Tempo de Brasília: etnografando lugares-eventos da política
In: Coleção Antropologia da política 21
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In: Coleção Antropologia da política 21
In: Agrarian south: journal of political economy, Band 9, Heft 3, S. 275-300
ISSN: 2321-0281
Apartheid segregated not only the living, but also the dead. Taking a wedding ritual as its departure point, the article explores the conversations between the living and the dead taking place in a redistributed farm in KwaZulu-Natal, South Africa. Conviviality between the living and the dead challenges the idea of pecuniary compensation as an adequate land reform policy insofar its beneficiary population expands to the infinite, including those now alive, the living who have already died, and those yet to be born. If these ritual conversations suggest that the past and future are experiential moments beyond what is lived today, it would appear our duty to devise alternatives to the linear, flat, and cumulative narratives that currently dominate our academic work and our political practice.
In: Revista Pós Ciências Sociais, Band 13, Heft 25, S. 21
ISSN: 2236-9473
O presente ensaio narra as venturas de um projeto de extensão da Universidade de Brasília, voltado para a pesquisa etnográfica em colaboração com estudantes e professores universitários e de escolas públicas de ensino médio no Distrito Federal. Estimulado por um edital de fomento que visava à "[...] inclusão social, [...] [ao] desenvolvimento da cultura científica [e ao] aprimoramento e [à] atualização de professores e alunos da educação básica", Um Toque de Mídias provou o amargo sabor de certa inflação de projetos que soterra algumas das escolas que conhecemos. Ao longo de cinco anos, tivemos elementos e tempo para refletir sobre os limites da proposta inicial. Na segunda edição do projeto, ensaiamos algumas soluções para os becos sem saída experimentados na primeira fase. Percebemos a urgência de se reconhecer o abismo que separa a escola da universidade pública, de torná-lo conhecido de todos e de repensar propostas paliativas que dificilmente encaram o racismo e a desigualdade como desafios cruciais.
In: Cadernos pagu, Heft 40, S. 197-227
A partir de duas experiências etnográficas, uma no Brasil e outra na África do Sul, abordo neste artigo a relação imaginativa que as mulheres engendram com suas moradias, concebidas a partir de um ideário modernista de urbanismo. Com os investimentos teóricos e metodológicos dessas mulheres, o que era habitação se torna a casa, na medida em que elas mesmas engendram a habilidade de receber, de se tornarem anfitriãs. As cruciais lições aprendidas com essas mulheres, suas casas, seus métodos e teorias nos ajudam a desafiar cisões ainda perenes na antropologia como aquelas entre público e privado e entre sujeito e objeto.
In: Civitas: revista de ciências sociais, Band 12, Heft 3
ISSN: 1984-7289
In: Campos: revista de antropologia social, Band 2
ISSN: 1519-5538
A política no Recanto das Emas é vivida através de experiências concretas. Assim sendo, a partir da etnografia de um evento – a assinatura do asfalto – recuperamos uma associação nativa entre o governo atual e a pavimentação da cidade. Para os adeptos do atual governador, a poeira e a lama, que estigmatizam a cidade e sua população, evocam o governo passado. No presente texto procuro explorar essa vinculação entre asfalto e azuis (cor-ícone que remete à figura do atual governador) e entre poeira ou lama e vermelhos (atributo derrogatório, construído pelos azuis, para alcunhar a oposição). Um desdobramento dessa analogia, evidenciamos no caráter interminável das obras estatais (como a pavimentação, por exemplo), onde as inaugurações servem para que o governador materialize seus feitos ante seus adeptos, desfraldando a bandeira azul face a seus inimigos preferenciais. Abstract Politics is a living experience in Recanto das Emas, a satellite-city around Brasilia. The pavement that arrives now to the city is a symbol concerned both to the inhabitants and the local politicians. An especial event helps us recover the native association between the governor and the asphalt. The governor's supporters link the swamp and the dust to the former government, named pejoratively as "the red". At the same token, the pavement is associated with the blue – a trademark built by the present governor. Perpetuating that association (between the color red ant the past administration and the today's government and the color blue), the governor has found a magic formula: every day, during an inauguration, he materializes his deeds, showing to his followers the efficacy of the blue power against the red one.
In: Desidades: revista eletrônica de divulgação científica da infância e juventude, Heft 32
ISSN: 2318-9282
Este artigo traz reflexões de crianças que, junto com adultos, atuam em movimentos de luta por outro modo de viver e de morar em um território conhecido como Mercado Sul VIVE, em Taguatinga, no Distrito Federal, Brasil. A partir de um trabalho etnográfico acerca de suas brincadeiras, procura-se explorar as potencialidades de suas reflexões e de suas intervenções em um mundo no qual a propriedade privada não ameace a vida e suas potencialidades. Intenta-se demonstrar a constituição lúdica de sua formação política e o poder transformador da brincadeira diante de violentas experiências de segregação espacial e punição estatal.
