The economic, social, technological and cultural transformations that took place during the modern era constituted a field of tension between, the valuation of individuality in the political plane and the emergence of new subjectivities and, the tendency towards normalization, homogenization and management of such subjectivities. Within this scenario, social exclusion practices, of those subjects that do not conform to the positively valued standards, are transformed and are more sophisticated. This paper aims to present a theoretical-epistemological reflection on the current relevance of social exclusion studies. Three perspectives are examined: the theory of the exclusion/inclusion dialectic, the approach of exclusion from studies on social interaction and the possibility of a psychology of exclusion based on the theory of intersubjective recognition. Finally, we recognize the transdisciplinary character of social exclusion, from a psychosocial perspective. ; Las transformaciones económicas, sociales, tecnológicas y culturales que tuvieron lugar durante la modernidad constituyeron un campo de tensión entre, por un lado, la valoración de la individualidad en el plano político y la aparición de nuevas subjetividades y, por el otro, la tendencia a la normalización, homogeneización y gestión de tales subjetividades. Dentro de este escenario, se transforman y se sofistican prácticas de exclusión social orientadas a los sujetos que no se ajustan a patrones culturales valorados positivamente. Este texto tiene como objetivo presentar una reflexión teórico-epistemológica sobre el estado actual de este campo de estudio. Para ello, se contrastan tres perspectivas para el estudio de las prácticas de exclusión social: la teoría dialéctica de exclusión / inclusión, el enfoque de exclusión de los estudios sobre interacción social y la posibilidad de una psicología de exclusión basada en la teoría del reconocimiento intersubjetivo. Finalmente, reconocemos el carácter transdisciplinario del campo de estudio sobre las prácticas de exclusión social, desde una perspectiva psicosocial. ; As transformações econômicas, sociais, tecnológicas e culturais acontecidas durante a modernidade constituíram um campo de tensão entre, de um lado, a valoração da individualidade no plano político e o surgimento de novas subjetividades e, de outro, a tendência à normalização, homogeneização e gestão de tais subjetividades. Dentro desse cenário, transformam-se e sofisticam-se práticas de exclusão social orientadas aos sujeitos que não se adequam aos padrões culturais positivamente valorados. Este texto objetiva apresentar uma reflexão teórico-apistemológica sobre a atualidade desse campo de estudos. Para tal, são contrastadas três perspectivas para o estudo das práticas de exclusão social: a teoria da dialética exclusão/inclusão, a abordagem da exclusão a partir de estudos sobre a interação social e a possibilidade de uma psicologia da exclusão fundamentada na teoria do reconhecimento intersubjetivo. Finalmente, reconhecemos o caráter transdisciplinar do campo de estudos sobre as práticas de exclusão social, a partir de uma perspectiva psicossocial.
Festivities not always are taken seriously as objects of study, but they have long attracted the attention of social scientists and other researchers. However, its analysis tends to be restricted and enclosed in some classical conceptions that, although relevant and useful, have become mere buzzwords and do not live up to the richness and complexity of this field of study. This article aims to provide some insights for the analysis of the festivities, focusing particularly on carnival and the way it has been treated by Social Sciences. It begins by exposing and discussing some theoretical recurrences – namely the theories of inversion, escape valve, resistance and communitas – and then presents other analytical perspectives that look at different facets of the festivities – cultural, social, economic and political – thus suggesting more in-depth and committed approaches to social reality and less hostage to the abstraction and dryness of theoretical models. ; As festas nem sempre são objetos de estudo levados a sério, mas atraem há muito a atenção de cientistas sociais e outros investigadores. No entanto, a sua análise tende a restringir-se e fechar-se nalgumas conceções clássicas que, sendo relevantes e úteis, tornaram-se meros chavões e não fazem jus à riqueza e complexidade deste campo de estudo. Este artigo pretende fornecer alguns subsídios para a análise da festa, focando-se particularmente no carnaval e no modo como este tem sido tratado pelas Ciências Sociais. Começa por expor e discutir algumas recorrências teóricas – designadamente as teorias da inversão, da válvula de escape, da resistência e da communitas – para depois apresentar outras perspetivas de análise que olham para diferentes facetas da festa – cultural, social, económica e política – sugerindo assim abordagens mais aprofundadas e comprometidas com a realidade social e menos reféns da abstração e secura dos modelos teóricos.
