Denominações para os muçulmanos no Sudão Ocidental e no Brasil
In: Afro-Asia, Heft 10-11
ISSN: 1981-1411
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In: Afro-Asia, Heft 10-11
ISSN: 1981-1411
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In: Monções: revista de relações internacionais da UFGD, Band 9, Heft 17, S. 450-475
ISSN: 2316-8323
Esse artigo objetiva investigar a evolução das relações entre o Sudão do Sul e a China tendo como fio condutor a triangulação complexa entre o desenvolvimento da indústria petrolífera no Sudão, o processo de independência sul-sudanês e os interesses energéticos chineses na região. Para atingir tais objetivos, inicialmente, serão apresentados e discutidos os pressupostos da teoria da "Fragilidade Estatal", sobre os quais se assenta esse artigo. Em seguida, serão descritas e analisadas as condições do desenvolvimento do setor petrolífero no Sudão, o envolvimento da China no processo de independência do Sudão do Sul, e seu papel decisivo para que os líderes do movimento de independência se mantivessem no poder no pós-2011. Finalmente, na conclusão, será discutido o papel das commodities estratégicas e da China na consolidação estatal de novos Estados africanos.
In: Revista de Iniciação Científica da FFC, Band 19, Heft 1, S. 41-52
ISSN: 1415-8612
Este artigo aborda o tema da proteção dada aos agentes humanitários internacionais que se encontram em zonas de conflito, atuando em Organizações Não-Governamentais (ONGs) ou Organizações Internacionais (OIs), uma vez que eles são constantemente alvos de ataques pelas partes conflitantes. Por meio de um estudo de caso e uma pesquisa documental, histórica e bibliográfica, objetiva-se entender qual a relevância da assistência humanitária para os civis nesses locais e o quão problemáticas são as ações cometidas contra esses servidores que ali estão para prover ao menos o mínimo necessário para a sobrevivência da população. Utiliza-se o caso do Sudão do Sul que está vivenciando um intenso conflito e em que dados apresentam índices alarmantes sobre as necessidades de sua população, mas onde, ainda assim, os agentes humanitários acabam sendo atacados ao realizarem seu trabalho. A partir desse caso, demonstram-se os problemas acarretados pela falta de proteção e segurança para os servidores humanitários, o que também afeta a população civil.
In: Contexto internacional, Band 31, Heft 3, S. 429-458
ISSN: 1982-0240
O Sudão viveu, durante mais de duas décadas, uma guerra particularmente violenta, opondo o governo ditatorial árabe-muçulmano do Norte e os rebeldes cristãos e animistas do Sul. Por muitos considerado mais um exemplo do "choque civilizacional" previsto por Samuel Huntington (1996), o conflito sudanês esconde, no entanto, uma realidade muito mais complexa de assimetrias e desigualdades políticas e socioeconômicas profundas. Para o maior país do continente africano, as promessas de paz materializaram-se com o Acordo Geral de Paz assinado em 9 de janeiro de 2005. Momento alto de um processo tão longo e complexo como o conflito, este acordo é ambicioso, incluindo vários protocolos relativos à partilha de poder e riqueza entre as partes e prevendo, pela primeira vez, a possibilidade de secessão do Sul, mediante um referendo a se realizar ao fim de um período interino de seis anos, durante o qual vigorará um governo de unidade nacional. Mas o Sudão vive ainda uma paz incerta, dificultada não apenas pelos muitos obstáculos à implementação do acordo, mas também porque desafiada pela violência genocida no Darfur e por uma crescente instabilidade nas regiões do Leste. A partir de um olhar mais rigoroso sobre a complexidade da guerra e da paz no Sudão, procura-se avaliar os mais recentes desenvolvimentos do processo de paz e perceber que desafios se colocam agora às perspectivas de um futuro mais próspero e pacífico no país.
