A crise no campo do jornalismo se mostra de forma contundente. Um dos sinais disto é o desinteresse do público pelos programas de televisão, sejam jornalísticos ou não. Aqui trazemos o relatório inicial de um experimento que levou estudantes de jornalismo de diferentes períodos ao exercício de novas possibilidades de linguagem e incursão em olhares diversos, utilizando o documentário audiovisual etnográfico como ferramental. Concluímos que é salutar a utilização da citada ferramenta como opção metodológica no ensino de jornalismo.
A colaboração é uma ação social, na qual pessoas compartilham objetivos e aprendem juntas, visando superar desafios e construir conhecimentos. Nesta ação, destacamos o suporte das tecnologias da informação e da comunicação para o desenvolvimento deste tipo de atividade, independentemente de tempo e espaço, oferecendo vantagens para organização, compartilhamento, registro de informações e oferta de ferramentas para a comunicação e construção de textos coletivos. A partir destes pontos, investigamos o uso de tecnologias consideradas colaborativas em ambientes escolares. Neste trabalho, analisamos as relações e as compreensões dos professores sobre a colaboração e o uso de tecnologias na educação. A partir da pesquisa realizada numa escola pública de Ensino Fundamental de Florianópolis, em Santa Catarina, abrangendo a proposta de atividades com aos alunos e a coleta de dados, apresentamos os resultados relacionados à compreensão e ao uso da colaboração como estratégia pedagógica e da tecnologia, principalmente a Internet.
A espontaneidade e sensação de impessoalidade que as mídias sociais trazem, proporcionam um ambiente ideal para os usuários expressarem o que realmente sentem e pensam sobre determinado comportamento ou evento. Visto o caso do estupro coletivo no Rio de Janeiro no último mês de maio, decidimos fazer uma análise de conteúdo dos tweets postados sobre o tema. Um ponto fundamental para nossa análise foi a literatura sobre cultura do estupro feita previamente, além da repercussão do caso na sociedade. Para tal, criamos uma nuvem de palavras e uma análise de cluster com um banco de dados extraídos do Twitter, aonde foi possível perceber as tendências das postagens dos usuários.
Este artigo busca investigar as múltiplas possibilidades educativas das comunidades virtuais, com ênfase no site de relacionamentos Orkut, analisando suas características, funcionamento e emergência no ciberespaço. Discute a possibilidade de usá-lo tanto numa perspectiva individual – o sujeito traçando seu percurso – quanto numa perspectiva social, visando formar novas comunidades virtuais em torno de interesses comuns, mas voltados para atividades pedagógicas. Dentre as diferentes comunidades virtuais existentes neste site, analisou-se apenas as comunidades virtuais constituídas com a finalidade de compreender as potencialidades da rede nos processos de aprendizagem de alunos e na formação continuada de professores. Conclui-se, inicialmente que a Internet tem transformado as relações sociais e de aprendizagem através do cyberespaço, que o grande desafio é transportar essa inovação para dentro dos muros escolares, sendo necessária a interação entre governo e sociedade acadêmica, tendo a informática educativa papel decisivo neste processo de transformação da sala de aula.
Este artigo apresenta o projeto da PUCCampinas proposto à Capes, através do seu programa de integração entre pósgraduação e graduação o desenvolvimento de uma videoteca digital. O projeto nasceu inspirado nas videotecas que começam a aparecer no Brasil como as relatadas no projeto original. Além disso, enfoca discursos na literatura, extraídos de artigos técnicocientíficos do projeto Informedia, relatado por professores que estão construindo videotecas para suas disciplinas nos Estados Unidos.
Estudos sobre a educação visual e a memória produzidas pelas imagens e sons da televisão e do cinema são importantes para entender de maneira mais ampla a educação cultural, científica e política das pessoas, e não somente aquela escolar ou escolar-universitária, pois, hoje, a maior parte das populações vê o real naturalizado, reproduzido pela fotografia, pela cinematografia, pela videografia, como verdadeira representação visual do real, com a qual opinam, produzem verdades e agem tanto no mundo cotidiano como no intelectual, acadêmico.
