Os jovens e a sexualidade: um panorama da realidade brasileira
In: Estudos feministas, Band 13, Heft 2, S. 440-442
ISSN: 1806-9584
11 Ergebnisse
Sortierung:
In: Estudos feministas, Band 13, Heft 2, S. 440-442
ISSN: 1806-9584
In: Estudos feministas, Band 27, Heft 3
ISSN: 1806-9584
Resumo: Internacionalmente, tem crescido o entendimento de que, para prevenir as violências de gênero, é necessário trabalhar e envolver os homens. Após a promulgação da Lei 11.340/06, que trouxe previsão legal para as intervenções com autores de violência doméstica e familiar no Brasil, o debate acadêmico tem avançado significativamente. Contudo, o tema carece de revisão crítica com vistas a articular os estudos nacionais. Diante desse quadro, o objetivo deste artigo é analisar a produção acadêmica nacional sobre o tema a partir da literatura especializada e relatórios nacionais. A sistematização da produção acadêmica nacional sugere a possibilidade de transformações nas relações, entretanto, traz à tona fragilidades na estruturação das políticas de enfrentamento à violência como um todo.
Violence against women is considered a serious public health problem and a violation of rights around the world. As part of the policies to fight against this violence, the Maria da Penha Law foresees the participation of male perpetrators of violence (MPV) in care programs whose main activity is to hold reflective groups. This article presents a mapping of programs for MPV in Brazil conducted between 2015 and 2016. This is a qualitative, exploratory and descriptive research carried out in two steps. First, we found 41 programs from the five regions of Brazil, of which 26 answered a questionnaire with open and closed questions. We analyzed data according to four categories: program structure, methodology, monitoring and evaluation, and results and challenges. Second, we analyzed other mappings of Brazilian and international programs with MPV, as well as national and international documents that suggest guidelines for their execution. We found similarities between the programs and documents analyzed, such as the linkage with governmental bodies, basis on gender theories, and implementation of group interventions. Based on the dialogue between other mappings and studies and the findings of our analysis, the authors suggest minimum guidelines for holding reflective groups. ; A violência contra mulheres é considerada um grave problema de saúde pública, uma violação dos direitos em todo o mundo. Como parte das políticas de enfrentamento a esse tipo de violência, a Lei Maria da Penha prevê a participação de homens autores de violência (HAV) em programas de atenção cuja atuação principal é a realização de grupos reflexivos. Este artigo apresenta um mapeamento de programas para HAV no Brasil realizado entre 2015 e 2016. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva realizada em dois momentos. No primeiro, foram localizados 41 programas das cinco regiões do país, dos quais 26 responderam um questionário com perguntas abertas e fechadas. Os dados foram analisados segundo quatro categorias: estrutura do programa, metodologia empregada, monitoramento e avaliação e resultados e desafios. No segundo momento, foram analisados outros mapeamentos de programas brasileiros e internacionais com HAV, além de documentos nacionais e internacionais que sugerem diretrizes para sua execução. Notou-se semelhanças entre os programas encontrados e os documentos analisados, como o vínculo das iniciativas com instâncias governamentais, fundamentação nas teorias de gênero e modalidade de intervenções em grupo. A partir do diálogo entre outros mapeamentos, estudos apresentados e resultados encontrados, sugere-se diretrizes mínimas para a realização de grupos reflexivos.
BASE
In: INTERthesis, Band 19, Heft 1, S. 1-21
ISSN: 1807-1384
Por meio deste artigo, são apresentados dados que caracterizam as ocorrências de feminicídio do ano de 2020 no Estado de Santa Catarina. Para a caracterização do fenômeno, as informações, oriundas da Polícia Civil, foram categorizadas de acordo com: território de ocorrência; local de ocorrência; raça/etnia das vítimas; identidade de gênero das vítimas; existência ou não de denúncias anteriores de violência do autor contra a vítima; e ocorrência ou não de suicídio do autor após a prática do crime. As reflexões foram produzidas com base em referenciais teóricos da psicologia social jurídica e dos estudos de gênero, aliados a produções acadêmicas sobre a temática da violência. Como resultados, foram identificadas especificidades no fenômeno do feminicídio nesse recorte de tempo e nesse território, que merecem atenção para a formulação das políticas públicas de prevenção e das estratégias de investigação policial: alta ocorrência no meio rural; prevalência de mulheres brancas e cisgênero na classificação oferecida pelo sistema policial; baixa ocorrência de denúncias por agressão anteriores à prática criminosa; e alto índice de feminicídios seguidos de suicídio do autor. Por fim, é apresentada uma reflexão sobre como o reconhecimento do feminicídio, enquanto expressão máxima da violência de gênero, passa por questões culturais e institucionais que precisam ser problematizadas para o alcance de políticas efetivas de enfrentamento.
