Rodadas históricas de neoliberalização no Brasil
In: Contemporânea: Revista de Sociologia da UFSCar, Band 12, Heft 3, S. 675-708
ISSN: 2236-532X, 2316-1329
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In: Contemporânea: Revista de Sociologia da UFSCar, Band 12, Heft 3, S. 675-708
ISSN: 2236-532X, 2316-1329
In: Caderno CRH: revista quadrimestral de ciências sociais, Band 34, S. e021020
ISSN: 1983-8239
O artigo define neoliberalismo como a construção política da sociedade de mercado, constituindo o modo de regulação ou o regime de governamentalidade predominante na fase atual do capitalismo. Historicamente, o neoliberalismo sempre esteve associado ao esvaziamento da democracia e a estratégias autoritárias. Após a crise de 2008, o neoliberalismo radicalizou suas medidas ao mesmo tempo em que aprofundou o recurso ao autoritarismo, estabelecendo uma diferença de grau que permite afirmar, seguindo a análise de Nancy Fraser (2017), a passagem de uma fase progressista que mantinha práticas autoritárias para uma fase propriamente autoritária do neoliberalismo. Por fim, o artigo busca compreender tal deslocamento de fase na crise da Nova República, admitindo a singularidade do processo de neoliberalização brasileiro. Esta singularidade se deve ao fato de que o neoliberalismo não substituiu completamente outras racionalidades políticas e projetos de regulação previamente existentes, mas se hibridizou com eles, reconfigurando a nossa constelação histórica específica.
In: Theory and society: renewal and critique in social theory, Band 49, Heft 3, S. 465-491
ISSN: 1573-7853
In: Sociedade e estado, Band 34, Heft 1, S. 211-239
ISSN: 1980-5462
Resumo O conceito de neoliberalismo foi retomado pelas ciências sociais desde os anos de 2000, com a reabertura do debate internacional que busca dar definições mais precisas em sua vertente crítica. São analisados os principais argumentos contrários à utilização do conceito e defende-se seu uso devido à sua importância estratégica. As definições são agrupadas segundo as principais teorias sociológicas, separando entre aquelas que apresentam uma "essência" do neoliberalismo (teorias foucaultiana, marxista, bourdieusiana e weberiana) e aquelas que preferem tratar da multiplicidade de manifestações históricas e geográficas singulares, enfatizando o caráter híbrido dos neoliberalismos (pós-colonialista, hibridismo governamental e neorregulacionista). Conclui-se apontando para a complementaridade dos alvos, mas também para as implicações estratégicas das diferentes opções teóricas.
In: Dados, Band 59, Heft 1, S. 233-270
ISSN: 0011-5258
RESUMO O presente artigo realiza uma história da noção de sentimentos morais na governamentalidade britânica do século XVIII e de sua estratégia de poder "emocional", a qual difere de outras concepções gerais de vida "emocional", como a de paixões do século XVII. Partindo do construcionismo social das emoções, busca-se compreender como os discursos e as técnicas de poder moldam a maneira de sentir. Com este fim, são explicadas suas fontes causadoras (senso moral, simpatia e sociedade), como se relacionam com as demais faculdades da mente (julgamentos morais, razão, imaginação e memória), com o corpo (sensorial de dor e prazer) e como determinam as condutas. Após este percurso, argumenta-se que o discurso dos sentimentos morais constituiu um poder emocional caracterizado por determinados objetos (julgamentos morais), técnicas (simpatia, arte de agradar feminina e mitologização da comunidade nacional), finalidades (desenvolvimento da personalidade atrelado à integração grupal) e regras emocionais (prescrição do amor benevolente e moderação do amor de si) e expressivas (manifestações de solidariedade).
In: International review of sociology: Revue internationale de sociologie, Band 24, Heft 1, S. 110-129
ISSN: 1469-9273
In: Critical sociology, Band 41, Heft 4-5, S. 785-805
ISSN: 1569-1632
This article maps out the genealogy of the anthropological concept of emotional economic man, which emerged in the 1990s tied to the concept of emotional capital. Analysis of the discourse about emotional capital in management and neoliberal economics explains how economic man is linked to emotions and how the management of emotional capital creates an emotional power (or 'pathospower') that is manifested in three main corporate dispositifs: emotional intelligence, organizational culture and the commercialization of experiences. These power dispositifs have led to unprecedented cohesiveness in the construction of workers' and consumers' emotional lives, introducing the management logos as rationality over emotions. Emotions are converted into a vehicle through which power penetrates bodies and subjectivities, sustains active economic conducts, imposes corporate goals for life and disseminates the logic of capital. This emotional power is part of the history of the ways that people feel in contemporary societies.
In: Plural: revista de ciências sociais, Band 13, S. 61
ISSN: 2176-8099
<p>Devido à sua doença crônica, Nietzsche foi incitado a adotar o saber médico-psiquiátrico do final do século XIX para escrever sobre si. Contudo, Nietzsche converteu esse conhecimento médico em uma preocupação ética, estabelecendo um novo cuidado de si e realizando uma série de ensaios consigo mesmo. Com isso, constituiu uma nova experiência que escapava à objetivação e ao esquadrinhamento do saber científico e voltou o próprio discurso médico-psiquiátrico contra o biopoder e seus mecanismos disciplinares e bio-regulamentadores.</p>
In: Contemporânea: Revista de Sociologia da UFSCar, Band 12, Heft 3, S. 655-674
ISSN: 2236-532X, 2316-1329