No início dos anos 2010, uma onda de manifestações sociais irrompeu em diferentes países. Por meio do uso de performances alinhadas com os gêneros virais das mídias sociais, essas manifestações consolidaram a estética Carnavalesca que caracteriza as narrativas políticas produzidas e distribuídas em rede por ativistas. Assim, este artigo reflete sobre o fenômeno das mobilizações globais a partir de seis vídeos que apresentam performances ativistas inspiradas no universo de Guerras nas Estrelas. Produzidos em mobilizações distintas entre os anos de 2010 e 2014, os vídeos foram coletados manualmente na plataforma YouTube e contextualizados sob a perspectiva dos Estudos de Mídia.
O presente artigo pretende analisar uma reação específica do utilizador de cinema interativo: o medo e, consequentemente, as potencialidades do género de terror neste suporte, dando a conhecer, numa primeira instância, um breve resumo da sua novíssima história. O Cinema, é como sabemos, uma manifestação artística relativamente recente, bastante relevante e que continua em desenvolvimento numa época iminentemente tecnológica. O cinema interativo tem vindo a desenvolver-se nas últimas décadas com várias propostas diversificadas de forma a aguçar a curiosidade do espectador e fazer com que o público participe na história. Ao contrário do cinema tradicional, este cinema interativo permite que o espectador tenha uma ligação mais direta e individual ou coletiva com o filme, possibilitando-lhe as mais diversas formas de interação com o filme.
Diante da grande presença das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em nossa sociedade, é possível perceber que os ambientes escolares também estão sendo invadidos por diferentes tecnologias, sendo que uma delas é a Lousa Digital Interativa. Pelo fato desta tecnologia oferecer diferentes tipos de ferramentas que são interessantes para serem utilizadas em atividades pedagógicas para as crianças inseridas no contexto escolar da educação infantil, surgiu a necessidade de elaborar junto com profissionais atuantes nesta etapa da educação básica, diferentes práticas pedagógicas possíveis de serem realizadas fazendo uso da lousa digital interativa.
Estudantes online que são surdos podem encontrar diferentes barreiras em cursos baseados na Web incluindo falta de imagens relacionadas ao conteúdo em páginas tomadas por texto. As diferentes barreiras podem diminuir a compreensão para pessoas cuja primeira língua seja a linguagem de sinais ao invés da linguagem escrita, um desafio para pesquisadores e professores interessados em desenvolver conteúdo multimídia. A combinação de texto, imagem, áudio e vídeo foi potencializada devido à convergência digital e passa a caracterizar os textos virtuais. O uso de multimídia agora permite diferentes efeitos na elaboração de significados. Nesta perspectiva de mudanças constantes, este artigo busca discutir alguns dos muitos desafios para o oferecimento de Cursos de Graduação em larga escala, apresentando algumas das características dos Cursos de Graduação em Letras-Libras. Também se discute a acessibilidade de conteúdo educacional digital multimídia no contexto de um projeto em andamento na UNICAMP.
Discute a relação livro universitário, leitor e tecnologias, para caracterizar como os estudantes percebem as possibilidades de leitura promovidas pelo livro eletrônico. Busca entender as práticas desse leitor em relação ao novo formato do livro, analisando inicialmente um referencial teórico, para fundamentar a investigação empírica. Aplica um questionário a um conjunto de estudantes, procurando identificar características como freqüência de leitura e tempo a ela dedicado, práticas de leitura, de acordo com o suporte, os dispositivos, o gênero e o acesso. Observa que a leitura é realizada pela maioria dos estudantes na própria tela do computador, ou após a impressão do conteúdo em papel, o que corrobora afirmações obtidas na literatura. Quanto aos aparelhos de leitura, a maioria não os conhece e aqueles que conhecem não os adquiriram. Sobre o tempo destinado à leitura, ratifica o que já se tem sido constatado em pesquisas sobre essa prática, ou seja, o estudante lê pouco, em média 6,5 horas por semana entre os mestrandos e 3,67 entre os graduandos, índice relacionado a todos os tipos de leitura e suporte, em papel ou eletrônico. Conclui que embora ainda não utilizado com freqüência e até pouco apreciado, o livro eletrônico é objeto de expectativas de aperfeiçoamento evidentes, enquanto editoras inovam e criam serviços e produtos compatíveis à evolução desse campo, procurando atender a demanda pelos formatos alternativos de publicação.