Festivities not always are taken seriously as objects of study, but they have long attracted the attention of social scientists and other researchers. However, its analysis tends to be restricted and enclosed in some classical conceptions that, although relevant and useful, have become mere buzzwords and do not live up to the richness and complexity of this field of study. This article aims to provide some insights for the analysis of the festivities, focusing particularly on carnival and the way it has been treated by Social Sciences. It begins by exposing and discussing some theoretical recurrences – namely the theories of inversion, escape valve, resistance and communitas – and then presents other analytical perspectives that look at different facets of the festivities – cultural, social, economic and political – thus suggesting more in-depth and committed approaches to social reality and less hostage to the abstraction and dryness of theoretical models. ; As festas nem sempre são objetos de estudo levados a sério, mas atraem há muito a atenção de cientistas sociais e outros investigadores. No entanto, a sua análise tende a restringir-se e fechar-se nalgumas conceções clássicas que, sendo relevantes e úteis, tornaram-se meros chavões e não fazem jus à riqueza e complexidade deste campo de estudo. Este artigo pretende fornecer alguns subsídios para a análise da festa, focando-se particularmente no carnaval e no modo como este tem sido tratado pelas Ciências Sociais. Começa por expor e discutir algumas recorrências teóricas – designadamente as teorias da inversão, da válvula de escape, da resistência e da communitas – para depois apresentar outras perspetivas de análise que olham para diferentes facetas da festa – cultural, social, económica e política – sugerindo assim abordagens mais aprofundadas e comprometidas com a realidade social e menos reféns da abstração e secura dos modelos teóricos.
A partir da minha experiência de campo em Angola, busco problematizar a tradicional caracterização da antropologia brasileira - e por extensão das ciências sociais - como feita por "brasileiros" sobre o "Brasil", refletindo sobre o novo perfil dos cientistas sociais quanto ao pertencimento étnico, racial e de classe que tem se pluralizado nos últimos 20 anos. Esta transformação do perfil dos cientistas sociais desafia a ideia de um "nós antropológico" centrado em uma ideia naciocêntrica que não reconhece sua posição de classe, raça e território, ou seja, branca, de classe média, oriunda ou socializada no sul/sudeste do país. Defendo o descentramento das ciências sociais brasileiras inspirada pelos novos movimentos de descolonização das ciências sociais. Esse descentramento passa pelo reconhecimento e politização da branquidade hegemônica das ciências sociais como condição para sua revisão crítica. ; From my field experience in Angola, I seek to question the traditional characterization of Brazilian anthropology - and by extension of the social sciences - as made by "Brazilians" about "Brazil", reflecting on the new profile of social scientists regarding ethnic belonging, racial and class that has pluralized for the past 20 years. This transformation of the profile of social scientists challenges the idea of "us the anthropologist" built on a nation-centered idea that does not recognize its class, race and territory, i.e. white, middle class, or socialized status in the south / southeast of the country. I defend the decentering of the Brazilian social sciences inspired by the new movements of decolonization of the social sciences. This decentering involves the recognition and politicization of the hegemonic whiteness of the social sciences as a condition for its critical revision.