Se presenta una metodología cualitativa narrativa crítica como un formato posible y coherente con las bases teóricas de los feminismos, para mostrar la importancia política y ética de los proyectos feministas, en especial, el compromiso con el cambio socia l de la metodología feminista, y con la investigación en general. Con base epistemológica en los principios y criterios del Constructivismo Social , el Feminismo Post -Estructuralista y la Teoría Queer, la metodología utilizada como ejemplo para esta discusi ón fue aplicada en un estudio doctoral que investigó el proceso de construcción -deconstrucción de las subjetividades masculinas con un enfoque terapéutico, en el marco de un programa público de atención a hombres que ejercieron violencia contra mujeres. A través de este ejemplo empírico, se observó que este formato analítico ofrece herramientas para una reflexión crítica sobre las metodologías feministas. Se estableció que el uso de esta metodología específica permite una mejor visualización del problema de la violencia. Se destaca la necesidad de nuevos paradigmas que promuevan el compromiso ético y político, que incluyan contribuciones y permitan el diálogo con avances históricos feministas y estudios de hombres y masculinidades. ; A critical narrative qualitative methodology is presented as a possible and coherent format with the theoretical bases of feminisms, to show the political and ethical importance of feminist projects, especially the commitment to the social change of feminist methodology, and to the Research in general. With an epistemological basis in the principles and criteria of social co nstructivism, Post -Structural Feminism and Queer Theory, the methodology used a s an example for this discussion was applied in a doctoral study that investigated the process of construction -deconstruction of masculine subjectivities with a Therapeutic approach, within the framework of a public program of care for men who exercised vi olence against women. Through this empirical example, it was observed that this analytical format offers tools for a critical reflection on feminist methodologies. It was established that the use of this specific methodology allows a better visualization o f the problem of violence. It highlights the need for new paradigms that promote ethical and political commitment, which include contributions and allow dialogue with feminist historical advances and studies of men and masculinities
BASE
The relationship between violence and masculinity warrants special attention in intervention work with men who inflict violence against their partners. In this article we seek to explore this connection from the metaphor of "being like a bull", used by a member of a group of men held in Spain. We aim to reflect on the patriarchal system that legitimises the constant proof expected of the "bull", of its masculinity in an "arena" made up of an audience of spectators who reflect the traditional male image. In conclusion, we highlight the importance of psychosocial interventions in this sector with a more committed political/policy and gender perspective, focussing on cultural and macro-social aspects in interventions with those who inflict violence. ; La relación entre violencia y masculinidades merece especial atención en el trabajo de intervención con hombres que ejercen violencia contra sus parejas. En este artículo buscamos explorar esta conexión a partir de la metáfora de "ser como un toro" utilizada por un integrante de un grupo de hombres tuvo lugar en España. En este texto pretendemos reflexionar sobre el sistema patriarcal que legitima que el "toro" tenga que constantemente ofrecer pruebas de su masculinidad ante una "arena" constituida por la mirada de espectadores que refuerzan la imagen masculina tradicional. En conclusión, destacamos la importancia de intervenciones psicosociales en este sector con línea más política comprometida y con perspectiva de género, atenta a aspectos culturales y macro sociales en las intervenciones con autores de violencia.
BASE
In: La ventana: revista de estudios de género, Band 6, Heft 52, S. 368-397
ISSN: 1405-9436, 2448-7724
The relationship between violence and masculinity warrants special attention in intervention work with men who inflict violence against their partners. In this article we sought to explore this connection drawing upon the metaphor of 'being like a bull' used by a member of a group of men held in Spain. We reflected on the patriarchal system that legitimises the constant proof expected of the 'bull', of its masculinity in an 'arena' made up of an audience of spectators who reflect the traditional male image. In conclusion, we highlighted the importance of psychosocial interventions in this sector with a more committed political/policy and gender perspective, focusing on cultural and macro-social aspects in interventions with those who inflict violence. ; La relación entre violencia y masculinidades merece especial atención en el trabajo de intervención con hombres que ejercen violencia contra sus parejas. En este artículo buscamos explorar esta conexión a partir de la metáfora "ser como un toro", utilizada por un integrante de un grupo de hombres en medio de un encuentro tuvo lugar en España. Nuestra intención es reflexionar sobre el sistema patriarcal que legitima que el "toro" tenga que ofrecer pruebas de su masculinidad de manera constante, ante una "arena" constituida por espectadores que refuerzan la imagen masculina tradicional. En conclusión, destacamos la importancia de intervenciones psicosociales con líneas más comprometidas políticamente y con perspectiva de género, que atienden a los aspectos culturales y macrosociales en los trabajos con autores de violencia.
