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À primeira vista pode parecer pouco compreensível que duas ordens jurídicas, resultantes da convenção Europeia dos direitos do homem (CEDH) e da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), que foram criadas quase simultaneamente e no mesmo contexto regional, a Europa, tenham prescindido, quando da sua implementação, da previsão de um qualquer mecanismo de coordenação entre ambas. É fácil de ver, no entanto, que a criação de um mercado comum do carvão e do aço parecia não interferir, em razão da matéria, com direitos fundamentais. Por outro lado, os Estados vinculados por cada um dos tratados não coincidiam totalmente.

Podemos encarar a política comercial portuguesa de 1948 a 1986 como tendo sido, institucionalmente, a face visível de um longo processo de internacionalização da nossa economia (neste sentido, SILVA, 1989: 87). Mesmo que tal processo de internacionalização se tenha, por fim, revelado funcionalmente como processo de transição para a entrada nas Comunidades Europeias (CEE) (MACEDO e outros, 1988: 29).

The relationship between crisis and citizenship is complex and ambiguous. Objectively, a crisis, as deep as the one we experienced recently almost inevitably implies a compression of citizenship rights, even of those that we considered unassailable. This is done by reducing some of the institutional responses usually provided by the State, thereby aggravating unemployment and insolvency. It is true that the idea of citizenship was summoned from positions of power, namely with the call for collective commitment in overcoming the crisis. However, it was a mobilization requirement that cannot be dissociated from the attribution of responsibilities, which are also collective, as was the generic and abusive claim that people had lived above possibilities. ; info:eu-repo/semantics/publishedVersion