data using knowledge graphs, yet problems related to semantic drift and more salient issues related to the political economy of information and communication technologies persist. Researchers should believe that the semantics of Covid-19 knowledge graphs can change over time. Equally important, researchers should also consider all stakeholders involved, including those stakeholders that might be excluded. ; Klein College of Media and Communication ; Media Studies and Production
Semiotics deals with habits change as mind effect, as modification trends of a person in relation to the action, but ignores the time of passage, namely the communication event. The political study of domination exercised by the media (media theory) does sociology, it is a study of technologies applicable to the society. The recent appropriation of the media by social basis through networks does not alter the character of its investigation, only suggests a collapse of the pyramid vertical structure to the benefit of its horizontal use. We are therefore still in the "media", in mediatization. There is no reason, therefore, oppose the neologism "midiatizar" to mediatization, it is tautological and only confuses. Communication occurs via the media, it is medial (das Mediale), but is not necessarily mediatic. Is in the medial everything should start. ; La semiótica habla de cambio de hábito como efecto mental, como modificación de tendencias de una persona en relación a la acción, pero ignora el momento del paso, a saber, el acontecimiento comunicacional. El estudio político de la dominación ejercida por los medios de comunicación, la teoría de los media, propuesta por la sociología, es un estudio de tecnologías aplicadas a la sociedad. La apropiación reciente de esos medios por parte de la base social, por las redes, no altera el carácter de ese estudio, apenas sugiere una implosión de la estructura piramidal, vertical, hacia un uso más horizontal. Estamos, por tanto, aún en los "medios", en la mediatización. No se justifica, de este modo, contraponer el neologismo "midiatizar" a la mediatización, pues es tautológico y solo confunde. La comunicación ocurre a través de los medios, ella es medial, pero no es necesariamente mediática. Es por lo medial que todo debe comenzar. ; A semiótica fala de mudança de hábito como efeito mental, como modificação de tendências de uma pessoa em relação à ação, mas ignora o momento da passagem, a saber, o acontecimento comunicacional. O estudo político da dominação exercida pelos ...
Esse artigo tem como objetivo abordar a importância que a linguagem radiodifusora brasileira teve para a portuguesa. Na perspetiva de que a linguagem brasileira foi fundamental para o surgimento de uma dinâmica que conduziu a um novo estilo comunicacional, tanto ao nível da programação como das emissões, o artigo vem demonstrar a relação histórica da comunicação lusa com a brasileira, através da invasão «brazuqueira». Esta invasão, que começou com a música popular brasileira, a partir da década de quarenta e provocada pelos inúmeros comunicadores brasileiros, chegados a Portugal. Foram estes profissionais de rádio e televisão que demarcaram uma nova intensidade comunicacional, extremamente contagiante no quotidiano de todos os recetores portugueses. Com a interferência dos «brazucas» na comunicação radiodifusora, vivenciamos uma nova postura, marco irreplicável e único no cenário deste país, trazendo uma nova imagem nos média portugueses, tocada pelas múltiplas alterações culturais, políticas e ideológicas.
Este trabalho tem como objetivo trazer uma discussão teórica da Comunicação Pública e da Cidadania sob o viés da Economia Política da Comunicação, um campo que abrange questões relacionadas entre o mercado de comunicação, Estado e sociedade. A partir do conceito trabalhado por alguns estudiosos que ampliam as discussões sobre as temáticas é traçada uma definição de Comunicação Pública e Cidadania, posteriormente são elencadas pesquisas que aliam a lógica do público ao jornalismo diante de questões econômicas em meio aos produtos que circulam no espaço televisivo, levando em consideração a comunicação pública como um mecanismo de resistência na esfera comunicacional.
Concepções, métodos e formas do conhecimento histórico são expressos em diversos estudos na área de comunicação social. Buscamos analisar, na interface história e narrativa oral, aspectos da chamada mediação cultural, na qual a comunicação está para além da condição de canal. Acreditamos que os estudos comunicacionais não recaem, necessariamente, sobre especificidades técnicas, mas sobre a posição que a comunicação assume no campo histórico-cultural. Interações, expressas nos trabalhos de história oral, se configuram (e resultam) em processos comunicacionais que indicam construções sócio históricas e diferentes referenciais de pertencimento.
O trabalho visa compreender os discursos empregados sobre os haitianos nos jornais impressos de três municípios do estado do Rio Grande do Sul. Mapeando as cidades que mais receberam haitianos nos últimos três anos: Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Lajeado. Para a coleta das informações elegemos um jornal impresso de cada cidade durante o ano de 2014. Esses dados se articulam com os conceitos de imigração, sociabilidade e mídia. Inferimos que os discursos podem interferir nas vivências e nos processos de sociabilidades dos imigrantes haitianos. Evidenciamos que em alguns momentos as informações noticiadas atuam como promotores de informações assistencialistas aos imigrantes e em outras matérias reforçam o discurso de negação do sujeito por parte dos leitores sem manifestações positivas aos imigrantes.