The Social Sciences demarcate their importance in the construction of the plural and democratic identity of modern society, whose civilizing principles have been historically represented in the process of elaborating the sociological, anthropological and politological discourse of civilizational progress. In Brazil, in recent years, more in-depth debates about the teaching of Social Sciences in Basic Education began to be guided. Since the mandatory teaching of Sociology, understood as a formative space in Social Sciences in High School, Brazilian society began to reflect on the place of Anthropology in school. In this perspective our research originates, in order to understand the teaching / learning process of Anthropology in the scope of Basic Education. Thus, the purpose of this article is to reflect on the contributions of anthropological knowledge and Social Sciences in the school context, thinking about their challenges and contributions in the teaching practice and in the construction of critical reflexivity about society and culture. ; Las Ciencias Sociales demarcan su importancia en la construcción de la identidad plural y democrática de la sociedad moderna, cuyos principios civilizadores han sido históricamente representados en el proceso de elaboración del discurso sociológico, antropológico y politológico del progreso civilizacional. En Brasil, en los últimos años, se comenzaron a orientar debates más profundos sobre la enseñanza de las Ciencias Sociales en la Educación Básica. A partir de la obligatoriedad de la enseñanza de la Sociología, entendida como un espacio formativo de las Ciencias Sociales en el Bachillerato, la sociedad brasileña comenzó a reflexionar sobre el lugar de la Antropología en la escuela. Desde esta perspectiva se origina nuestra investigación, con el fin de comprender el proceso de enseñanza / aprendizaje de la Antropología en el ámbito de la Educación Básica. El propósito de este artículo es reflexionar sobre los aportes del conocimiento antropológico y las Ciencias Sociales en el contexto escolar, reflexionando sobre sus retos y aportes en la práctica docente y en la construcción de la reflexividad crítica sobre la sociedad y la cultura. ; As Ciências Sociais demarcam sua importância na construção da identidade plural e democrática da sociedade moderna, cujos princípios civilizadores foram historicamente representados no processo de elaboração do discurso sociológico, antropológico e politológico do progresso civilizacional. No Brasil, nos últimos anos, começam a se pautar debates mais aprofundados em torno do ensino das Ciências Sociais na Educação Básica. A partir da obrigatoriedade do ensino da Sociologia, compreendida enquanto espaço formativo das Ciências Sociais no Ensino Médio, a sociedade brasileira passou a refletir sobre o lugar da Antropologia na escola. Nessa perspectiva se originam nossas pesquisas, no intuito de compreender o processo de ensino/aprendizagem da Antropologia no âmbito da Educação Básica. A proposta deste artigo é refletir sobre as contribuições do saber antropológico e das Ciências Sociais no contexto escolar, pensando seus desafios e contribuições na prática docente e na construção da reflexividade crítica sobre a sociedade e a cultura.
The guidelines that regulate ethics in research involving human beings in Brazil, especially those that refer to the areas of the human and social sciences and to the sciences of education, are analysed in their relationships to bioethics and the sciences of life. The difficulties raised by researchers in the human areas in their dialogue with the interdisciplinary ethics committees are considered, including the possibility of disconnecting the authorization for research in these areas from the CEPs-CONEP system, the National System of Committees of Ethics in Research run by the National Health Board. Nevertheless, it is argued that the main focus of this system of ethics in research is the protection of the physical and mental health of the participants, which is considered a question within the area of bioethics and health, and broadly as a biopsychosocial process. It is also observed that the data collection techniques developed by the human and social sciences (interviews, questionnaires, observations or participant observations) are also utilized by the sciences of life. These considerations indicate that the dialogue between the areas, proportioned by the interdisciplinary composition of the ethics committees, is salutary and necessary for the good functioning of the system, despite the possibility, contemplated in the legislation, of specific committees existing for judging research ethics in the human and social sciences. It is proposed that new research be carried out for monitoring the functioning of the committees of ethics in universities and research institutions to perfect the regulatory system. ; As diretrizes que regulam a ética na pesquisa com seres humanos no Brasil, em especial no que se refere às áreas das ciências humanas e sociais e às ciências da educação, são analisadas em suas relações com a bioética e as ciências da vida. As dificuldades levantadas por pesquisadores da área de humanas no diálogo com os comitês de ética interdisciplinares são consideradas, inclusive a possibilidade de desvincular a autorização da pesquisa nessas áreas do sistema CEPs-CONEP, sistema nacional de Comitês de Ética na Pesquisa gerido pelo Conselho Nacional de Saúde. Argumenta-se, contudo, que o foco principal do sistema da ética na pesquisa é a proteção da saúde física e mental dos participantes, o que configura uma questão afeita à bioética e à área da saúde, de maneira ampla, como processo biopsicossocial. Observa-se também que as técnicas de coleta de dados desenvolvidas pelas ciências humanas e sociais (entrevistas, questionários, observações participantes ou não) são também utilizadas pelas ciências da vida. Essas considerações indicam que o diálogo entre as áreas, propiciado pela composição de Comitês de Ética interdisciplinares, é salutar e necessário ao bom funcionamento do sistema, em que pese a possibilidade, admitida na legislação, da existência de comitês específicos para o julgamento da ética na pesquisa em ciências humanas e sociais. Propõe-se que novas pesquisas sejam feitas para o acompanhamento do funcionamento dos comitês de ética em universidades e instituições de pesquisa visando ao aprimoramento do sistema de regulação.
