Social Impact Bonds in São Paulo's state public school system: New modality of public-private partnership in Brazil ; Bonos de Impacto Social en las escuelas públicas del estado de São Paulo: Nueva modalidad de asociación público-privada en Brasil ; Contratos de Impacto Social na rede estadual de Sã...
This article analyzes the development of a new modality of public-private partnership in Brazilian education, the so-called Social Impact Bond (SIB), known in Brazil as "Contrato de Impacto Social", whose pilot project, sponsored by the Inter-American Development Bank (IDB), is in its initial stage of implementation in the State of São Paulo. Unlike traditional philanthropy, which legitimizes itself in the alleged non-profit nature of its actions, SIB assumes the possibility of obtaining return rates with "social investments," leading to the creation of a new ecosystem of social finances, which, into this context of privatization of education, incorporates agents interested in capitalizing on the provision of public services to vulnerable populations, in this case, to secondary students from public schools in the State of São Paulo. This kind of contract, or bond—paid by means of "delivery" of results—raises a series of ethical, legal, and political-pedagogical issues related to the accomplishment of "social experiments" with students in a vulnerable condition. From the analysis of internal documents of the Department of Education in the State of São Paulo, in comparison with documentary sources from public schools, we conclude that, from the very beginning of its implementation, the SIB of São Paulo education not only breaks with standards of scientific ethics, but also violates the principle of democratic school management included in the Brazilian constitution. ; Este artículo analiza el desarrollo de una nueva modalidad de asociación público-privada en la educación brasileña, el denominado Bono de Impacto Social (BIS), cuyo proyecto piloto, patrocinado por el Banco Interamericano de Desarrollo, está en fase inicial de implementación en el Estado de São Paulo (Brasil). A diferencia de la filantropía tradicional, que se legitima en el supuesto carácter no lucrativo de sus acciones, el BIS asume la posibilidad de obtener tasas de retorno con "inversiones sociales", con la creación de un nuevo ecosistema de finanzas sociales e incorporando al contexto de la privatización de la educación agentes interesados en capitalizar con la provisión de servicios públicos a poblaciones vulnerables—en el caso en tela, a estudiantes de la secundaria de la red estatal de São Paulo. Este tipo de contrato—cuyo pago se hace mediante la "entrega" de resultados—plantea una serie de cuestiones éticas, jurídicas y político-pedagógicas relacionadas con la realización de "experimentos sociales" con estudiantes en condición de vulnerabilidad. A partir del análisis de documentos internos de la Secretaría de Estado de Educación de São Paulo, cotejados con fuentes documentales provenientes de escuelas estatales, concluimos que, desde el inicio de su implementación, el BIS de la educación de São Paulo no sólo rompe con patrones de ética científica, pero también viola el principio de la gestión democrática escolar inscrito en la Constitución Brasileña. ; Este artigo analisa o desenvolvimento de uma nova modalidade de parceria público-privada na educação brasileira, o denominado Contrato de Impacto Social (CIS), cujo projeto-piloto, patrocinado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, está em fase inicial de implementação no Estado de São Paulo. Diferentemente da filantropia tradicional, que se legitima no pretenso caráter não-lucrativo de suas ações, o CIS assume a possibilidade de obtenção de taxas de retorno com "investimentos sociais", ensejando a criação de um novo ecossistema de finanças sociais e incorporando ao contexto da privatização da educação agentes interessados em capitalizar com a provisão de serviços públicos a populações vulneráveis—no caso em tela, a estudantes do Ensino Médio da rede estadual paulista. Esse tipo de contrato—cujo pagamento é feito mediante a "entrega" de resultados—levanta uma série de questões éticas, jurídicas e político-pedagógicas relacionadas à realização de "experimentos sociais" com estudantes em condição de vulnerabilidade. A partir da análise de documentos internos da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, cotejados com fontes provenientes de escolas estaduais, concluímos que, já desde o início de sua implementação, o CIS da educação paulista não apenas rompe com padrões de ética científica, mas também viola o princípio da gestão democrática escolar consagrado na Constituição Federal.