Nacionalizações e privatizações em Portugal: a desamortização oitocentista
In: Minerva
In: História 16
6 Ergebnisse
Sortierung:
In: Minerva
In: História 16
In: Em debate, Band 0, Heft 6
ISSN: 1980-3532
En 1946, el gobierno peronista nacionalizó la Compañía Unión Telefónica del Río de la Plata, filial de la norteamericana International Telephone and Telegraph Corporation, que monopolizaba el servicio telefónico en Argentina. Poco después, se ordenó la creación de la Empresa Mixta Telefónica Argentina (EMTA), una sociedad mixta que se proponía combinar el aporte de capitales nacionales privados y del estado nacional. Con esta medida, el gobierno peronista ambicionaba poner en marcha un nuevo modelo de organización empresaria en el país. Este artículo se propone analizar la experiencia de EMTA desde tres dimensiones complementarias: las formas de intervención del estado como empresario; las especificidades del desarrollo del servicio telefónico en Argentina; y la administración oficial de la empresa. Sobre la base de fuentes primarias y secundarias de diversa procedencia, el trabajo busca contribuir a un debate más amplio en torno a la trayectoria de las empresas públicas en la Argentina del siglo XX. ; In 1946, the Peronist administration nationalized the Compañía Union Telefónica Río de la Plata, a subsidiary of the American International Telephone and Telegraph Corporation, which monopolized telephone services in Argentina. Soon after, Perón founded the Empresa Mixta Telefónica Argentina (EMTA), a mixed company that combined state and Argentinean private capital. With this measure, the Peronist government aspired to start a new business model. This article analyzes the experience of the EMTA from three complementary perspectives: the ways in which the government acted as entrepreneur, the peculiarities of the development of telephone services in Argentina and the state administration of the EMTA. Based on diverse primary and secondary sources this study aims to contribute to a broader discussion about the trajectory of State Owned Enterprises in twentieth century Argentina. ; Em 1946, o governo peronista nacionalizou a Companhia União Telefônica do Rio da Prata, agência que pertencia à empresa norte-americana International Telephone and Telegraph Corporation, que monopolizava o serviço telefônico argentino. Pouco tempo depois, ordenou-se a criação da Empresa Mista Telefônica Argentina (EMTA), uma sociedade mista cuja proposta era combinar os capitais nacionais privados e os do estado nacional. Com esta medida, o governo peronista ansiava começar um novo modelo de organização empresarial no país. Este artigo pretende analisar três dimensões complementarias da experiência da EMTA: as formas de intervenção do estado como empresário; as características específicas do desenvolvimento do serviço telefônico em Argentina e a administração oficial da empresa. Com a base de várias fontes primárias e secundárias, o trabalho busca dar chance a um debate mais aberto sobre a trajetória das empresas públicas na Argentina do século XX. ; Fil: Belini, Claudio Fabian. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Oficina de Coordinación Administrativa Saavedra 15. Instituto de Historia Argentina y Americana "Dr. Emilio Ravignani". Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Historia Argentina y Americana "Dr. Emilio Ravignani"; Argentina
BASE
This book deals with the nationalization of the bank sector in the context of the Portuguese revolutionary process of 1974-75. Based on a vast collection of documentary sources and inspired by a set of theoretical tools developed by Mario Tronti, Walter Benjamin and Michel Foucault, it starts with an inescapable interrogation: how could a measure that was not included in the Armed Forces Movement Program and had such considerable implications, both in the short and in the long term, obtained enough support to be included in the Constitution as an irreversible conquest of the working class? The response developed in the following pages establishes an articulation between social conflicts and political economy, identifying it as the centre of gravity of the process that would lead to the nationalization of the bank sector. In this sense, it analyzes the way in which social struggles contributed to a process of cumulative radicalization, initiated at the end of the Estado Novo and which would gain increasing intensity throughout the revolutionary process. At the same time, it seeks to understand why the diagnosis of the economic situation contributed to polarize the political struggle, by mapping the lines of force of a debate that underwent successive declinations and covered different aspects, such as inflation, labour laws or property relations. In a context of economic and revolutionary crisis, the banking sector became a critical point in the capital-labour relation: credit concession would take on decisive importance after 25 April, with labour-unions accusing bankers of pursuing destabilization strategies associated with the practice of "economic sabotage"; in the wake of its nationalization, in turn, government officials, managers and trade-unionists sought to put "the banks at the service of the people", in the context of a brief experience of "socialist transition" that would make its way into the text of the Constitution. The case of the bank sector is therefore a privileged interpretative-key to identify the set of problems and the horizon of possibilities that dominated the historical conjuncture following the 25th of April. This book is a contribution to the maturation of the historiographical