In: Revista Brasileira de Estudos Africanos: RBEA, Band 7, Heft 13
ISSN: 2448-3923
As teorias internacionais que abordam as relações civis-militares têm sido cada vez mais alvo de novas abordagens. O cenário onde estas se desenvolvem ganha nuances específicas e campos prioritários na discussão sobre a efetividade do trabalho conjunto e os limites de cada um destes grupos. O presente artigo debate como o relacionamento civil-militar vem sendo construído no contexto da UNMISS. Com base na construção teórica das relações civis-militares, mais especificamente as aplicadas ao contexto das operações de paz e sua prática, discute-se a efetividade da relação entre os componentes militares e os componentes civis em toda sua multiplicidade. Colocamos em confronto a eficiência da resposta integrada que é buscada através do aprofundamento das relações entre civis e militares. A questão central abordada, especificamente, busca compreender os principais problemas na sinergia entre civis e militares no Sudão do Sul e o que pode ser feito para mitigar esta situação. Como resultado, realizamos o mapeamento dos principais problemas apresentados por ambos os componentes e confrontados posteriormente através de entrevistas realizadas com militares e civis em cargos de chefia a confrontação teórica com os principais conceitos da Escola de Copenhague e discutimos o processo, projetando neste trabalho algumas perspectivas que possam auxiliar na mitigação dos problemas mapeados.
In: Revista da Escola de Guerra Naval, Band 24, Heft 1, S. 120-147
ISSN: 1809-3191
In: Revista Brasileira de Estudos Africanos: RBEA, Band 4, Heft 7
ISSN: 2448-3923
Trata-se de um estudo de caso que examina o contexto da ruptura política ocorrida no Sudão do Sul (2013), destacando os seus efeitos para a segurança humana, e analisa a resposta das Nações Unidas, com enfoque na proteção de civis, no período 2014-2018. A investigação adota um desenho de pesquisa baseado em uma perspectiva qualitativa, operacionalizada por meio de um método hipotético-dedutivo. Como dividendos, são indicadas condicionantes a serem observadas, na consecução de políticas e estratégias, para mitigar processos de violência e atrocidades em massa.
In: Contexto internacional, Band 30, Heft 2, S. 309-360
ISSN: 1982-0240
Este artigo analisa a atual guerra civil na região oeste da República do Sudão (RS), em Darfur, dentro do contexto mais amplo da antiga crise de governo do país no âmbito nacional, que é condicionada pelas políticas desiguais do Estado central e de sua elite árabe dominante. Usando o que Frost (1996) identificou como conjunto de normas "estabelecidas" nas relações internacionais para investigar as condutas do Sudão na política doméstica e na política internacional, este trabalho conclui que Cartum é culpada por graves comportamentos impróprios e violações do direito internacional humanitário. Esses comportamentos desviantes, atrelados a sua busca para estabelecer um Estado teocrático e exportar sua ideologia radical, opuseram a RS à comunidade internacional. Baseando-se nos atuais engajamentos militares de Cartum e em operações similares anteriores, este estudo defende que, para que o Sudão consiga superar a presente dificuldade política, seus governantes devem, com sinceridade de propósito, abandonar suas políticas desequilibradas e dar preferência àquelas inclusivas, abertas a todas as formações étnicas no país. Na análise final, é argumentado que isto só pode ter sentido dentro de um contexto de melhores condições socioeconômicas, pois, stricto sensu, requer o apoio econômico ao Sudão por parte da África e da comunidade internacional em geral.
In: Sankofa: Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana, Band 1, Heft 2, S. 7
ISSN: 1983-6023
Este artigo tem como objetivo central identificar as raízes dos conflitos entre o norte e o sul do Sudão, a partir do estudo do processo de formação de seu Estado-nação. A partir do estabelecimento da Southern Policy (1930) – marco fundamental dentro do projeto mais amplo da administração colonial em distinguir as regiões norte e sul do Sudão –, privilegia-se compreender os aspectos mais relevantes, entre 1930 e 1956, no Sudão, levando-se em conta a formação das identidades coletivas, nem sempre conciliáveis, no bojo do processo de construção do Estado-nação.
In: Revista direito e política, Band 10, Heft 3, S. 1528
ISSN: 1980-7791
O artigo propõe-se a analisar as controvérsias envolvidas no mandado de prisão expedido pelo TPI em face do presidente sudanês, Omar Al Bashir, tendo em vista a tradicional imunidade conferida aos Chefes de Estado e o fato de que o Sudão não ratificou o Estatuto de Roma. Para isso, utiliza-se o método de abordagem dedutivo, analisando, incialmente, as implicações decorrentes da Resolução nº 1593 do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a possibilidade de ampliação de competência na jurisdição do TPI. Posteriormente, propõe-se uma avaliação acerca da força coercitiva que a determinação exerce sobre os países do sistema internacional. Por fim, constata-se que o Sudão e os países-membro do TPI encontram-se obrigados a cooperar com o Tribunal, enquanto os países não-signatários e, sobretudo, os Estados Unidos enquanto sede da ONU, não estariam autorizados a violar as imunidades tradicionalmente conferidas aos Chefes de Estado.