Este artigo visa compreender a assimilação das iniciativas de comunicação comunitária na formulação de políticas públicas de comunicação, a partir de uma pesquisa bibliográfica e documental que busca situar as reflexões acadêmicas em torno do tema, a necessidade de sua regulamentação e o envolvimento das organizações sociais na formulação de um marco regulatório para as comunicações, no qual se inserem as iniciativas de comunicação comunitária e a capacidade de sensibilização para o tema. A partir do debate em torno da compreensão de um sistema de comunicação que prescinda de um setor distinto do estatal/governamental e do privado/mercantil, o artigo enfatiza a necessidade de definir bases para a implantação do que, de fato, seria o reconhecimento da importância de atuação histórica da comunicação comunitária em nosso país, atualmente manifesta nas rádios comunitárias e nos canais comunitários de TV a Cabo (bem como nos futuros Canais da Cidadania, em vias de implementação).
A comunicação de crise já está incorporada à comunicação corporativa, entretanto, mais efetivamente aplicada na assessoria de imprensa das empresas. A Professora Doutora Karine Berthelot-Guie, da Université de Paris-Sorbonne, na França, traz o conceito para a publicidade, o que desperta o interesse de investigação desse novo desafio para as marcas no cenário de convergência e cultura participativa. A título de estudo exploratório, este trabalho apresenta alguns exemplos em que a manifestação das marcas são interpeladas, nesse contexto, por diferentes tipos de mediação ressignificados pelo receptor, quais sejam: mediações espaciais, humanas e virtuais.
The present work is a practical-conceptual essay that analyzes media activism strategies and their possibilities in the environmental communication field, based on theoretical discussions and reflections on the practices of environmental NGOs observed by the authors in previous systematic investigations. The Internet enables a renewal of language, technical resources, proposals for interaction and participation, as well as the collective construction of information and opinion. However, the analysis shows that organizations still rehearse their immersion in the cyber universe and reproduce, in their communication experience, the logic of conventional media, thus missing the opportunity to democratize and broaden the environmental discussion. ; O presente trabalho é um ensaio prático-conceitual que analisa as estratégias midiativistas e suas possibilidades no âmbito da comunicação ambiental, a partir de discussões teóricas sobre o tema e de reflexões sobre as práticas das ONGs ambientalistas, observadas pelas autoras em investigações sistemáticas anteriores. A internet possibilita uma renovação da linguagem, dos recursos técnicos, das propostas de interação e participação, assim como da construção coletiva de informação e opinião. Mas as análises apontam que as organizações ainda ensaiam sua imersão no universo cibernético e reproduzem, na sua experiência comunicativa, a lógica da mídia convencional, perdendo a oportunidade de democratizar e ampliar a discussão ambiental.
Apresenta-se a resenha crítica da obra A mediatização da política na era das redes sociais recentemente lançada em Portugal. Tecemos comentários sobre a sua importância para os estudos nos processos de mediatização da política. ; We present the recent book A mediatização da política na era das redes sociais. Following the author, we try to comment the book and its importance in the mediatization studies' context inside the politics.
Since the 1980s of the 20th century the relationship between media literacy and citizenship has been included in political and academic discourses. In a simplistic way, bureaucrats and researchers have long recognized that with basic media literacy skills and competencies, individuals will change their citizenship practices: they will be better citizens. This paper summarizes some results of research developed between 2009 and 2013 in cies-iul, and show that the relationship between media literacy competencies and citizenship practices was insipid - or even non-existent.
In this article the gap between research and theory on social movements and media and communication Studies is bridged. A conceptual framework is presented that relates both to social movement theory by referring to the political opportunity structure approach and logics of contentious action as well as to media and communication studies through the concept of mediation. It will be argued that mediation is a fruitful concept to encompass a wide variety of ways in which media and communication are relevant to protest and social movements. ; Nesse artigo articulamos a pesquisa e a teoria sobre movimentos sociais e mídia e estudos de comunicação. É apresentada uma base conceitual de trabalho, relacionando-se tanto à teoria de movimentos sociais ao se referir ao enfoque de estrutura de oportunidade e às lógicas de ação contenciosa assim como aos estudos de mídia e comunicação através do conceito de mediação. Argumenta-se que a mediação é um conceito eficiente para abranger uma grande variedade de maneiras nas quais a mídia e os meios de comunicação são relevantes para os protestos e movimentos.