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Benedetto Varchi and Averroism. The article examines the role played by Averroes and the Averroist tradition in Benedetto Varchi's philosophical works. The first part clarifies why Varchi defines Dante as an "Averroist" and reconstructs his original reading of the first verse in Paradise (Paradiso). The second part argues that Varchi's plan to vernacularize philosophy, often interpreted as an attempt to "democratize" knowledge, should not prevent us from recognizing that he emphasizes the moral and intellectual differences existing among human beings. Though following Aristotle in saying that "all men by nature desire to know", Varchi shows no qualms in acknowledging that most of them cannot fulfil this desire and, referring to Averroes and Galen, claims that because of their complexio most people cannot understand philosophy.

Nel periodo di affermazione della dominazione viscontea, la repressione penale dei reati di iniuria e di insultus riguardanti, direttamente o indirettamente, le magistrature comunali, attuata attraverso l'interazione fra legislazione statutaria e prassi giudiziaria, consente di riflettere sugli intrecci tra diritto e politica e, in particolare, sulle strategie giuridiche utilizzate dai Visconti per consolidare il proprio potere, nella continua tensione fra accentramento e autonomia. Da un lato, la punizione delle aggressioni verbali o fisiche commesse contro o alla presenza del podestà e della sua familia ovvero all'interno del palazzo municipale consentì di mantenere le forme di tutela penale delle magistrature comunali che si erano consolidate all'interno delle comunità cittadine, assicurando stabilità politica e sociale nel territorio. Dall'altro, tali forme di tutela corrisposero all'idea che gli attentati alle autorità municipali, ormai espressione del potere signorile, dovevano essere considerati attentati alla persona del princeps, rafforzando la protezione del signore. ; In the period when the Viscontis extended their supremacy, the repression, resulting from the interaction between statutory law and case law, of crimes of iniuria and insultus affecting directly or indirectly municipal officials gives significant insights about the relationship between law and politics and, in particular, about legal strategies used by the Viscontis in order to consolidate their power, balancing out centralization and autonomy. On the one hand, the punishment of verbal and physical assaults against or in front of the potestates or their familia or in the municipal palaces allowed to keep traditional criminal protection of municipal officials, thus ensuring political and social stability. On the other hand, since the potestates were chosen by the Viscontis, these protective measures corresponded to the idea that attempts on municipal officials had to be considered as attemps on the princeps, thus streghtening the defence of the Viscontis.

Com a constituição da moderna nação italiana, a partir de meados do século XIX, tornou-se característico do pensamento político da península o constante apelo à reconstrução de uma tradição intelectual nacional. Esta era parte dos desafios da construção de uma nova ordem política e social que orientava, entre outras coisas, um retorno à história do Renascimento e à figura de Nicolau Maquiavel. A partir de 1859, o Risorgimento italiano ganharia novo impulso e culminaria com a derrota do papado e a construção de uma nova nação entre 1861 e 1871. Ao longo dessa década, período de triunfo da unificação, foi preparado um retorno definitivo de Maquiavel à cultura italiana. O revigoramento da historiografia e da ciência política italiana não deixou de ser, assim, um reencontro com a tradição maquiaveliana. O Risorgimento foi, também, o renascimento de Maquiavel. Este ensaio busca analisar três momentos desse retorno, que foram, ao mesmo tempo, tentativas de um acerto de contas com uma história italiana que remonta ao século XVI, cristalizada nas obras de Francesco De Sanctis (1817-1883), Benedetto Croce (1866-1952) e Antonio Gramsci (1891-1937).

A definição da política por meio do atributo ferino e humano do Centauro maquiaveliano - a força e o consenso como fundamentos do Estado - aparecerá tanto no pensamento político de Gramsci para caracterizar o Estado moderno, quanto na sociologia de Pareto, para distinguir as elites governantes. Os autores, contudo, aproximam-se de Maquiavel de formas bastante diversas. Enquanto Gramsci "atualiza" o realismo maquiaveliano, associando-o ao marxismo e aplicando-o a problemas contemporâneos, em Pareto evidencia-se uma adesão muito próxima à letra do texto de Maquiavel. As diferentes leituras dos autores a respeito das relações entre força e consenso, não obstante a coincidência da fonte maquiaveliana, desembocarão em perspectivas antagônicas acerca da política e da estabilidade social.