In: Relaciones internacionales: revista publicada por el Instituto de Relaciones Internacionales, Band 26, Heft 52, S. 002
ISSN: 2314-2766
Este estudio analiza la importancia estratégica de África para Japón y viceversa, teniendo en cuenta la pertinencia del discurso de seguridad humana para la manutención de la relación entre el Estado Japonés y el continente africano. Inicialmente, se lleva a cabo un recorte histórico sobre las ligaciones entre Japón y África; en seguida, son observadas las características de la política exterior japonesa para el continente africano y, por fin, la efectividad del discurso de seguridad humana japonés como elemento de la política exterior es evaluada delante de los intereses imperialistas. Por lo tanto, el caso de Sudán del Sur es utilizado el en sentido de ratificar la actuación japonesa en África, la importancia de las Fuerzas de Autodefensa Japonesas en la región y el discurso de seguridad humana, además de intentar percibir las fragilidades en esa relación.
In: Cadernos de relações internacionais, Band 2, Heft 2
ISSN: 1983-4500
In: Emancipação, Band 11, Heft 2, S. 267-287
ISSN: 1519-7611
In: Astrolabio. Nueva época, Heft 32, S. 187-213
ISSN: 1668-7515
O presente trabalho tem como tema a influência das mudanças climáticas nos conflitos do Sudão, em especial em Darfur. Desde a conquista da independência, em 1956, o Sudão teve de lidar com disputas tanto na região Sul (que culminou com a separação do Sudão do Sul, em 2011), quanto em Darfur, resultando em um conflito aberto em 2003. Nos últimos dois decênios, as mudanças climáticas passaram a ser consideradas crescentemente como potenciais fatores de exacerbação dessas tensões locais. Diante disso, busca-se responder à seguinte questão: quais são as implicações das mudanças climáticas para o panorama securitário do Sudão, particularmente em Darfur? Em termos teóricos, o artigo adota a perspectiva crítica de segurança, com a finalidade de compreender o caráter multidimensional das fontes não tradicionais de ameaça à segurança do país, como a ameaça climática. Em termos metodológicos, fez-se uso de uma abordagem qualitativa e hermenêutica, com a análise de relatórios de órgãos da ONU, de documentos do governo sudanês e de outras obras. Embora os fenômenos climáticos tenham contribuído para a exacerbação da instabilidade no Sudão e das disputas em Darfur, conclui-se que sua influência ocorreu de forma indireta, em conjugação com outras dimensões sociais, econômicas e políticas. Entende-se, porém, que a inclusão dos aspectos climáticos seria uma ferramenta importante para se reduzir a instabilidade local.
In: Revista Brasileira de Estudos Africanos: RBEA, Band 3, Heft 6
ISSN: 2448-3923
Desde o início das independências africanas nos anos 1960, diversos países vivenciaram rebeliões envolvendo grupos etno-linguísticos ou comunidades marginalizadas, que exigem a partição territorial de Estados existentes com o objetivo de constituir nações novas e independentes. Apesar da alta incidência de conflitos secessionistas no continente, apenas dois casos conseguiram com sucesso estabelecer novos Estados na África pós-colonial: Eritreia, em 1993, e Sudão do Sul, em 2011. A fundação do Sudão do Sul ocorreu em um contexto continental e global hostil à emergência de novos Estados. Tal evento deu início a um intenso debate na literatura a respeito dos fatores que melhor explicam a partição do país. Uma parte da academia sugere que fatores domésticos são cruciais no processo, enquanto outra defende serem fatores externos os decisivos para a separação. Este estudo oferece uma nova perspectiva ao debate argumentando que uma combinação entre fatores domésticos e externos foi decisiva para o sucesso da luta secessionista do Sudão do Sul. O artigo se baseia na análise qualitativa de fontes secundárias e representa uma contribuição única ao debate sobre os determinantes para as secessões bem-sucedidas na África pós-colonial.