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Tendo como ponto de análise a juventude rural no município de Porangatu, Norte do estado de Goiás, este artigo interroga qual o reconhecimento das especificidades desse grupo social pela oferta educacional do ensino médio da rede pública e como a configuração desse sistema educacional produz uma inclusão excludente das juventudes rurais. Para isso, foram analisados dados quantitativos referentes ao uso do transporte escolar rural e de matrículas nas escolas em áreas urbanas que ofertam vagas para a população estudantil rural. Ao refletir os tensionamentos e conflitos experienciados pelos jovens que vivem em espaços rurais a partir da convivência escolar, pode-se apontar para um processo de inclusão excludente no modus operandi desse processo de escolarização urbana desses sujeitos. Processo esse que constitui a reprodução das desigualdades sociais ao mesmo tempo realizando uma ruptura com a cultura camponesa e marginalizando-os na sociedade urbana.