As diretrizes que regulam a ética na pesquisa com seres humanos no Brasil, em especial no que se refere às áreas das ciências humanas e sociais e às ciências da educação, são analisadas em suas relações com a bioética e as ciências da vida. As dificuldades levantadas por pesquisadores da área de humanas no diálogo com os comitês de ética interdisciplinares são consideradas, inclusive a possibilidade de desvincular a autorização da pesquisa nessas áreas do sistema CEPs-CONEP, sistema nacional de Comitês de Ética na Pesquisa gerido pelo Conselho Nacional de Saúde. Argumenta-se, contudo, que o foco principal do sistema da ética na pesquisa é a proteção da saúde física e mental dos participantes, o que configura uma questão afeita à bioética e à área da saúde, de maneira ampla, como processo biopsicossocial. Observa-se também que as técnicas de coleta de dados desenvolvidas pelas ciências humanas e sociais (entrevistas, questionários, observações participantes ou não) são também utilizadas pelas ciências da vida. Essas considerações indicam que o diálogo entre as áreas, propiciado pela composição de Comitês de Ética interdisciplinares, é salutar e necessário ao bom funcionamento do sistema, em que pese a possibilidade, admitida na legislação, da existência de comitês específicos para o julgamento da ética na pesquisa em ciências humanas e sociais. Propõe-se que novas pesquisas sejam feitas para o acompanhamento do funcionamento dos comitês de ética em universidades e instituições de pesquisa visando ao aprimoramento do sistema de regulação. ; The guidelines that regulate ethics in research involving human beings in Brazil, especially those that refer to the areas of the human and social sciences and to the sciences of education, are analysed in their relationships to bioethics and the sciences of life. The difficulties raised by researchers in the human areas in their dialogue with the interdisciplinary ethics committees are considered, including the possibility of disconnecting the authorization for research in these areas from the CEPs-CONEP system, the National System of Committees of Ethics in Research run by the National Health Board. Nevertheless, it is argued that the main focus of this system of ethics in research is the protection of the physical and mental health of the participants, which is considered a question within the area of bioethics and health, and broadly as a biopsychosocial process. It is also observed that the data collection techniques developed by the human and social sciences (interviews, questionnaires, observations or participant observations) are also utilized by the sciences of life. These considerations indicate that the dialogue between the areas, proportioned by the interdisciplinary composition of the ethics committees, is salutary and necessary for the good functioning of the system, despite the possibility, contemplated in the legislation, of specific committees existing for judging research ethics in the human and social sciences. It is proposed that new research be carried out for monitoring the functioning of the committees of ethics in universities and research institutions to perfect the regulatory system.
