Tempos de trabalho, tempos de não trabalho: disputas em torno da jornada do trabalhador
In: Coleção Trabalho e contemporaneidade
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In: Coleção Trabalho e contemporaneidade
In: Sociedade e estado, Band 28, Heft 2, S. 351-374
ISSN: 1980-5462
O artigo aborda as transformações sofridas pelo tempo de trabalho nas últimas décadas, considerando suas três dimensões: duração, flexibilidade e intensidade. As duas primeiras, concretas e mensuráveis e, portanto, mais visíveis para a sociedade, são frequentemente discutidas, negociadas e legisladas. Menos evidente, por outro lado, é a dimensão da intensidade, foco deste estudo. Num contexto em que os diversos aparatos organizacionais e de gestão têm como objetivo e consequência a intensificação do tempo de trabalho, trazer essa questão para o centro do debate é de fundamental importância para a compreensão do trabalho. Para isso, o estudo se apoia em análise bibliográfica articulada aos resultados da Enquete Europeia sobre Condições de Trabalho e tem, como ponto de partida, a reflexão sobre questões como: o que significa intensidade? Como ela se manifesta? Quais são suas causas e determinações? Quais são suas consequências? Por que está praticamente ausente do debate?
Este artigo visa contribuir para as reflexões sobre a construção de uma pesquisa nacional, no Brasil, que aborde a relação entre trabalho e saúde dos trabalhadores. Uma pesquisa que produza conhecimentos para subsidiar as ações dos atores sociais nos seus diferentes espaços, como o da negociação coletiva e da construção de políticas públicas, e sobre os determinantes do processo saúde-doença, dado que, se a sociedade tiver como objetivo resolver o problema do sofrimento, do adoecimento e dos acidentes vinculados ao trabalho, não será possível manter o foco apenas nas consequências desses eventos, sendo necessário também atuar sobre suas causas. Para realizar tal reflexão, será utilizado a European Working Conditions Survey (EWCS), aplicada nos países da União Europeia (UE) desde 1990, que traz informações sobre como as diferentes dimensões do trabalho vêm impactando a saúde dos trabalhadores, servindo como importante referência para a elaboração de políticas públicas objetivando melhoria das condições de vida e trabalho dos trabalhadores europeus. ; This article is a contribution to the ongoing discussion concerning the desirability of a national enquiry in Brazil that would study the relationship between work and worker's health. This enquiry would supply data to bolster social partner's actions in their diverse environments, such as collective bargaining and public policies. Better understanding the determinant factors in the health-sickness process provides essential knowledge for curbing ever increasing work-related suffering, sickness and accidents. One should not only focus on the consequences, but also on the causes of these problems. We based our approach on the European Working Conditions Survey (EWCS), which has been implemented in all EU countries since 1990. This survey allows a better understanding of how varying work aspects can impact worker's health and has become essential reference when developing public policies seeking to improve living conditions for European workers.
BASE
In: Novos cadernos NAEA: NCN, Band 12, Heft 1
ISSN: 2179-7536
In: Novos cadernos NAEA: NCN, Band 9, Heft 1
ISSN: 2179-7536
In: Caderno CRH: revista quadrimestral de ciências sociais, Band 35, S. e022021
ISSN: 1983-8239
Na contramão das teses da sociedade pós-industrial, o artigo desenvolve o argumento de que as plataformas digitais sintetizam contemporaneamente a radicalização e o espraiamento da lógica produtiva industrial. Ao analisar o capitalismo de plataforma e os mecanismos de externalização da produção, considera que as plataformas são apenas a ponta do iceberg e a comprovação empírica do desenvolvimento da lógica industrial, da produção demercadorias (produto ou serviço, material e/ou imaterial, tangível ou intangível). Trata-se, assim, de um capitalismo industrial de plataforma. Com esse processo em curso, observa-se a tendência de espraiamento da plataformização do trabalho e suas formas de exploração de trabalho, de relações de trabalho destituídas de direitos que, por sua vez, encontram resistência nas lutas dos trabalhadores e trabalhadoras que desnudam a faceta perversado trabalho plataformizado.
In: Revista Contexto & Educação, Band 37, Heft 118, S. e12764
ISSN: 2179-1309
A sociedade tem se modificado vertiginosamente a partir das novas práticas vinculadas ao mundo digital, incluindo a esfera da educação e especialmente a juventude. Nesse contexto de mudanças, a necessidade de produzir e atualizar conhecimentos sobre as identidades e culturas juvenis mostra-se premente. Assim, este artigo, fruto de uma pesquisa quantitativa com 806 questionários aplicados a estudantes em escolas públicas do Ensino Médio da cidade mineira de Uberlândia, apresenta alguns usos sociodigitais desses jovens, permeados por aspectos bioculturais, sociais e econômicos, como idade, sexo, etnia, religião, região, trabalho e renda familiar. Entre seus resultados, destaca-se o fato de não haver um perfil unívoco de jovem uberlandense da escola pública de Ensino Médio, mas antes distintos perfis que dependem de múltiplos fatores socioeconômicos que, por sua vez, influenciam e são influenciados pela própria cultura digital desses jovens. A pesquisa evidenciou ser possível compreender, simultaneamente, uma juventude global, conectada ao mundo remoto, e local, a partir dos usos digitais de jovens brasileiros, mineiros e uberlandenses que frequentam escolas públicas, cuja cultura digital é profundamente marcada pela intersecção das dimensões econômica, espacial, religiosa e étnica.
In: Novos cadernos NAEA: NCN, Band 10, Heft 1
ISSN: 2179-7536