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O Caminho de Cora Coralina foi inaugurado em abril de 2018 como uma rota turística para pedestres e ciclistas, que passa por 8 cidades, predominantemente históricas e 8 povoados, em um trajeto de 300 km entre Corumbá de Goiás e a cidade de Goiás, na região central do Brasil. Trata-se de uma rota turística recente, que homenageia a poetisa e contista goiana Cora Coralina. A busca de material sobre esse caminho e em incursões pontuais a alguns de seus povoados, notou-se o papel da mulher enquanto anfitriã e empreendedora no acolhimento aos viajantes. Diante disso, desenvolveu-se uma pesquisa exploratória e qualitativa com base no método etnográfico, tendo como objetivo investigar a hospitalidade exercida pelas mulheres anfitriãs de empreendimentos de hospedagem nos povoados de Caxambu, Radiolândia e Palestina. O trabalho de campo aconteceu em julho de 2021, com a coleta de dados mediante observação participante, e entrevista semiaberta com três anfitriãs. Os resultados obtidos revelaram que houve adequação de um espaço doméstico na casa da anfitriã em uma fazenda em Caxambu; construção de um espaço privado na forma de uma pousada em Radiolândia com recursos de financiamento por meio de uma linha de crédito da Goiás Turismo; e a transformação de um espaço público cedido para a adequação de um "hostel" em Palestina. Notou-se que cada anfitriã ofertou práticas diferenciadas de hospitalidade, reconfigurando o cotidiano dessas localidades e as relações com seus hóspedes. As anfitriãs comungam com práticas da recepção ao viajante, do acolhimento, da circularidade da dádiva, da solidariedade, preconizando o respeito, a tolerância, a convivência e o bem-estar do hóspede ciclista ou caminhante. As narrativas dessas mulheres trazem uma fala individual, particular, singular, uma experiência de cada uma delas, com traços culturais da região

14 pages, 7 figures, 2 tables.-- Open access ; 1. Understanding the responses of aquatic animals to temperature variability is essential to predict impacts of future climate change and to inform conservation and management. Most ectotherms such as fish are expected to adjust their behaviour to avoid extreme temperatures and minimize acute changes in body temperature. In coastal Skagerrak, Norway, sea surface temperature (SST) ranges seasonally from 0 to over 20°C, representing a challenge to the fish community which includes cold-, cool- and warm-water affinity species. 2. By acoustically tracking 111 individuals of Atlantic cod Gadus morhua, pollack Pollachius pollachius and ballan wrasse Labrus bergylta in 2 015–2018, we examined how coexisting species within a fish community adjusted their behaviour (i.e. vertical distribution in the water column and habitat selection) to cope with the thermal variation. 3. Mixed-effect models showed that thermal preference was a main driver of behaviour and habitat use of the fish community in a southern Norwegian fjord. Cod used colder waters, compared with pollack and ballan wrasse. Increases in SST during summer were associated with the use of deeper, colder waters by cod, especially by larger individuals, and conversely with the occupancy of shallower areas by pollack and ballan wrasse. During winter, when SST dropped and the thermal stratification reversed, pollack and ballan wrasse moved to deeper, relatively warmer areas, while cod selected shallower, colder habitats. Although habitat selection was affected by temperature, species-specific habitat selection was observed even when temperature was similar throughout habitats. 4. This study shows how cohabiting fish species respond to thermal heterogeneity, suggesting that (a) temperature regulates the access to the different depths and habitats and (b) behavioural plasticity may be an important factor for coping with temperature variability and potentially for adaptation to climate change. ; This study received funding from the Marine Science programme within the Research Council of Norway, grant no. 294926 (CODSIZE), RFF Oslofjordfondet grant no. 272090 and from the European Union's Horizon 2020 research and innovation programme under the Marie Sklodowska-Curie grant agreement No. 793627 (BEMAR) ; Peer reviewed

O advento de uma inesperada pandemia desencadeou uma severa crise econômica e sanitária, expondo a falta de preparo global para enfrentar tal desafio. Em resposta ao surto de COVID-19, o Estado adotou medidas como o fechamento de escolas e a implementação de um Ensino Remoto Emergencial (ERE). Nesse contexto, a conectividade tornou-se imperativa, especialmente no âmbito educacional. Este artigo propõe uma discussão sobre as Políticas de Ensino Remoto Emergencial (ERE) em Goiás, com foco na investigação da conectividade da comunidade escolar e o acesso à educação neste período. A base teórica para esta pesquisa inclui contribuições de autores como Rodrigues (2021), Sacavino e Candau (2020), bem como estudos sobre políticas públicas. Este estudo justifica-se pela necessidade de compreender a criação das políticas públicas de ERE durante a pandemia e promover um diálogo essencial sobre dois aspectos relevantes nesta discussão: a conectividade e o direito de acesso à educação.