The training of teachers for Secondary Education / High School (ES / EM) of Geography and Social Sciences in Brazil and Spain has its own characteristics in its host countries. In this research, we sought to understand the process of teacher training for this level of education in these countries. The methodological procedures covered the analysis of their legislation, examination of documents, with emphasis on the works of Master's Degree (TFM) and follow-up of teacher training classes in the Master of Training of Professor of Geography and History of the University of Valencia (UV) . In addition to these procedures, instruments / polls were applied to the students of the Master of the UV to understand their motivations for the teaching of Geography and Social Sciences. The results point to a convergence of formative processes, although in Spain Secondary and Secondary Education teachers, who correspond to the High School in Brazil, have to take a Master's degree to practice teaching at that level of education. It is considered that the training at the masters level that has been followed is of a high level and allows the students in training to reach the contents and teaching skills for the teaching of Secondary Education and Baccalaureate in Spain for the proposed disciplines. However, in Brazil, teacher training is developed in undergraduate courses, in the specific degrees, in this research did not analyze any teacher training school for basic education, only the legislation and structuring regulations of undergraduate courses. It is concluded that the training of ES / MS teachers in Geography and Social Sciences in Brazil and Spain are distinct, mainly, in the following aspects: a) In Brazil ES / MS teacher training occurs in Faculties of Teaching, in graduation level; b) In Spain, teacher training for ES / MS occurs, as well as throughout the European Higher Education Area, in Master's courses, at postgraduate masters level; c) Brazilian teachers with a degree in Geography are also qualified to teach classes in Elementary School II; and, d) The teachers who are graduates of the Master do not have the competence to teach in Primary Education, this is reserved for the graduates of the Primary Education Teacher Training Course. ; La formación de profesores para la Educación Secundaria / Enseñanza Media (ES / EM) de Geografía y Ciencias Sociales en Brasil y en España tiene características propias en sus países sede. En esta investigación se buscó entender el proceso de formación del profesorado para este nivel de enseñanza en esos países. Los procedimientos metodológicos pasaron por el análisis de sus legislaciones, examen de documentos, con relieve a los Trabajos de Fin de Máster (TFM) y acompañamiento de clases de formación del profesorado en el Máster de Formación de Profesorado de Geografía e Historia de la Universidad de Valencia (UV). Además de estos procedimientos, se aplicaron instrumentos / encuestas a los alumnos del Máster de la UV para entender sus motivaciones para el magisterio de Geografía y Ciencias Sociales. Los resultados apuntan a una convergencia de procesos formativos, aunque en España los profesores de Educación Secundaria y Bachillerato, que corresponden a la Enseñanza Media en Brasil, tienen que cursar un Máster para ejercer el magisterio en ese nivel de enseñanza. Se considera que la formación a nivel de maestría que se acompañó es de alto nivel y permite a los alumnos en formación alcanzar las competencias de contenidos y didácticas para el magisterio de la Educación Secundaria y Bachillerato en España para las disciplinas propuestas. Sin embargo, en Brasil, las formaciones del profesorado se desarrollan en cursos de graduación, en las licenciaturas específicas, en esa investigación no se analizó ninguna escuela formadora de profesores para la educación básica, sólo la legislación y normativos estructurantes de los cursos de licenciatura. Se concluye que la formación de profesores de ES / EM de Geografía y Ciencias Sociales en Brasil y España son distintas, sobre todo, en los siguientes aspectos: a) En Brasil la formación de profesores de ES / EM ocurre en las Facultades de Magisterio, en nivel de graduación; b) En España la formación de profesores para la ES / EM ocurre, así como en todo el Espacio Europeo de Educación Superior, en cursos de Máster, a nivel de postgrado de maestría; c) Los profesores brasileños con Licenciatura en Geografía también están habilitados para impartir clases en la Enseñanza Fundamental II; y d) Los profesores egresados del Máster no tienen competencia para enseñar en la Educación Primaria, esto está reservado a los egresados del Curso de Formación de Profesores de la Educación Primaria. ; A formação de professores para a Educação Secundária/Ensino Médio (ES/EM) de Geografia e Ciências Sociais no Brasil e na