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Em um mundo globalizado, em que a desigualdade cresce de forma abissal, o desafio da superação emancipatória da pobreza é premente. No ciclo brasileiro de políticas progressistas, a chamada inclusão social e produtiva teve como ação principal o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) de qualificação profissional, desenvolvido em território nacional. Este artigo teve como objetivo analisar a implementação do PRONATEC no nível regional e refletir sobre o seu legado para a política de Assistência Social e na vida dos egressos beneficiários do Programa Bolsa Família. A metodologia consistiu de estudo de caso no Instituto Federal do Rio Grande do Sul/Campus Sertão, no Sul do Brasil, valendo-se também de dados secundários do município de Canoas e de entrevistas com gestores do governo federal. Os resultados demonstraram dificuldades de compreensão e de exercício da Assistência Social como mediadora das políticas, mas a importância e necessidade desta atuação. A implementação do PRONATEC apresentou avanços na articulação com instituições locais e chegou até o público, mas também revelou limites advindos de problemas estruturais da política pública brasileira, como descontinuidade e fragmentação. Os efeitos insuficientes do ponto de vista econômico foram reflexos também da desarticulação entre política social e medidas estruturantes para a geração de oportunidades dignas, sem as quais pretensões emancipatórias de superação da pobreza não se efetivam.

Este artigo analisa a possibilidade de uma política pública na área do planejamento urbano promover a superação da pobreza na medida em que incorpore estratégias ligadas ao desenvolvimento local e às metodologias participativas. A pesquisa empírica foi realizada no Programa Integrado de Recuperação de Áreas Degradadas (Pirad), desenvolvido pela Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) no estado do Rio Grande do Sul, através de análise documental, observação participante, entrevistas semiestruturadas com técnicos e beneficiários, e estudo de caso numa das comunidades envolvidas. A articulação entre política pública, desenvolvimento local e metodologias participativas gerou impactos voltados para a superação emancipatória e sustentável da pobreza através do fortalecimento da participação da população como cogestora do Programa, da ativação de recursos locais e da articulação de ações setoriais no território.

A dialogue between Mariátegui's thought and the solidarity economy, identifying convergences and lessons, finds that the solidarity economy encounters Mariáteguist thought in its critique of positivist modernity and dogmatic Marxism and its proposal of an emancipating and decolonizing praxis as a heroic creation. The solidarity economy provides the foundations for the material and spiritual reproduction of community and nature through the political work forged in everyday associative and self-managed labor. Un diálogo entre el pensamiento de Mariátegui y la economía solidaria, identificando convergencias y lecciones, nos muestra que la economía solidaria va al encuentro del pensamiento mariateguista en su crítica de la modernidad positivista y el marxismo dogmático, así como su propuesta de una praxis emancipadora y descolonizadora como creación heroica. La economía solidaria sienta las bases para la reproducción material y espiritual de la comunidad y la naturaleza a través del trabajo político forjado en la labor cotidiana asociativa y autogestionada.

O artigo apresenta um entendimento dos empreendimentos econômicos solidários a partir da realidade multiforme da economia solidária no Brasil. Trata-se de um conjunto variado de iniciativas ainda em busca de identidade institucional e de um arcabouço jurídico condizente, que não cabem no cooperativismo tradicional nem no chamado terceiro setor. Valendo-se de um conjunto de estudos já conduzidos, tanto em termos de conceituação e formulação tipológica como de desenho etnográfico, o texto reflete sobre a configuração plural dos empreendimentos solidários, analisando diferentes atores sociais em foco, urbanos, rurais e tradicionais, procurando demonstrar a diversidade cultural e simbólica ali existente, bem como suas múltiplas origens e desafios atuais, a exemplo da busca de um marco legal específico para o campo.