field dedicated to the interpretation of the revolutionary process of 1975-75, establishing a critical dialogue with the works that have been produced on the subject over the last years. - Este livro ocupa-se da nacionalização da banca no contexto do processo revolucionário português de 1974-75. Baseado num vasto acervo de fontes documentais e inspirado num conjunto de ferramentas teóricas desenvolvidas por Mario Tronti, Walter Benjamin e Michel Foucault, o seu ponto de partida é uma interrogação incontornável: por que razão uma medida que não constava do Programa do Movimento das Forças Armadas e assumia implicações tão consideráveis, a curto e a longo prazo, obteve um apoio suficientemente alargado para ser inscrita na Constituição da República enquanto uma conquista irreversível da classe trabalhadora? A resposta ensaiada ao longo destas páginas estabelece uma articulação entre conflitos sociais e economia política, identificando-a enquanto o centro de gravidade do processo que conduziria à nacionalização da banca. Nesse sentido, analisa o modo como as lutas sociais contribuíram para um processo de radicalização cumulativa iniciado no final do Estado Novo, que ganharia intensidade crescente ao longo do processo revolucionário. Simultaneamente, tenta compreender por que razão o diagnóstico da situação económica contribuiu para polarizar o combate político, cartografando as linhas de força de um debate que conheceu sucessivas declinações e abrangeu aspetos tão diversos como a inflação, a legislação laboral ou as relações de propriedade. Num contexto de crise económica e revolucionária, o setor bancário converteu-se num ponto crítico da relação entre trabalho e capital: a concessão de crédito assumiria uma importância decisiva após o 25 de Abril, com os sindicatos a atribuir aos banqueiros propósitos de desestabilização associados à prática de "sabotagem económica"; na sequência da nacionalização do setor, por sua vez, governantes, gestores e sindicalistas propuseram-se colocar "a banca ao serviço do povo", no contexto de uma breve experiência de "transição socialista" cujo eco se faria sentir no texto da Constituição da República. O caso da banca revela-se assim uma chave interpretativa privilegiada para identificar o elenco de problemas e o horizonte de possibilidades que dominou a conjuntura histórica a seguir ao 25 de Abril. Este livro propõe-se contribuir para o amadurecimento do campo historiográfico dedicado à interpretação do processo revolucionário de 1975-75, estabelecendo um diálogo crítico com os trabalhos de investigação produzidos acerca do tema ao longo dos últimos anos.
In: Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, Band 13, Heft 2, S. 53-80
ISSN: 1984-1639
Há menos de duas décadas, a América Latina experimentava um intenso momento de lutas, ilustrando transformações no cenário político regional. A "onda rosa" latino-americana manifesta-se fundamentalmente com o triunfo eleitoral de Chávez na Venezuela em 1998, o fracasso da ALCA, a crise capitalista mundial em 2008 e as lutas por nacionalizações na Bolívia e Equador, seguidas pela ascensão presidencial de Evo Morales e Rafael Correa, respectivamente, que sinalizavam relevantes mudanças na geopolítica latino-americana. São governos que articularam institucionalidade e pautas nacional-populares num projeto de caráter heterogêneo e continental, que reascenderam na dimensão política uma tentativa de ruptura com as estruturas de poder e cultura antidemocrática que minavam a credibilidade das instituições políticas locais, trazendo a substituição das constituições em vigor e renovação dos quadros políticos dirigentes. Este estudo foca no caso boliviano, que vivencia o agravamento das críticas em relação às medidas econômicas baseadas na exportação de commodities, considerando o giro à direita na superestrutura política do subcontinente. Problematizaremos sobre as possibilidades de continuidade do novo bloco no poder inaugurado com o Estado Plurinacional da Bolívia.
In: Austral: Brazilian Journal of Strategy & International Relations, Band 11, Heft 21
ISSN: 2238-6912
O artigo analisa a política externa moçambicana nas Governações Samora Machel e Joaquim Chissano. Utiliza como método a análise de política externa comparada de Rosenau e aportes teóricos da lógica dos jogos dos dois níveis de Putnam. A política externa do Governo Samora era de libertação regional, antiapartheid e de solidariedade com estados e povos oprimidos. Engajado no Bloco Socialista, o Estado moçambicano enfrentou constrangimentos internos e externos da Guerra-Fria. As decisões eram ideológicas, centralizadas no líder carismático e Presidente da República. Com agenda própria, Samora soube gerir as vontades populares com nacionalizações, mas o marxismo-leninismo impôs doutrina militar e inflexibilidade diplomática. As relações externas do Governo Chissano foram de pragmatismo político-econômico, buscou novas ideologias e abriu-se a diálogos e negociações com parceiros improváveis. Considerado tecnocrata e exímio diplomata, Chissano soube negociar o fim da guerra-civil, a abertura político-econômica e a ajuda do mundo Ocidental. Contudo, tomou decisões impopulares: políticas de ajustamento estrutural, transição do socialismo ao capitalismo e mudanças na Constituição. Entre os dois Governos houve mudanças profundas: de importante player político regional e peão soviético, Moçambique tornou-se dependente da ajuda internacional e redefiniu seu papel, passando a parceiro econômico estratégico regional, cuja agenda de política externa passou a ser influenciada por organismos econômicos internacionais.