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"Miseries, Tribulations, and Calamities": António de Gouveia as an Eye-witness to the Seventeenth-century Eurasian Crisis
In: Ming-Qing-yanjiu, Band 26, Heft 2, S. 113-149
ISSN: 2468-4791
Abstract
The "General Crisis of the Seventeenth-Century" as a concept was first applied to Europe, where the Portuguese Restoration of 1640 was one of its most striking episodes, when a national dynasty dethroned a foreign one. Geoffrey Parker extended its use worldwide, having in mind similar events taking place all over the globe, namely in China, where dynastic transition took centre stage. Some parallels can be drawn between the two sides of Eurasia, though sometimes in opposite terms (e.g., while the Braganzas were Portuguese, the Qing were Manchu).
Among the coincidences occurring in both countries during dynastic changes, there is mention to omens and wondrous signs, interpreted as manifestations of something about to change, breaking away from the old established order which had lost some sort of divine assent. By using the writings of the Portuguese Jesuit António de Gouveia (1592/94–1677), namely his letters, some of which unpublished, we will seek to see how he interpreted these signs and dynastic change in China, while his own country (Portugal) was going through a similar process. We will make use of materials dating from 1636 to the 1650s, to see what kind of parallelisms Gouveia draws between the Chinese seventeenth-century crisis and the Portuguese case, and how he depicts and characterises the events occurring in China.
Res Sinicae: Pessoas, papéis e intercâmbios culturais entre a Europa e a China (1600–1800)
In: Romanische Literaturen und Kulturen
Os estudos reunidos nesta obra constituem um contributo importante para o alargamento do conhecimento das relações interculturais estabelecidas entre a Europa, nomeadamente Portugal, e a China, durante os séculos XVII e XVIII. Os treze textos revelam aspectos pouco conhecidos sobre arquivos e materiais e trazem à luz um conjunto de fundos documentais, boa parte deles inéditos. Em estreita articulação com os núcleos de documentação publicados na plataforma digital Res Sinicae, surgem abordadas obras e percursos colectivos e individuais de alguns agentes dessa interculturalidade, nomeadamente, alguns jesuítas portugueses da vice-província da China e da província do Japão: Álvaro Semedo (1585–1658), Francisco Furtado (1587–1653), António de Gouveia (1592/1594–1677), Francisco Cardim (1596–1659), Tomás Pereira (1646–1708) e Marcelo Leitão (1679–1755). O livro dá ainda a conhecer algumas das vias e meios da transmissão cultural e científica operada nos dois sentidos, entre a China e a Europa, no período 1600–1800. São tratados temas como a recepção de Martino Martini em Portugal, em 1657; o papel de jesuítas estrangeiros no ensino da matemática nos colégios jesuítas de Évora e de Lisboa, no século XVIII; a disseminação da astrologia europeia na Ásia; ou, ainda, de que forma a sinologia ocidental, já no século XIX, deixou de ser um campo de conhecimento dominado por missionários católicos. O livro «Res Sinicae». Pessoas, papéis e intercâmbios culturais entre a Europa e a China (1600–1800) reúne um conjunto de estudos inicialmente apresentados nas Jornadas «Res Sinicae 2021. Arquivos e Materiais», realizadas a 15 e 16 de Abril desse ano. Posteriormente, outros textos foram incorporados ao livro de modo a completar a temática em estudo. Os textos aqui publicados foram, numa primeira fase, objecto de avaliação do Conselho Editorial do projecto Res Sinicae e, numa segunda fase, alvo de peer review. A publicação desta obra, no quadro do projecto da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) intitulado «Res Sinicae. Base digital de fontes documentais em latim e em português sobre a China (séculos XVI a XVIII). Levantamento, edição, tradução e estudos» (PTDC/LLT-OUT/31941/2017), albergado no Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, responde a uma das suas principais prioridades, a de produção e divulgação dos resultados científicos da investigação desenvolvida pela equipa e colaboradores. Os treze estudos reunidos neste volume revelam um conjunto de fundos documentais, boa parte deles inéditos, e apontam para novas vias de investigação no quadro das relações interculturais estabelecidas entre a Europa, com enfoque especial para Portugal, e a China, entre 1600 e 1800. Ficam, assim, abertas novas pistas de investigação, quer em relação a percursos individuais de intermediários culturais, quer em relação a estratégias colectivas de transferências de saberes e informação, quer em relação ao contacto e convívio com a alteridade. Tais caminhos foram possíveis a partir da revisitação de arquivos e fundos documentais conhecidos, assim como da revelação de novas colecções e da disponibilização de documentos inéditos fulcrais para o conhecimento dos intercâmbios registados nos dois sentidos, entre a China e a Europa na Idade Moderna.