O presente trabalho aborda como as novas tecnologias de informação e comunicação podem promover a autonomia de aprendizes de língua inglesa. Nesse sentindo, o papel desempenhado por alunos e professores adquire um novo significado. Expressões como "aprendizagem colaborativa" e "construção de conhecimento" são empregadas de modo a esclarecer ao leitor a importância de recursos da Web que privilegiem a visão dialógica. Desse modo, alunos tornam-se protagonistas na construção do conhecimento. O estudo finaliza atentando para a formação do sujeito social e a potencialização de suas múltiplas inteligências através do contexto digital.
A partir de uma abordagem do mundo contemporâneo, dos novos paradigmas, da consciência planetária, da globalização, chegar-se-á à era digital, destacando-se os seus impactos sobre a valorização da informação e do conhecimento como bens de valor. Ressalta-se que a produção do conhecimento, na atualidade, é uma questão fundamental, tratando-se de uma teoria voltada à sua própria prática: ao mesmo tempo em que a fundamenta, subordina-se a ela, implicando necessariamente em mudanças no modo de pensar/ atuar das pessoas. A educação também é parte desse cenário de mudanças e existem razões para que seja um referencial diferenciado na chamada "sociedade em rede", sendo uma situação emergente a mudança de postura no que diz respeito à migração da sua identidade como transmissora de informação e de cultura para uma condição de ensinar a aprender e a pensar, preparando pessoas para que prolonguem os benefícios da escola além da escola mesma, tornando funcionais os conhecimentos adquiridos e, sobretudo, para que saibam empregar o poder da inteligência na vida profissional e no seu cotidiano. Desse modo, enfatiza-se a importância da educação, sob enfoque de um novo paradigma conceitual e prático, voltada para a formação de cidadãos capazes de integrarem-se à era digital, cujo princípio fundamental acha-se embasado no desenvolvimento de competências para o uso da informação e na capacidade intelectual de transformá-la em conhecimento., com uma inovadora condição de aprendizado contínuo e crescente. Tudo isso frente aos desafiadores avanços tecno-científicos dos últimos tempos. A desinformação nessa era é talvez a razão da existência de muitos problemas sociais, uma vez que atinge o ser humano em sua maior propriedade: a racionalidade. O conhecimento é, portanto, o fator competitivo entre as pessoas e as sociedade, sendo importante ressaltar que do seu uso racional e da sua aplicação é que conseguimos caminhar rumo à inovação e desenvolvimento social. A transferência e a aplicabilidade dos princípios da aprendizagem significativa de Ausubel e do uso dos mapas conceituais merecem lugar de destaque, emergindo a sua representatividade como facilitadores das condições de trabalho integrado entre bibliotecários e educadores, os quais são co-responsáveis pelo desenvolvimento das competências características dessa sociedade em mudança, destacando-se dentre elas a competência em informação, tema em discussão no contexto mundial. Essas reflexões apresentadas pretendem focalizar, em síntese, a era digital e suas implicações para os profissionais da informação e da educação, destacando-se a importância da informação e do conhecimento como balizadores do processo de inovação e desenvolvimento social e as principais questões relacionadas à competência em informação, tendo como enfoque a aprendizagem significativa.
The article presents the Film Education, with the idea of "reading" and "writing" a film, insofar as reading and writing are the basis of an understanding of film language. So, it's putting into practice what has been assimilated and "read", from a creative production of the student himself, in an immersion of knowledge that does not occur in an isolated activity, it stimulates other skills and concepts from experience with / from /the film. Therefore, from these concepts, we will illustrate the results obtained with the application of a workshop based on the concept of Film Education, in schools of Campinas, São Paulo.
Este artigo discute a importância do exercício da autoria em ambiente virtual da Web 2.0, considerando que se trata de fundamento essencial à aprendizagem no professor e no aluno. Autoria na Web 2.0 é apresentada como estratégia pedagógica para ambientes de aprendizagem virtuais, que se utilizam principalmente de ferramentas como blog, wiki e redes sociais. Embora não sejam determinantes essas tecnologias digitais são condicionantes para que a aprendizagem e a autoria ocorram. Autoria na Web 2.0, além do estabelecimento de novos aparatos tecnológicos, requer novos modos de produção, nos quais prevaleça a postura ética dos hackers, favorecendo a participação, a colaboração, a liberdade e o compartilhamento.