O foco do artigo é a investigação da relação entre religião e ciência, tomando como horizonte de partida a concepção moral e religiosa do filósofo Henri Bergson. Inicialmente localiza-se o campo histórico da investigação por meio de traços da vida e das principais obras desse autor, considerando essa localização como importante para informar sobre os limites históricos de toda concepção de mundo e de valor. Em seguida, apresenta-se o plano geral da concepção moral e religiosa em Bergson e, a partir dessa concepção de fundo, procura-se compreender e descrever o plano criador de sua concepção de religião na evolução histórica da espécie humana. Tomando o vasto acervo bergsoniano como pano de fundo para uma compreensão da moral, da religião e da ciência hoje, destaca-se a relação entre as formas estáticas e as formas dinâmicas, fechadas e abertas, dessas realizações do ser humano. Interpela-se a Mecânica e a Mística na sociedade do conhecimento e da informação em suas diferenças e repetições, em suas novas, surpreendentes e contraditórias expressões sociais mecânicas e místicas, pois a mecânica da sociedade do conhecimento e da informação global enseja também novas místicas e novas formas de comoção coletiva e engajamento social.
The multiple views that fly over possible approaches to the triggering theme of this edition, "De / Colonization, Ibero-America and the awakening of the periphery", reveal the complexity of our ways of being as participants in human history in the Ibero-American diaspora. With the intention of purifying the focus of this provocation, including by Latin Americans the community of the heirs of the colonizing expansion of the Portuguese and the Spanish in the Americas and in the world. Meanwhile, what are we really talking about? What does it mean to be Ibero-American? On what basis is the Ibero-American identity based? I think it best to start speaking from the proper place and the way in which colonization is rooted and in what ways de-colonization is carried out in the peripheries. In order not to fall into generalities regarding the approach to the subject, it is necessary to select and choose proper and appropriate anthropo-social phenomena, seeking to understand how de / colonization is carried out in peripheral territories in relation to a certain central colonizing power. So what are the political alternatives of peripheral groups in relation to de / colonization? We are facing a tension of great power because he talks about the political-economic situation of human beings who are marginalized from the successful society of Integrated World Capitalism (WCC), in the words of Félix Guattari. This also means trying to understand what colonialism is spoken of in the process of de / colonization - deconstruction of the colony state on the material and ideological / spiritual plane - in peripheral territories. ; La múltiples miradas que sobrevuelan posibles abordajes del tema disparador de la presente edición, "Des/Colonización, Iberoamérica y el despertar de la periferia", revelan la complejidad de nuestros modos de ser como participantes de la historia humana en la diáspora iberoamericana. Con la intención de depurar el foco de esta provocación, comprendiendo por iberoamericanos a la comunidad de los hablantes herederos de la expansión colonizadora de los portugueses y de los españoles en las Américas y en el mundo. Entre tanto ¿De qué estamos hablando realmente? ¿Qué significa ser iberoamericano? ¿En qué base se asienta la identidad iberoamericana? Creo mejor partir hablando desde el lugar propio y de la manera en que la colonización se encuentra arraigada y de qué formas se realizan las des/colonizaciones en las periferias. Para no caer en generalidades en cuanto al abordaje del tema es necesario seleccionar y elegir fenómenos antropo-sociales propios y apropiados, buscando comprender como la des/colonización se realiza en territorios periféricos en relación a cierto poder colonizador central. Entonces, ¿cuáles son las alternativas políticas de grupos periféricos en relación con la des/colonización? Estamos frente a una tensión de gran potencia porque habla a respecto de la situación político-económica de seres humanos que se encuentran marginados de la sociedad exitosa del Capitalismo Mundial Integrado (CMI), según palabras de Félix Guattari. Esto significa también intentar comprender de cual colonialismo se habla en el proceso de des/colonización – desconstrucción del estado de colonia en el plano material e ideológico/espiritual – en territorios periféricos. ; Os múltiplos olhares de sobrevôo possíveis na abordagem do tema motivador da presente edição, "Des/Colonização, Iberoamérica e o despertar da periferia", revelam a complexidade de nossos modos de ser como participantes da história humana na diáspora iberoamericana. Com o intuito de apurar o foco desta provocação, compreendendo por iberoamericanos a comunidade dos falantes herdeiros da expansão colonizadora dos portugueses e dos espanhóis nas Américas e no mundo. Entretanto, do que mesmo estamos falando? O que significa ser iberoamericano? Em que base se assenta a identidade iberoamericana? Melhor falar a partir do lugar próprio e de como a colonização se encontra enraizada e de que formas se realizam des/colonizações nas periferias. E para sair da generalidade na abordagem do tema é preciso selecionar e escolher fenômenos antropossociais próprios e apropriados, buscando compreender como a des/colonização se realiza em territórios periféricos em relação a certo poder colonizador central. Ora, quais são as alternativas políticas de grupos periféricos em relação à des/colonização? Estamos diante de uma tensão de grande potência porque diz respeito à situação político-econômica de seres humanos que se encontram à margem da sociedade exitosa do Capitalismo Mundial Integrado (CMI), nas palavras de Félix Guattari. Isto significa também procurar compreender de qual colonialismo se fala no processo de des/colonização – desconstrução do estado de colônia nos planos material e ideológico/espiritual – em territórios periféricos. ; Os múltiplos olhares de sobrevôo possíveis na abordagem do tema motivador da presente edição, "Des/Colonização, Iberoamérica e o despertar da periferia", revelam a complexidade de nossos modos de ser como participantes da história humana na diáspora iberoamericana. Com o intuito de apurar o foco desta provocação, compreendendo por iberoamericanos a comunidade dos falantes herdeiros da expansão colonizadora dos portugueses e dos espanhóis nas Américas e no mundo. Entretanto, do que mesmo estamos falando? O que significa ser iberoamericano? Em que base se assenta a identidade iberoamericana? Melhor falar a partir do lugar próprio e de como a colonização se encontra enraizada e de que formas se realizam des/colonizações nas periferias. E para sair da generalidade na abordagem do tema é preciso selecionar e escolher fenômenos antropossociais próprios e apropriados, buscando compreender como a des/colonização se realiza em territórios periféricos em relação a certo poder colonizador central. Ora, quais são as alternativas políticas de grupos periféricos em relação à des/colonização? Estamos diante de uma tensão de grande potência porque diz respeito à situação político-econômica de seres humanos que se encontram à margem da sociedade exitosa do Capitalismo Mundial Integrado (CMI), nas palavras de Félix Guattari. Isto significa também procurar compreender de qual colonialismo se fala no processo de des/colonização – desconstrução do estado de colônia nos planos material e ideológico/espiritual – em territórios periféricos.
