O artigo faz um levantamento dos estudos sobre protestos e movimentos sociais no Brasil nas cinco últimasdécadas, nas ciências sociais, mapeando sua diversidade, temáticas, paradigmas teórico-metodológicos, categorias e autores. Recupera-se as ações e as teorias que têm dado suporte às suas análises, segundo momentos da conjuntura histórico-política do país. Os dados foram agrupados em cinco ciclos histórico-políticos distintos: 1º- na década de 1970; 2º- transição democrática dos anos de 1980; 3º pós Constituição de 1988; 4º- década de 2000 e, 5º- pós junho de 2013. Estes ciclos apresentam cinco referenciais teóricos: neomarxistas, culturalistas, institucionalistas, autonomistas e neoliberais. Indaga-se como os eventos de protestos têm influenciado as teorias e vice-versa.
Este artículo examina, desde las ciencias sociales, los estudios sobre protestas y movimientos sociales en Brasil en las últimas cinco décadas, mapeando su diversidad, paradigmas temáticos, categorías y autores. Recupera las acciones y teorías que se apoyan en sus análisis según los momentos de la coyuntura histórico-política del país. Los datos se agruparon en cinco ciclos histórico-políticos distintos: en la década de 1970; en la transición democrática de 1980; durante la Constitución de 1988; en el primer decenio del 2000; y después de junio de 2013. Estos ciclos presentan cinco referencias teóricas: neomarxistas, culturalistas o identitarios, institucionalistas, autonomistas y neoliberales. Se cuestiona cómo los eventos de protesta han influido en las teorías y viceversa. ; O artigo faz um levantamento dos estudos sobre protestos e movimentos sociais no Brasil nas cinco últimas décadas, nas ciências sociais, mapeando sua diversidade, temáticas, paradigmas teórico-metodológicos, categorías e autores. Recupera-se as ações e as teorias que têm dado suporte às suas análises, segundo momentos da conjuntura histórico-política do país. Os dados foram agrupados em cinco ciclos histórico-políticos distintos: 1º- na década de 1970; 2º- transição democrática dos anos de 1980; 3º pós Constituição de 1988; 4º- década de 2000 e, 5º- pós junho de 2013. Estes ciclos apresentam cinco referenciais teóricos: neomarxistas, culturalistas, institucionalistas, autonomistas e neoliberais. Indaga-se como os eventos de protestos têm influenciado as teorias e vice-versa. ; This paper examines the studies on protests and social movements in Brazil in the last five decades, mapping its diversity, theoretical-methodological paradigms, categories and authors. It recovers the actions and theories that are supported by their analyses, according to moments of the historical-political conjuncture of the country. The data is grouped into five distinct historical-political cycles: in the 1970s; in the democratic transition during the 1980s; in the post Constitution of 1988; in the first decade of the 21st century and, late June of 2013. These cycles present five theoretical references: neo Marxists, culturalists, institutionalists, autonomists and neoliberals. It is questioned how protest events have influenced theories and vice versa.
<p>O artigo focaliza o tema da participação social e política, teorizado na academia e presente na realidade brasileira tanto na sociedade civil – via movimentos, coletivos e outras organizações – como no estado – via políticas públicas. Faz-se um resgate do conceito e das principais abordagens teóricas sobre a participação. Identificam-se dez abordagens, focalizando como elas têm sido aplicadas na análise de diferentes formas de participação sociopolítica e cultural, advindas tanto de grupos sociais como de instituições estatais. As questões centrais que orientam a análise são: Como essas abordagens têm tratado o tema das desigualdades sociais? Como essas correntes têm contribuído para o entendimento, ou para dar subsídios, à participação da sociedade civil, nos processos de luta pela inclusão, contra discriminações e pela igualdade social? Que agendas podem ser construídas a partir das abordagens?</p><p><strong>THEORIES ON SOCIAL PARTICIPATION: challenges to understanding social inequalities </strong></p><p>The article focuses on the subject of social and political participation, theorized in academia and present in Brazilian reality in both civil society – by social movements, collectives and other organizations – as in the state – by public policies. A rescue of the concept and the main theoretical approaches to participation is made. Ten approaches are identified as they have been applied in the analysis of different forms of socio and cultural participation, coming from both social groups and state institutions. The central issues that guide the analysis are: How have these approaches dealt with the subject of social inequalities? As these chains have contributed to the understanding, or to give subsidies, to the participation of civil society in the process of fighting for inclusion, discrimination and social equality? What agendas can be built from the approaches?</p><p>Keywords: Social participation. Theories. Social inequality</p><p><strong>THÉORIES SUR LA PARTICIPATION SOCIALE: défis pour la compréhension des inégalités sociales </strong></p><p>L'article se concentre sur le thème de la participation sociale et politique, théorisé dans le milieu universitaire et présent dans la réalité brésilienne à la fois dans la société civile-par des mouvements, des collectifs et d'autres organisations-comme dans l'État-par des politiques publiques. Un sauvetage du concept et des principales approches théoriques de la participation est fait. Identifier dix approches, axées sur la manière dont elles ont été appliquées dans l'analyse des différentes formes de participation sociopolitique et culturelle, émanant des groupes sociaux et des institutions étatiques. Les questions centrales qui guident l'analyse sont les suivantes: comment ces approches ont-elles abordé le thème des inégalités sociales? Comment ces courants ont contribué à la compréhension, ou à donner des subventions, La participation de la société civile, dans les processus de lutte pour l'inclusion, contre la discrimination et l'égalité sociale? Quels agendas peuvent être construits à partir des approches?</p><p>Mots-clés: Participation sociale. Théories. Inégalités sociales.</p>