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Este artigo é resultado de comunicação apresentada no V Encontro Nacional de História dos Estados Unidos, realizada em 2018, na Universidade Estadual de Londrina. Tem como objetivo analisar o cenário estrangeiro e nacional que propiciou o desenvolvimento das matrizes e construções da contracultura no Brasil tomando como mote a referência norte-americana. Através de pesquisa qualitativa, de cunho bibliográfico, num primeiro momento, abordaremos a contracultura norte-americana e a travessia de seu ideário no Brasil e, num segundo momento, a especificidade de nossa contracultura antropofagicamente construída sob os reflexos da matriz norte-americana hippie, cuja visibilidade se deu através do Tropicalismo.

O presente artigo tem como objetivo geral analisar quais são os desafios educacionais na formação docente frente às novas subjetividades infantis moduladas pela cibercultura e relacionadas à pós-modernidade. A cibercultura, denominada "como a cultura contemporânea estruturada pelo uso das tecnologias digitais em rede nas esferas do ciberespaço e das cidades" (SANTOS, 2011), alterou o modo de pensar, produzir conhecimento e consequentemente de ensinar e aprender nos levando a ressignificação das instituições escolares e da formação docente. Faz-se necessário neste devir um novo olhar à infância, como etapa singular de conhecimento dentro da complexa e diversa sociedade contemporânea.

<p>O presente artigo se constitui numa interface resultante da pesquisa de pós-doutorado em Educação que visa analisar quais são os desafios educacionais na formação de professores frente às novas gerações moduladas pela tecnologia, relacionadas à pós-modernidade. Trata-se de uma análise reflexiva acerca da imagem e suas reverberações no âmbito educacional na contemporaneidade. Os jovens "pós-modernos" ou "nativos digitais" formam o que se denominou Juventude "Y" (geração do milênio ou geração digital) e "Z", oriundos da sociedade imagética e de grande desenvolvimento tecnológico. Uma das questões que se impõe à educação para as gerações atuais é a do entendimento dessa cultura permeada de imagens que, como agentes simbólicos, nos fornecem subsídios para o entendimento dos novos valores contemporâneos, propiciando a partir disso, a ressignificação das práticas pedagógicas, indo além das fronteiras da educação formal.</p>

O presente artigo tem como objetivo tratar da imprensa alternativa brasileira relacionada à contracultura, na fase ditatorial, em fins da década de 60. Tomaremos como mote dessa discussão a revista Rolling Stone, que teve sua primeira versão brasileira publicada em 1972, relacionada ao movimento da contracultura. Este movimento teve caráter eclético, simultaneamente místico e político, que emergiu contextualmente nos anos 60 e 70, como resposta crítica frente às ilusões do capitalismo e pelo rigoroso sistema tecnocrático. Seu caráter político ganhou visibilidade nos Estados Unidos, através da luta integrada pelos direitos civis dos negros, homossexuais e mulheres, da inserção do jovem como importante ator social, do pacifismo e do pensamento ecológico. Apesar de sua morte prematura, a revista influenciou outras importantes publicações alternativas.

<p>Este artigo trata da ideia de nacionalidade brasileira presente na literatura oswaldiana, especificamente, o conceito de antropofagia cultural tomado como base no delineamento de novas formas para entender o país que se desejava moderno e futuro Éden da humanidade.</p>

Este trabalho tem por objetivo analisar relações entre jornalismo e literatura a partir de contos-reportagens de João Antônio publicados na revista Realidade. Na primeira parte do artigo, discutimos as principais premissas do new journalism, movimento que tencionou as convenções formais do texto jornalístico na imprensa norte-americana e que, no Brasil, teve acolhida na Realidade. Em seguida, discutimos os contos-reportagens de João Antônio, desvelando facetas estéticas moduladas por essa práxis jornalística e política no contexto da repressão da ditadura militar.

O presente artigo tem como intuito abordar a questão da identidade nacional no contexto da repressão militar de 1964, numa perspectiva cultural. Tomamos o Tropicalismo como mote para a referida discussão devido ao caráter inovador de suas proposições que se deu em diferentes áreas artísticas e ganhou visibilidade na música, através dos festivais exibidos pela TV, em fins da década de 1960. Criticado por alas conservadoras da direita e esquerda política que viam no movimento um "ataque imperialista" à cultura brasileira, o Tropicalismo, através da experiência estética, propôs novas formas de resistência à ditadura militar. Através de pesquisa exploratória de cunho qualitativo, postularemos inicialmente as diferentes manifestações artísticas que influenciaram o ideário tropicalista e, em seguida, suas propostas em relação à formulação da identidade nacional brasileira. Inspiradas na "geleia geral brasileira", termo utilizado por Décio Pignatari, que virou canção tropicalista de Gilberto Gil e Torquato Neto, apresentamos discussões sobre um Brasil vivendo o limiar de sua modernidade através da arte no sentido político e estético.