Espanha tem características próprias em seus países sede. Nesta pesquisa se procurou entender o processo de formação do professorado para este nível de ensino nesses países. Os procedimentos metodológicos perpassaram pela análise de suas legislações, exame de documentos, com relevo aos Trabalhos de Fim de Máster (TFM) e acompanhamento de classes de formação do professorado no Máster de Formação de Professorado de Geografia e História da Universidade de Valencia (UV). Além destes procedimentos, aplicou-se instrumentos/enquetes aos discentes do Máster da UV para entender suas motivações para o magistério de Geografia e Ciências Sociais. Os resultados apontam para uma convergência de processos formativos, embora na Espanha os professores de Educação Secundária e Bachillerato, que correspondem ao Ensino Médio no Brasil, tenham que cursar um Máster para exercer o magistério naquele nível de ensino. Considera-se que a formação a nível de mestrado que se acompanhou é de alto nível e permite aos alunos em formação alcançar as competências de conteúdos e didáticas para o magistério da Educação Secundária e Bachillerato em Espanha para as disciplinas propostas. Sem embargo, no Brasil, as formações do professorado são desenvolvidas em cursos de graduação, nas licenciaturas específicas. Nessa pesquisa não se analisou nenhuma escola formadora de professores para a educação básica, apenas a legislação e normativos estruturantes dos cursos de licenciatura. Conclui-se que a formação de professores de ES/EM de Geografia e Ciências Sociais no Brasil e na Espanha são distintas, sobretudo, nos seguintes aspectos: a) No Brasil a formação de professores de ES/EM ocorre nas Faculdades de Magistério, em nível de graduação; b) Na Espanha a formação de professores para a ES/EM ocorre, assim como em todo o Espaço Europeu de Ensino Superior, em cursos de Máster, em nível de pós-graduação mestrado; c) Os professores brasileiros com Licenciatura em Geografia também são habilitados a ministrar aulas no Ensino Fundamental II; e, d) O professores egressos do Máster não tem competência para lecionar na Educação Primária, pois isto está reservado aos egressos do Curso de Formação de Professores da Educação Primária.
A implantação, em 2009, do curso de graduação em saúde coletiva (GSC) no Brasil e sua progressiva disseminação trouxe à tona velhas questões de ordem epistemológica, prática ou político-institucional relacionadas ao ensino das ciências sociais e humanas (CSH) nesse contexto e fez emergir outras. Sobretudo, esse novo curso recoloca no centro do debate a questão da identidade do campo da saúde coletiva ou as especificidades de seus objetos, atores/ agentes, conhecimentos e práticas. Afinal, tanto os projetos pedagógicos (perfil de egresso, estrutura curricular etc.) quanto seu modus operandi refletem uma dada concepção do campo. Propõe-se, neste artigo, discutir peculiaridades e desafios do ensino das CSH na GSC, considerando esses elementos a partir da análise da experiência de um curso em particular ou, melhor dito, do compartilhamento de vivências e impressões das autoras que integram seu corpo docente. Na primeira parte do texto, são esboçados argumentos em defesa da formação emancipatória e do conhecimento pluriuniversitário, apoiados no diálogo com Boaventura de Souza Santos. Entende-se que tais perspectivas são especialmente bem-vindas na GSC, a qual tem se revelado um espaço profícuo de experimentação de novas formas de agir na educação e na saúde. ; The implementation, from 2009, of the undergraduate course on collective health (GSC) in Brazil and its progressively dissemination has brought to the surface old epistemological, practical or politicalinstitutional issues, and led to the emergence of others. Above all, it should be noted that this new undergraduate course puts once again in the center of the debate the question of the collective health identity or, rather, the specificities of its objects, actors, knowledge and practices. After all, both the pedagogical projects (student's profile, curricular structure etc.) as its modus operandi reflect a given conception of the field. This article discusses the singularities and challenges of teaching social and human sciences in the undergraduate course in collective health, considering these elements through the analysis of a particular course or, better said, the sharing of experiences and impressions of the authors that integrate its academic staff. In the first part of the article, arguments are presented in defense of the emancipatory formation and multiuniversity knowledge, supported by the dialogue with Boaventura de Souza Santos. It is considered that such perspectives are especially welcome in undergraduate collective health, which has proved to be a useful space for experimenting new ways of acting in education and health.