Violence and its faces are also the engine of human history. The violence that is witnessed today in Ibero-American cultures includes its genesis in social inequality and in the prevailing capitalist mode of production. The state of violence is produced by social inequalities that have marked the history of humanity since its inception. However, the natural world itself also manifests itself in a violent way as everything comes into being in the universe and life is always fighting against the woman. Globally we live in the age of knowledge, information and violence that is increasingly more extraordinary and uncontrollable by normal (dominant) political and economic means. I believe that the extravagance and malaise caused by violence can be investigated in addition to statistical metrics and bureaucratic prescriptions related to violence. I consider it important to undertake a radical investigation of the current 'state of violence' of humankind, seeking to understand and interpret violence in its various facets, and therefore, it imposes a more intuitive than analytical method, which also requires one. sospecha and radical inquiry. ; La violencia y sus rostros también constituyen el motor de la historia de la humanidad. La violencia que se presencia hoy en las culturas ibero-americanas encuentra su génesis en la desigualdad social y en el modo de producción capitalista imperante. El estado de violencia es producido por desigualdades sociales que marcan la historia de la humanidad desde su inicio. No obstante, el propio mundo natural también se manifiesta de manera violenta en la medida en que todo se encuentra en 'lucha' en el universo y la vida es un perenne combate contra la muerte. Globalmente vivimos en la edad del conocimiento, de la información y de la violencia cada vez más extraña e incontrolable por los medios políticos-económicos normales (dominantes). Creo que la extrañeza y el malestar causados por la violencia pueden ser investigados más allá de las metrificaciones estadísticas y de las prescripciones burocráticas relacionadas con la violencia. Considero importante emprender una investigación radical del 'estado de violencia' actual de la humanidad, buscando comprender e interpretar la violencia en sus diversas facetas, y por eso, se impone la pose de un método más intuitivo que analítico, lo que también requiere de una actitud de sospecha y de indagación radical. ; A violência e suas faces constituem também o motor da história da humanidade. A violência que se presencia hoje nas culturas ibero-americanas encontra a sua gênese na desigualdade social e no modo de produção capitalista imperante. O estado de violência é produzido por desigualdades sociais que marcam a história da humanidade desde os seus primórdios. Entretanto, o próprio mundo natural também se manifesta de modo violento na medida em que tudo se encontra em "luta" no universo e a vida é uma perene luta contra a morte. Globalmente vivemos na idade do conhecimento, da informação e da violência cada vez mais estranha e incontrolável pelos meios político-econômicos normais (dominantes). Acredito que a estranheza e o mal-estar causados pela violência podem ser investigados para além das metrificações estatísticas e das prescrições burocráticas relativas à violência. Considero importante empreender uma investigação radical do "estado de violência" atual da humanidade, procurando-se compreender e interpretar a violência em suas diversas faces, e por isso se impõe a posse de um método mais intuitivo do que analítico, o que também requer a atitude da suspeita e da indagação radical. ; A violência e suas faces constituem também o motor da história da humanidade. A violência que se presencia hoje nas culturas ibero-americanas encontra a sua gênese na desigualdade social e no modo de produção capitalista imperante. O estado de violência é produzido por desigualdades sociais que marcam a história da humanidade desde os seus primórdios. Entretanto, o próprio mundo natural também se manifesta de modo violento na medida em que tudo se encontra em "luta" no universo e a vida é uma perene luta contra a morte. Globalmente vivemos na idade do conhecimento, da informação e da violência cada vez mais estranha e incontrolável pelos meios político-econômicos normais (dominantes). Acredito que a estranheza e o mal-estar causados pela violência podem ser investigados para além das metrificações estatísticas e das prescrições burocráticas relativas à violência. Considero importante empreender uma investigação radical do "estado de violência" atual da humanidade, procurando-se compreender e interpretar a violência em suas diversas faces, e por isso se impõe a posse de um método mais intuitivo do que analítico, o que também requer a atitude da suspeita e da indagação radical.