Suchergebnisse
Filter
4 Ergebnisse
Sortierung:
Cultura e pobreza a partir de Oscar Lewis: notas para uma antropologia urbana dos pobres no Brasil
In: Século XXI: Revista de Ciências Sociais, Band 7, Heft 2, S. 11
ISSN: 2236-6725
O artigo argumenta que uma apropriação crítica da obra de Oscar Lewis e suas sugestões de estudar a pobreza desde uma perspectiva cultural pode ser útil para uma antropologia urbana preocupada com a pobreza no Brasil atual. Apresenta as perspec- tivas éticas, políticas e metodológicas mais gerais desse autor para em seguida analisar o conceito de "cultura da pobreza", suas inconsistências, apropriações e possibilidades. Numa sociedade marcada pela desigualdade social e pela pobreza, as investigações acerca das práticas e valores que perpetuam tal situação deve, necessariamente, colocar num plano importante as culturas que atuam na direção da naturalização de tal situação. Tal perspectiva precisa ser relacional e analisar a pobreza como construção social e não apenas econômica.
Apresentação: Antropologia das instituições e das práticas de poder: etnografia, política e bases sociais do conhecimento
In: Antropolítica - Revista Contemporânea de Antropologia
ISSN: 2179-7331
Embora a antropologia possua uma longa tradição de estudos das formas de organização social, foi apenas a partir dos anos 1920 e do início dos anos 1930 que uma antropologia das instituições começou a tomar forma. Com a intensificação da globalização e a expansão do capitalismo industrial e pós-industrial, a partir das últimas duas décadas do século XX a antropologia voltou-se cada vez mais para o entendimento das sociedades complexas e de suas instituições. Os problemas tradicionais derivados da inserção da/o antropóloga/o no seu ambiente de estudo e análise tornam-se mais agudos quando nos voltamos para as instituições, uma vez que elas, numa definição operacional inicial: têm o objetivo do aumento da produtividade (de mercado e/ou política); têm regras formais internas, estruturadas a partir de uma hierarquia funcional; separam as relações organizacionais das demais; e disciplinam os "de dentro", erigindo barreiras ao acesso dos "de fora".O dossiê focaliza algumas das principais questões – empíricas e teóricas – com que antropólogos e antropólogas se defrontam quando procuram construir uma antropologia das instituições e das práticas de poder, sem, para isso, excluir as contribuições de autores de áreas conexas interessados no tema e todo o arcabouço teórico-metodológico que a antropologia nos legou. Três dimensões principais foram exploradas, com maior ou menor intensidade, nos seis artigos aqui reunidos: 1) as questões relacionadas à etnografia nos variados contextos institucionais, suas potencialidades e limites; 2) os processos de institucionalização e as bases compartilhadas de conhecimento e 3) as práticas governamentais, o processo sócio-histórico e cotidiano de construção das 'políticas públicas', a dimensão documental dos itinerários burocráticos experimentada pelos interlocutores.