In: Revista Pós Ciências Sociais, Band 19, Heft 2, S. 375-398
ISSN: 2236-9473
Neste artigo tratamos da monumentalização de Argonautas, a partir da disseminada e reiterada leitura de sua Introdução em disciplinas formativas no Brasil. Mediante conceitos como incompletude e brincadeira, encontramos, nas entrelinhas da obra, reflexões de Malinowski pouco ressaltadas sobre o trabalho escravizado ou forçado em Trobriand. Essa releitura nos permite tecer aproximações analíticas entre o empreendimento do autor e o de Cristóvão Colombo, a fim de problematizar a noção de Humanismo. Ao analisar passagens recônditas da obra, exploramos a centralidade da plantation nas ilhas Trobriand, com o fim de sugerir que o futuro de Argonautas reside na possibilidade de sua apropriação para além da exegese deste fragmento, a célebre Introdução, de fato pouco expressivo da obra.
In: Dados: revista de ciências sociais ; publication of the IUPRJ, Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, Band 67, Heft 3
ISSN: 1678-4588
Resumo Este artigo faz uma radiografia do sistema de pós-graduação das universidades federais no que diz respeito à adoção de políticas de ação afirmativa por meio de decisões de seus conselhos superiores. Para tanto, foram levantadas informações dos programas de pós-graduação brasileiros, a partir de dados da Plataforma Sucupira (quadriênio 2017-2020) e das resoluções dos conselhos superiores das 69 universidades federais do país. Do universo das universidades federais do país, 33 já adotam políticas de ação afirmativa. Apresentamos achados em relação ao público beneficiário, tipos de editais, tipo de validação da autodeclaração dos/as beneficiários/as, existência de políticas de permanência etc. Esta pesquisa, que dialoga com resultados de outras investigações, pode servir de parâmetro para universidades que estão estudando a adoção de tais políticas, além de ter a virtude de instar as instituições de ensino superior a monitorarem e expandirem suas políticas de ação afirmativa.
In: Sociedade e estado, Band 30, Heft 2, S. 347-369
ISSN: 1980-5462
ResumoNosso texto se debruça sobre os escritos etnológicos de Archie Mafeje. Este autor sul-africano que viveu boa parte de sua carreira acadêmica no exílio, formulou críticas contundentes às ciências sociais em geral e à antropologia em particular. Para ele, formações sociais que desafiam nossas abordagens taxonômicas e dualistas, continuam sendo encarceradas em escaninhos estreitos e claustrofóbicos, em abordagens voltadas para a classificação e a interpretação do Outro. Esta ideia de alteridade baseia-se em uma leitura teórica que segrega o sujeito do objeto de escrutínio, da análise social. Em trabalhos que apontam os equívocos de estudos antropológicos, históricos e de sociologia urbana no continente africano, Mafeje demonstra como as apostas epistemológicas das ciências sociais legitimaram ideias e ideais de sociedades imóveis, circunscritas a limites territoriais demarcados no período colonial. Em suma, temos confinados o Outro, ao mesmo tempo em que temos nos satisfeito com modelos analíticos que perversamente permitiram o avanço da expropriação de terras e seus efeitos: xenofobia, êxodo, intolerância e racismo. A saída para Mafeje estaria no estabelecimento de uma interlocução autêntica, fundada não numa divisão entre o Eu e o Outro, mas no que ele chama de ontologia combativa. Segundo o autor, ao fazer etnografia, estaríamos recompondo o mundo para além dos dualismos e das cisões. Com tal proposta, Mafeje defende um projeto pós-antropológico de produção de conhecimento.
In: Geographies of Justice and Social Transformation Ser v.39
Cover -- Half Title -- Title -- Copyright -- Dedication -- CONTENTS -- Foreword Frances Fox Piven -- Acknowledgments -- INTRODUCTION (Un)Thinkable Poverty Politics Sarah Elwood and Victoria Lawson -- CHAPTER 1 Safety Net Politics: Economic Survival among Impoverished Grandmother Caregivers -- CHAPTER 2 Diff erential Inclusion through Social Assistance: Migration, Precarity, and Diversity in Singapore -- CHAPTER 3 Illegality, Poverty, and Higher Education: A Relational Perspective on Undocumented Students and Educational Access -- CHAPTER 4 Staying Alive: AIDS Activism as U.S. Relational Poverty Politics -- CHAPTER 5 India's Land Impasse: Infrastructure, Rent, and Resistance -- CHAPTER 6 Abject Economies, Illiberal Embodiment, and the Politics of Waste -- CHAPTER 7 Crushing Red Shirts and Restoring Amart Privilege: Relations between Violence, Inequality, and Poverty in Thailand -- CHAPTER 8 Thinking from June 2013 in the Brazilian Metropolis: New Urban Political Assemblages, Old State-Society Relations -- CHAPTER 9 "Check Your Privilege": The Micropolitics of Cross-Status Alliances in the DREAM Movement -- CHAPTER 10 Ethnographic Alliance: Hope and Knowledge Building through a South African Story -- CHAPTER 11 Theater, Hunger, Politics: Beginning a Conversation -- CONCLUSION Politicizing Poverty -- Contributors -- Index -- A -- B -- C -- D -- E -- F -- G -- H -- I -- J -- K -- L -- M -- N -- O -- P -- Q -- R -- S -- T -- U -- V -- W -- Y -- Z