Aos nossos inimigos. Reflexões sobre o público ; A nuestros enemigos. Reflexiones sobre el público ; To our enemies. Reflections on audience
Este trabalho tem o objetivo de estudar a construção do público, entendido como os interlocutores em ação, a partir de duas histórias diferentes. A primeira consiste em uma conversação improvisada da dupla de performers Los Torreznos, em La caverna (2012), que tinha o público como seu objeto de observação; e a outra é extraída da análise que o Comité Invisible fez sobre o movimento de ocupação das praças, ocorrido em diferentes cidades do mundo desde 2008. O objetivo é confrontar duas abordagens diferentes do público – cênica e estética, por um lado, e social e política, por outro – e traçar um caminho de ida e volta entre a cena e a rua, considerando ambos os espaços como dispositivos de ação e de representação procurando operar de outras maneiras ante a ordem política e econômica, reforçada desde a década de 1990. ; El objetivo de este artículo es estudiar la construcción del público, entendido como los interlocutores de una acción, a partir de dos relatos distintos. Uno está formado por la conversación improvisada del dúo de performers Los Torreznos en su obra La caverna (2012), que tenía al público como objeto de su mirada; y el otro está extraído del análisis de Comité Invisible del movimiento de ocupación de las plazas desarrollado en distintas ciudades del mundo desde el 2008. La finalidad es confrontar dos acercamientos distintos al público —Escénico y estético, por un lado, y social y político, por otro—, y trazar un camino de ida y vuelta entre la escena y la calle, considerando ambos espacios como dispositivos de actuación y representación que están buscando otras formas de operar frente al orden económico y político consolidado desde los años noventa. ; The aim of this article is to study the constitution of the audience, understood as an interlocutor in action, based on two different stories. The first one is an improvised dialogue by the artistic duet Los Torreznos, in La caverna (2012), in which the audience was their object of observation; the other one is extracted from the analysis made by the Comité Invisible about the occupation movement in squares all over the world since 2008. The objective is to confront two different approaches of audience – scenic and esthetic, on one hand, and social and political, on the other – and trace an inward and outward journey between scene and street, considering both spaces as mechanisms of action and representation, operating differently before the political and economic order, reinforced since 1990.