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Resenha Critica: DARDOT, P.; LAVAL, C. A Nova Razão do Mundo - Ensaio sobre a Sociedade Neoliberal. São Paulo: Editora Boitempo, 2016. 402 p.

A Guerrilha do Araguaia ficou conhecida como um dos episódios mais cruéis do período da ditadura civil militar brasileira. Foi responsável por inúmeras violações de direitos humanos, o que gerou repercussões para a vida dos moradores da região e, especificamente, de Xambioá-TO. Assim, objetiva-se demonstrar o uso da gestão do silêncio como forma de superação do sofrimento, por um lado, e como dispositivo estatal de controle da memória social das pessoas que vivenciaram as diversas violências perpetradas pelo Estado, por outro lado. Para tanto, trabalhou-se com análise de conteúdo de duas entrevistas de camponeses vítimas do processo. Chegou-se à conclusão que, apesar das estratégias de controle das narrativas oficiais, ainda assim as pessoas conseguem gerir suas histórias, permitindo, vez ou outra, que as memórias da margem se encontrem com as oficiais.

O presente artigo debate o avanço do capital e os desdobramentos por entre e sobre os territórios do movimento combinado de acumulação e expropriação, que funciona em concomitância à apropriação e despossessão dos bens comuns e dos modos de vida na Amazônia e no Cerrado brasileiros. Analisam-se duas situações distintas: 1) a "guerra" entre uma comunidade tradicional e uma empresa multinacional situada no município de Barcarena/ Pará; 2) um cenário de luta da diversidade de vida contra a economia de um só plantio na região do denominado Matopiba, no leste maranhense e no norte do Tocantins. Por fim, ressaltam-se os Protocolos de Consulta como instrumentos de luta e afirma-se que tão importante quanto olhar as situações, compreendendo a territorialização do capital, é contrapor estas narrativas, desde formas política e juridicamente de reivindicação do direito à própria existência enquanto permanência.

This perspective identifies how recent advances contribute to re-evaluating and re-constructing global environmental negotiations as a research object by calling into question who constitutes an actor and what constitutes a site of agreement formation. Building on this scholarship, we offer the term agreement-making to facilitate further methodological and ethical reflection. The term agreement-making broadens the conceptualisation of the actors, sites and processes constitutive of global environmental agreements and brings to the fore how these are shaped by, reflect and have the potential to re-make or transform the intertwined global order of social, political and economic relations. Agreement-making situates research within these processes, and we suggest that enhancing the methodological diversity and practical utility is a potential avenue for challenging the reproduction of academic dominance. We highlight how COVID-19 requires further adapting research practices and offers an opportunity to question whether we need to be physically present to provide critical insight, analysis and support.