Nos primeiros quinze anos do século XXI, mormente após o ano de 2003, o Brasil mostrou-se com importantes políticas transversais, desde politicas governamentais de cunho nacional, até polítcas locais. Neste sentido, o presente trabalho intenta apresentar as principais políticas públicas desenvolvidas no início deste século, com o objetivo principal de abordar as políticas educacionais voltadas para a oferta de ensino superior gratuito. Diante disso, destacamos a importância da criação da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), implantada em 2005 na cidade média de Mossoró – Rio Grande do Norte, que depois se expandiu exponencialmente para outras cidades de menores funções urbanas no estado. A princípio, foi realizado estudo teórico metodológico acerca do assunto, em seguida levantamento de dados secundários e oficiais da universidade estudada, em um terceiro momento, foi organizado e selecionado as informações pertinentes ao tema, juntamente com o tratamento e organização da pesquisa. Nesta esteira, ganhou relevância o programa de Reestruturação das Universidades Federais, o Reuni, que, além de criar Instituições de Ensino Superior (IES), contribuiu para a expansão de novos campi, cursos e estruturas nas diferentes esferas do país. A partir deste estudo podemos constatar que até o início deste século a oferta de ensino, sobretudo das IES federais, se manteve muito concentrada em áreas específicas do país, culminando em disparidades regionais e intrarregionais na distribuição de universidades e matrículas. No entanto, evidenciamos que depois dos anos 2000, mormente após 2005, as políticas educacionais brasileiras se apresentaram com preponderante presença em diferentes escalas.

O território do Semiárido foi, ao longo de sua trajetória, marcado pela perda de seu contingente populacional. Devido ao corriqueiro fenômeno das secas, acometidos pelo clima quente e seco, os povos buscavam refúgio em outras áreas do país, à procura de melhores condições de vida, trabalho e até mesmo no ensino superior nas capitais localizadas quase que exclusivamente no litoral. Diante disso, o objetivo deste artigo é apresentar novos desenhos no Semiárido brasileiro, por meio dos deslocamentos em seu território realizados por alunos matriculados em diferentes cursos de graduação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), nos campi de Patu, Açu e Caicó, cidades do interior do Rio Grande do Norte. Esta pesquisa é do tipo exploratória e qualitativa, onde foram analisados dados em instituições como a Articulação do Semiárido (ASA), que dispõe de informações sobre o recorte do Semiárido, e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para coleta de dados municipais e bases cartográficas para a construção de mapas de localização, feitos no software livre Qgis. Também foram coletados dados secundários, através da plataforma do Sistema Integrado de Informações ao Cidadão do Rio Grande do Norte (SIC-RN), sobre a origem dos alunos matriculados nos três campi. Constatou-se que, apesar dos cursos apresentarem matriculas de diferentes estados do país, a maior parte delas é originário do território do semiárido, caracterizando uma nova hinterlândia possibilitada por novas oportunidades de acesso ao ensino superior na região.
Palavras-chave: Semiárido. Ensino Superior. Deslocamentos Populacionais.
Abstract The semiarid territory was, throughout its trajectory, marked by the loss of its population contingent. Due to the common phenomenon of droughts, affected by the hot and dry climate, people sought refuge in other areas of the country, looking for better conditions of life, work and even higher education in capitals located almost exclusively on the coast. Therefore, the objective of this article is to present new designs in the Brazilian semiarid region, through the displacements in its territory carried out by students enrolled in different undergraduate courses at the University of the State of Rio Grande do Norte (UERN), on the campuses of Patu, Açu and Caicó, cities in the interior of Rio Grande do Norte. This research is exploratory and qualitative, where data were analyzed in institutions such as the Articulation of the Semi-Arid (ASA), which has information on the semi-arid region, and the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), to collection of municipal data and cartographic bases for the construction of location maps, made in the free software Qgis. Secondary data were also collected, through the platform of the Integrated Information System for the Citizen of Rio Grande do Norte (SIC-RN), on the origin of students enrolled in the three campuses. It was found that, although the courses have enrollments from different states of the country, most of them come from the semiarid territory, characterizing a new hinterland made possible by new opportunities for access to higher education in the region.
Keywords: Semiarid. University Education. Population Displacements.

