Logo no primeiro parágrafo de Monteiro Lobato: furacão na botocundia, Carmen Lucia, Marcia e Vladimir nos introduzem na atmosfera dos sonhos neo-românticos de uma criança sensível aos desafios do universo[...]
O porco-monteiro do Pantanal é uma espécie icônica. Introduzido nesta área pelos primeiros colonizadores da região, tornou-se asselvajado a partir do fim do século 19. Desde então, ampliou gradativamente suas distribuição e abundância, ocupando hoje praticamente todo o Pantanal. Ao longo desses mais de 120 anos de ocupação pantaneira, o porcomonteiro vem demonstrando diversos papéis e impactos ecológicos e socioambientais. Se, por um lado, eles funcionam como presas para a onça-pintada, são frugívoros e dispersores de sementes, aliviam a pressão de caça sobre espécies nativas e são uma importante fonte de proteína animal ao povo pantaneiro, por outro lado, competem com a fauna nativa por recursos alimentares, são reservatórios de doenças de importância econômica e humana, destroem plantações de subsistência e predam bezerros e cordeiros das fazendas.
Coffee represented a fundamental system of production and socio-political-cultural organization in the history and trajectory of Brazilian political and social thought. This article analyses in a comparative way the opinions of Monteiro Lobato and Celso Furtado on the coffee economy and its implications for Brazilian society. Both authors understood coffee to be the basis of the agrarian vocation and the transition to modernization. Analyzing comparatively the literary perceptions of Monteiro Lobato and the economic interpretations of Furtado allows us to identify their different perspectives in building a mosaic of interpretations on the place of coffee in Brazilian history.