É inegável a escassez de propostas de intervenções e de elaboração de materiais instrucionais nacionais, relativos às estratégias de aprendizagem, em todos os segmentos da escolarização formal. O objetivo deste artigo é descrever e analisar alguns estudos nacionais, realizados e em andamento, tendo como referencial teórico a Psicologia Cognitiva baseada na Teoria do Processamento da Informação. Espera-se contribuir para discussão e produção de conhecimentos nessa área.
A avaliação pode processar-se sob a égide de duas distintas lógicas: a da classificação ou a da formação. A prevalência da primeira parece condenar os estudantes a desempenhos sofridos e sofríveis, conforme se constata nos resultados revelados por provas nacionais e internacionais. Afinal, apesar do discurso a propalar um exercício formativo, o que se nota, ainda, em termos de avaliação é a preocupação em separar o joio do trigo. A inquietação quanto às decorrências da avaliação classificatória, principalmente no que tange á motivação para a aprendizagem, orientou a delimitação do objetivo do presente estudo: mapear e analisar as implicações das concepções de avaliação vivenciadas ao longo de um curso de Licenciatura em Pedagogia relativamente à motivação da aprendizagem. A pesquisa quanti-qualitativa valeu-se de metodologia também hibrida, o estudo de caso. Os procedimentos de coleta utilizados foram: questionário e entrevista. Os dados foram analisados à luz da análise de conteúdo clássica. Os resultados parecem apontar relação entre avaliação classificatória, motivação extrínseca e abordagem superficial à aprendizagem, bem como entre avaliação formativa, motivação intrínseca e abordagem profunda à aprendizagem.