11 pages, 6 figures, 1 table.-- Under a Creative Commons license ; The effectiveness of Marine Protected Areas (MPAs) depends on the mobility of the populations that are the target of protection, with sedentary species likely to spend more time under protection even within small MPAs. However, little is understood about how individual variation in mobility may influence the risk of crossing an MPA border, as well as the fitness costs associated with being exposed to spillover fisheries. Here we investigated the repeatability of spatial behaviour, its role in determining the probability of being at risk (i.e. exposed to the fishery) and the fitness consequences for the individuals. We acoustically tracked the movements and fate of 282 individuals of three fish species during 8 years in a southern Norwegian fjord. We found that for individuals with a home range centroid inside the MPA, the probability of being at risk outside the MPA increased rapidly with reduced distance from the home range centroid to MPA borders, particularly for individuals having larger and more dispersed home ranges. We also detected that the seasonal expansions of the home range are associated with increased time at risk. Last, we show that individuals spending more time at risk were also more likely to be harvested by the fishery operating outside the MPA. Our study provides clear links between individual fish behaviour, fisheries-induced selection, and the effectiveness of protected areas. These links highlight the importance of intraspecific trait variation for understanding the spatial dynamics of populations and emphasize the need to consider individual behaviour when designing and implementing MPAs ; This project has received funding from the European Union's Horizon 2020 research and innovation programme under the Marie Sklodowska-Curie grant agreement No 793627 (BEMAR), from the programme IF_ERC from the Spanish National Research Council (granted to DVR) and from the Marine Science programme within the Research Council of Norway, grant no. 294926 (CODSIZE). JC received funding from the BiodivERsA program (METRODIVER project) ; Peer reviewed

This article reviews a suite of studies conducted in a network of coastal Marine Protected Areas (MPAs) in Skagerrak, Southeast Norway. In 2006, Norway's first lobster reserves were implemented, with the aim of protecting European lobster (Homarus gammarus) through a ban on fixed gear. A before–after control-impact paired series (BACIPS) monitoring program was initiated to evaluate effects of protection on depleted lobster populations. Experimental trapping and capture-recapture techniques were combined to track demography of populations, also including movement of individuals within and beyond MPAs and adjacent control areas. Further, population genetics and parentage studies were applied, allowing for estimation of gene flow, and novel work on sexual selection in lobsters. Additional studies have evaluated MPA effects on coastal cod (Gadus morhua), and on commercially harvested labrids (Ctenolabrus rupestris and Symphodus melops) and anadromous brown trout (Salmo trutta). Together, these studies reported effects of protection pertaining to increased population density, survival, body size and phenotypic diversity, changes in emigration and interaction with surrounding fisheries, and alteration of selection pressure on morphological- and behavioral traits. Designation of MPAs in close collaboration with fishers and managers, long-term monitoring, inclusion of citizen science and evolving research protocols—also including fisheries data—have revealed novel effects of protection and harvesting on marine populations, thus providing substantial contributions to conservation science. Moreover, knowledge of MPA effects on coastal species has impacted harvest regulations showing the utility of MPAs as empirically documented management tools in Norway. ; Preparation of the manuscript was supported by the University of Agder through a priority research grant awarded to the Centre of Coastal Research (CCR). EO received funding from the Marine Science Program within the Research Council of Norway, grant no. 294926 (CODSIZE). DV-R received funding from the European Union's Horizon 2020 research and innovation programme under the Marie Sklodowska-Curie grant agreement No. 793627 (BEMAR) and from the programme IF_ERC from the Spanish National Research Council. ; Peer reviewed