Desde que a doença coronavírus (covid-19) foi declarada como uma emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial da Saúde em janeiro de 2020, levou à perda de milhões de vidas humanas e à recessão económica global. Cada vez mais, é reconhecida a necessidade de uma comunicação em saúde eficaz através dos media online, que possa fornecer informações credíveis e promover mudanças de comportamento relevantes. Assim, este estudo faz uma revisão sistemática da literatura, para compreender quais os conflitos de posição que existem e que lacunas de conhecimento permanecem em termos de uso dos media sociais durante a primeira vaga de covid-19, bem como indicar estratégias de comunicação relevantes. Esta pesquisa recolheu 76 artigos relevantes através de pesquisas na Web of Science e no Google Scholar. A análise revelou que grande parte da literatura veio confirmar o efeito positivo dos media sociais online na propagação de informações e promoção de precauções durante o controlo do covid-19. A propagação de rumores e a intervenção do governo nos media sociais têm aumentado as preocupações dos utilizadores. Atualmente, o debate continua sobre a associação entre a exposição aos media sociais e a saúde mental pública. Outra questão muito debatida é se os rumores são partilhados de forma mais ampla do que as informações verificadas e credíveis. Até agora, muito pouca atenção tem sido dada, nos media sociais, às disparidades e lacunas de informação e também aos grupos vulneráveis. ; Since the coronavirus disease (covid-19) was declared a public health emergency of international concern by the World Health Organization in January 2020, it has led to the loss of millions of human lives and a global economic recession. Recently, there has been a recognized need for effective health communication via social media to deliver accurate information and promote pertinent behavioral change. Thus, this study provides a systematic review to explore what has been done, what conflicts exist, and what knowledge gap remains in terms of social media use during the covid-19 wave, indicating relevant communication strategies. This research is based on 76 relevant papers taken from searches on the Web of Science and Google Scholar. The analysis revealed that much of the literature confirms the positive effect of social media on information propagation and promotion of precautions in the control of covid-19. The spreading of rumors, especially about government performance, in social media is clearly of increasing concern. Currently, heated debate continues about the association between exposure to social media and public mental health. Another fiercely debated question is whether rumors are shared more widely than fact-checking information. Up to date, far too little attention has been paid to information disparities and vulnerable groups on social media.
Desde que a doença coronavírus (covid-19) foi declarada como uma emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial da Saúde em janeiro de 2020, levou à perda de milhões de vidas humanas e à recessão económica global. Cada vez mais, é reconhecida a necessidade de uma comunicação em saúde eficaz através dos media online, que possa fornecer informações credíveis e promover mudanças de comportamento relevantes. Assim, este estudo faz uma revisão sistemática da literatura, para compreender quais os conflitos de posição que existem e que lacunas de conhecimento permanecem em termos de uso dos media sociais durante a primeira vaga de covid-19, bem como indicar estratégias de comunicação relevantes. Esta pesquisa recolheu 76 artigos relevantes através de pesquisas na Web of Science e no Google Scholar. A análise revelou que grande parte da literatura veio confirmar o efeito positivo dos media sociais online na propagação de informações e promoção de precauções durante o controlo do covid-19. A propagação de rumores e a intervenção do governo nos media sociais têm aumentado as preocupações dos utilizadores. Atualmente, o debate continua sobre a associação entre a exposição aos media sociais e a saúde mental pública. Outra questão muito debatida é se os rumores são partilhados de forma mais ampla do que as informações verificadas e credíveis. Até agora, muito pouca atenção tem sido dada, nos media sociais, às disparidades e lacunas de informação e também aos grupos vulneráveis. ; Since the coronavirus disease (covid-19) was declared a public health emergency of international concern by the World Health Organization in January 2020, it has led to the loss of millions of human lives and a global economic recession. Recently, there has been a recognized need for effective health communication via social media to deliver accurate information and promote pertinent behavioral change. Thus, this study provides a systematic review to explore what has been done, what conflicts exist, and what knowledge gap remains in terms of social media use during the covid-19 wave, indicating relevant communication strategies. This research is based on 76 relevant papers taken from searches on the Web of Science and Google Scholar. The analysis revealed that much of the literature confirms the positive effect of social media on information propagation and promotion of precautions in the control of covid-19. The spreading of rumors, especially about government performance, in social media is clearly of increasing concern. Currently, heated debate continues about the association between exposure to social media and public mental health. Another fiercely debated question is whether rumors are shared more widely than fact-checking information. Up to date, far too little attention has been paid to information disparities and vulnerable groups on social media.