BASE
In: Revista Brasileira de Políticas Públicas: Brazilian journal of public policy, Band 10, Heft 2
ISSN: 2236-1677
Este artigo, valendo-se dos aportes da sociologia compreensiva, coloca em perspectiva um programa brasileiro para autores de violência (PAV), buscando compreender como seu modelo teórico é interpretado e colocado em prática pelos/as profissionais que o aplicam. As categorias gênero e interssecionalidade foram mobilizadas como ferramentas analíticas, permitindo examinar o caminho entre o modelo teórico do programa e sua passagem para o contexto. Os achados, por meio da análise crítica dos discursos dos/as profissionais que aplicam referido programa, indicam estarmos perante intervenção assente numa perspectiva teórica de gênero, com objetivos pouco diretivos, usando metodologia psicoeducativa e com fortes relações com o sistema de justiça. Também se conclui que o programa mantém indefinidos o seu fim, métodos, procedimentos, e resultados esperados, favorecendo permeabilidade à ordem de gênero — patriarcal e promotora da reprodução de domínio masculino. Apesar disso, alguns/mas profissionais com formação nos estudos de gênero conseguem atuar na prevenção à violência de gênero contra as mulheres, por meio de práticas que questionam o sistema de justiça, o poder executivo do Distrito Federal e o próprio PAV, desenvolvendo ações resistentes com capacidade transformadora. A agência individual deriva para coletivos emergentes, com casos de profissionais que procuram contatos com outros/as por similitude na sua reflexão acerca de uma ordem de gênero sútil, mas que produz efeitos, a indicar potência na mobilização de grupos aparentemente marginais.
In: INTERthesis, Band 17, S. 1-22
ISSN: 1807-1384
Este artigo versa sobre a construção de subjetividades, masculinidades e violência contra mulheres. O estudo reflete acerca da associação entre violência e masculinidade nas narrativas de homens. Nossos eixos teóricos são os estudos de gênero e as teorias feministas de base construcionista social e pós-estruturalista. O material foi obtido por entrevistas em profundidade com homens acusados e não acusados de exercer violência de gênero. A partir de sua transcrição e codificação, foi analisado tomando como base o estudo de narrativas (temática e estrutural). A violência de gênero aparece associada a significados sobre a posse da mulher, diferenciações de gênero relacionadas a racionalidade e emoção, dominação e culpabilização da mulher pela violência. Como conclusão, destacamos a importância de problematizar significados que contribuem para sustentar e reproduzir as violências de gênero ao intervirmos de forma comunitária e/ou institucional, em especial aquelas legitimadas por masculinidades tradicionais nas quais a violência parece ser parte constituinte.
The relationship between violence and masculinity warrants special attention in intervention work with men who inflict violence against their partners. In this article we seek to explore this connection from the metaphor of "being like a bull", used by a member of a group of men held in Spain. We aim to reflect on the patriarchal system that legitimises the constant proof expected of the "bull", of its masculinity in an "arena" made up of an audience of spectators who reflect the traditional male image. In conclusion, we highlight the importance of psychosocial interventions in this sector with a more committed political/policy and gender perspective, focussing on cultural and macro-social aspects in interventions with those who inflict violence. ; La relación entre violencia y masculinidades merece especial atención en el trabajo de intervención con hombres que ejercen violencia contra sus parejas. En este artículo buscamos explorar esta conexión a partir de la metáfora de "ser como un toro" utilizada por un integrante de un grupo de hombres tuvo lugar en España. En este texto pretendemos reflexionar sobre el sistema patriarcal que legitima que el "toro" tenga que constantemente ofrecer pruebas de su masculinidad ante una "arena" constituida por la mirada de espectadores que refuerzan la imagen masculina tradicional. En conclusión, destacamos la importancia de intervenciones psicosociales en este sector con línea más política comprometida y con perspectiva de género, atenta a aspectos culturales y macro sociales en las intervenciones con autores de violencia.
BASE