Queer caboclo como possibilidade anticolonial: Algumas reflexões à guisa de provocação
In: Contemporânea: Revista de Sociologia da UFSCar, Band 10, Heft 1, S. 35-56
ISSN: 2236-532X, 2316-1329
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In: Contemporânea: Revista de Sociologia da UFSCar, Band 10, Heft 1, S. 35-56
ISSN: 2236-532X, 2316-1329
In: Revista interritórios, Band 5, Heft 8, S. 193
ISSN: 2525-7668
Este texto busca apresentar algumas considerações sobre resistência epistêmica, a partir da minha experiência de pesquisa sobre queer indígena. Mais do que "sexualidade", o tema diz respeito a uma ampliação necessária dos limites impostos pela colonização do olhar dentro da academia, sendo este texto um manifesto no sentido de chamar a atenção para a necessidade de novos horizontes epistemopolíticos, como contraponto a lugares de enunciação estáveis e centrados. Colonialismo. Queer indígena. Epistemologia. Saber. Periphery as locus of resistance: Epistemic anticolonialism as utopian horizons ABSTRACTThis text seeks to present some considerations about epistemic resistance, based on my research experience on indigenous queer. More than "sexuality", the theme is about a necessary extension of the limits imposed by the colonization of the look within the academy, and this text is a manifesto in order to draw attention to the need for new epistemopolitical horizons as a counterpoint to places of stable and focused. Colonialism. Indigenous Queer. Epistemology. Knowledge.
In: The American journal of sociology, Band 124, Heft 3, S. 993-995
ISSN: 1537-5390
In: Interethnic_372: revista de estudos em relações interétnicas, Band 21, Heft 1, S. 5-17
ISSN: 2318-9401
Este texto, baseado em uma conferência sobre "Diversidade Sexual e de Gênero Fora dos Eixos" busca problematizar alguns aspectos epistemológicos e políticos de se trabalhar com a temática "homossexualidade indígena". Propõe-se aqui, ainda que de forma experimental, um olhar a partir do qual seja possível uma crítica ampliada não apenas a questão da sexualidade e do gênero, mas a questões políticas e discursivas, desde e para as "fronteiras" dos eixos temáticos e abordagens hegemônicos.
In: Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, Band 11, Heft 1, S. 23
ISSN: 1984-1639
ResumoBuscando recuperar o aspecto de crítica colonial do movimento two-spirit norte-americano, este artigo pretende ampliar o campo de possibilidades nos estudos das sexualidades indígenas, propondo um passo além para os estudos de gênero (bem como dos estudos coloniais). Neste sentido, situaremos o surgimento das organizações two-spirit nos Estados Unidos, desde sua gênese, de modo a mais bem compreender suas contribuições epistemológicas. A partir dessas potencialidades, buscaremos problematizar questões e desafios para o estudo das sexualidades indígenas queer no Brasil.Palavras-Chave: Sexualidades indígenas, Two-Spirit, Teoria Queer, Colonialismo When to exist is to resist: Two-spirit as colonial critiqueAbstractBy analyzing the two-spirit movement from its contributions to colonial critics, this article aims to expand the field of possibilities on the studies of indigenous sexualities, suggesting a step further to gender studies (as well as colonial studies). In this sense, one will place the emergence of two-spirit organizations in the United States, from its genesis in order to better understand its epistemological contributions. From these potentials, one seek to discuss issues and challenges for the studies of queer sexualities indigenous in Brazil.Keywords: Native Sexualities, Two-Spirit, Queer Theory, Colonialism Cuando existir es resistir: Dos espíritus como crítica colonialResumenAl analizar el movimiento de los dos espíritus desde sus aportes a las críticas coloniales, este artículo pretende ampliar el campo de posibilidades sobre los estudios de las sexualidades indígenas, sugiriendo un paso más allá de los estudios de género. En este sentido, se pondrá en el surgimiento de las organizaciones de dos espíritus en los Estados Unidos, desde su génesis para comprender mejor sus contribuciones epistemológicas.Palabras clave: Sexualidades nativas, Dos Espíritus, Teoría Queer, Colonialismo
In: Aceno: revista de antropologia do Centro-Oeste, Band 3, Heft 5
ISSN: 2358-5587
Resumo: Este artigo busca sistematizar as referências sobre homossexualidade indígena na literatura clássica da etnologia brasileira, bem como apresentar textos recentes produzidos por antropólogos sobre a questão. O objetivo, mais do que apresentar um conjunto de textos e autores, é indicar a existência de um campo de estudos já consolidado (ainda que não necessariamente articulado internamente), por meio de pesquisas realizadas nos últimos anos, apontando também os desafios e perspectivas de se tomar "homossexualidade indígena" enquanto tema de investigação.
In: Caderno CRH: revista quadrimestral de ciências sociais, Band 29, Heft 77, S. 403-407
ISSN: 1983-8239
In: Dados, Band 58, Heft 1, S. 257-294
ISSN: 0011-5258
A partir da comparação entre Brasil e América do Norte (principalmente Estados Unidos, mas também, em menor medida, Canadá) este artigo busca compreender a formação e a mobilização do ativismo homossexual indígena nesses dois contextos. O presente trabalho baseou-se em levantamento bibliográfico, entrevistas e trabalho de campo desenvolvido entre junho de 2012 e agosto de 2014. Ao longo do texto será apresentado o percurso recente que levou os Estados Unidos à consolidação do movimento two-spirit, em contraposição à invisibilidade do tema no Brasil. Conclui-se isso se deveu a um conjunto de fatores que fizeram com que os movimentos homossexuais indígenas nos Estados Unidos criassem uma identidade pan-indígena na qual a homossexualidade figura como discurso tradicionalista, religioso e anticolonial, enquanto no Brasil ocorreu o oposto, já que a homossexualidade indígena é vista como "perda" cultural.
In: Tellus, S. 97-110
O presente trabalho busca apresentar ao leitor uma reflexão antropológica sobre práticas educacionais em contextos culturalmente diferenciadas, perante os processos indígenas de pensamento e classificação. Nosso intuito é apresentar e analisar, a partir das próprias categorias de entendimento indígenas (no caso, a partir de um estudo de casoentre os índios Xavante, MT), como a cosmogonia indígena dá conta de processos referentes a alteridade e aprendizagem, a partir de seus conceitos de corporalidade, saúde, doença e "contato". Conclui-se que os sistemas de pensamento indígenas são sistemas estruturalmente em aberto, dando conta de processos que, ao nosso olhar, seriam contraditórios.
In: Tabula rasa: revista de humanidades, Heft 20, S. 135-157
ISSN: 2011-2742
In: Campos: revista de antropologia social, Band 13, Heft 1
ISSN: 1519-5538
A partir de um estudo de caso de uma situação de conflito ocorrida no ano 2000 na aldeia xavante de São Marcos (Terra Indígena São Marcos, Mato Grosso), envolvendo diferentes facções, missionários salesianos e Funai, este artigo busca revisitar o tema do faccionalismo entre Xavante em sua relação com uma equipe da Funai, recém-chegada à área. Os dados etnográficos, após apresentados e analisados à luz da literatura disponível sobre os Xavante, são comparados com o de outros povos Jê, indicando que outras perspectivas de análise são possíveis, ainda que se trate de uma temática clássica da etnologia brasileira.
In: Caderno CRH: revista quadrimestral de ciências sociais, Band 29, Heft 77, S. 403-407
ISSN: 1983-8239
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-49792016000200015
Foreword -- Acknowledgements -- Contents -- Chapter 1: Why It's Important to Look at Gay Natives' History -- References -- Chapter 2: "Between the Cross and the Crown": Missionaries and Indigenous Sexuality -- 2.1 Colonization and Missionary Vision: Historical Background -- 2.2 Sodomy in Colonial Brazil: Vice vs. Nature -- 2.3 Sexuality and Savagery: Cannibalism and Lust as Seen by Chroniclers -- 2.4 We Show Them the Disciplines that Tamed the Flesh -- 2.5 Concluding Considerations -- References -- Chapter 3: Becoming "Useful Citizens:" The Control Over Natives and Their Sexualities -- 3.1 "Ceasing to Be Ignorant May Be Useful to Themselves, the Dwellers and the State" -- 3.2 While His Majesty Does Not Order the Opposite (1757) -- 3.3 Regulations on the Missions of Evangelization and Civilization of the Indians (1845) -- 3.4 Making the Indian an Improved Indian -- References -- Chapter 4: Race, Sex, and Civilization: The Colonization of Indigenous Sexualities -- 4.1 Intersecting Parallels: Race, Sex, and Civilization -- 4.2 Points of Contact -- References -- Chapter 5: To Exist Is to Resist -- References -- Index
This book unveils an ignored aspect of the Brazilian history: how the colonization of the country shaped the sexuality of its indigenous population. Based on textual research, the authors show how the government and religious institutions gradually imposed the family model considered as "normal" to Brazilian indigenous gays through forced labor, punishment, marriages with non-indigenous and other methods. However, such disciplinary practices didn't prevent the resistance of the natives whose sexuality operates out of the hegemonic model, and the book also analyzes the impact of these forms of dissent on the development of indigenous movements, interethnic relations and indigenous policies in Brazil. Building upon Post-Colonial and Queer theories, the authors present a historical overview of the ideas and practices employed by the religious and governmental authorities to repress homosexuality among indigenous peoples since the beginning of the colonization process, on the 16th century. They also show how this process of colonization of indigenous sexualities goes beyond the formal colonization period, which ended with the Brazilian Independence in 1822, and is part of a wider process of compulsory heterosexualization and heteronormativity of native peoples, based on scientific, theological, social and cultural assumptions that inspired religious, civilizing, academic and political practices throughout Brazilian history.
In: Monções: revista de relações internacionais da UFGD, Band 9, Heft 18, S. 102-123
ISSN: 2316-8323
Buscando responder à questão "a interseccionalidade é uma opção decolonial?" refletimos, de modo crítico, sobre a adequação dessas duas chaves interpretativas para a compreensão dos Direitos Humanos em povos das Américas. A teoria da interseccionalidade propõe uma análise dos entrecruzamentos dos marcadores sociais gênero/raça/classe. Por outro lado, decolonialidade apresenta um contexto histórico, político e social, a partir do qual compreende-se feixes hierárquicos como heranças coloniais. Essas chaves interpretativas trazem, em suas reflexões, formas de compreender a violação seletiva de direitos humanos e desconstruir os sistemas de hierarquização e poder. Buscamos aqui apontar suas limitações e potencialidades nesse sentido.