Sexualidade, família e ethos religioso
In: Coleção Sexualidade, gênero e sociedade
In: Sexualidade em debate
12 Ergebnisse
Sortierung:
In: Coleção Sexualidade, gênero e sociedade
In: Sexualidade em debate
In: Estudos feministas, Band 14, Heft 1, S. 43-59
ISSN: 1806-9584
Este artigo trata dos mitos e comportamentos sexuais, com o objetivo de demonstrar a natureza fabricada da representação acerca da sexualidade brasileira como altamente erotizada e maleável. A partir de uma visão construtivista da sexualidade, os mitos em torno da natureza sexual dos brasileiros são analisados. Vigora no país a representação de que a cultura brasileira é muito aberta sexualmente, expansiva e - calorosa o que se constitui como referência positiva para a identidade nacional. A partir de dados provenientes de um inquérito domiciliar realizado em três cidades de distintas regiões do país, com jovens de ambos os sexos, de 18 a 24 anos, e de dados históricos, o artigo busca demonstrar que os comportamentos sexuais não correspondem à imagem socialmente difundida da sexualidade brasileira, fortemente codificada por relações de gênero.
In: Interseções: revista de estudos interdisciplinares, Band 20, Heft 1
ISSN: 2317-1456
O presente estudo enquadra-se em um conjunto de pesquisas que, a partir dos anos 2000, busca analisar a transexualidade mediante a crítica à patologização de identidades de gênero que operam fora do modelo que relaciona diretamente sexo anatômico ao gênero. O objetivo principal do artigo é descrever a relação de quatro jovens trans com a medicina, diagnóstico e serviços de saúde. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com quatro jovens com idades entre 18 e 22 anos. Apresentamos uma breve historicização da definição da transexualidade enquanto patologia; descrevemos as principais ideias médicas envolvidas na criação do "Processo Transexualizador" do Sistema Único de Saúde no Brasil. Por último, pretendemos apontar como determinadas exigências morais originam-se na noção de que a expressão de gênero está ancorada, em última instância, no sexo biológico.Palavras-chave: Gênero. Transexualidade. Serviços de saúde.
In: Novos Estudos CEBRAP, Heft 59, S. 111-135
In: Teoria e Cultura: revista do mestrado em ciências sociais da UFJF, Band 16, Heft 1, S. 70-78
ISSN: 2318-101X
O presente trabalho tem como tema o impacto das politicas publicas na construção social da masculinidade, e analisa a maneira como os contextos normativos e culturais nos quais os indivíduos estão inseridos tornam-se os balizadores para a forma como serão interpretadas as noções de gênero, e por consequência, de masculinidades. Sabe-se que as políticas públicas de saúde no desenvolvimento das sociedades modernas sempre foram o principal instrumento de interferência estatal na busca pelo controle dos corpos e das mentalidades das populações governadas. Tem-se por referencial empírico o texto que institui a Política Nacional de Saúde do Homem e procura-se refletir na forma como o aparato estatal brasileiro atua como um agente regulador da conduta da população masculina do país, estabelecendo um horizonte subjetivo limitado para esses homens se constituírem. Constata-se que a noção de autonomia na construção do universo subjetivo masculino seria mais um recurso retorico do que uma realidade propriamente implementada.
In: Estudos feministas, Band 24, Heft 1, S. 45-62
ISSN: 1806-9584
Resumo: O artigo apresenta um estudo antropológico sobre integrantes dos grupos de ajuda mútua "Mulheres que amam demais anônimas", sediados na cidade do Rio de Janeiro. As entrevistadas apresentam um perfil social heterogêneo; autodenominam-se heterossexuais; e se concentram na faixa etária entre 40 e 50 anos. As narrativas assinalaram: dedicação intensa ao relacionamento; necessidade de controle do parceiro; medo da solidão; e sentimento de "baixa autoestima". A interação conjugal é marcada por competição e conflitos acerca da reciprocidade de atenção e cuidados. Essas mulheres parecem reatualizar um modelo de comportamento feminino tradicional, apesar de sua familiaridade com a proposta igualitária de conjugalidade.
In: Estudos feministas, Band 15, Heft 3, S. 563-580
ISSN: 1806-9584
Este artigo apresenta o processo de construção de uma nova especialidade médica, os Cuidados Paliativos, voltada a doentes "fora de possibilidades terapêuticas de cura". A proposta surgiu nos anos 1960 na Inglaterra e foi implementada no Brasil no final dos anos 1980. A especialidade se caracteriza pelo acompanhamento do morrer e por postular uma "assistência espiritual" ao doente e a seus familiares, abarcando também o universo das emoções. Observação etnográfica e entrevistas com profissionais brasileiros constataram uma maioria de mulheres entre as equipes de saúde envolvidas nessa proposta. O artigo discute e analisa a articulação ente a construção da especialidade e as representações de gênero presentes entre os profissionais que, por seu turno, refletem imagens sociais difundidas sobre o morrer, crenças, emoções e papéis desempenhados por mulheres e homens nessas esferas.
In: Routledge Handbook of Sexuality, Health and Rights
In: Civitas: revista de ciências sociais, Band 18, Heft 1, S. 83
ISSN: 1984-7289
O objetivo do artigo é analisar maneiras pelas quais a tensão entre igualdade e diferença é debatida no feminismo contemporâneo, bem como as implicações em termos de possibilidades e desafios para a efetivação da democracia. A metodologia consistiu em observação participante realizada em eventos e reuniões organizados por ativistas da Marcha das Vadias do Rio de Janeiro, entre maio e agosto de 2014. Nos anos seguintes, acompanhamos essa e outras iniciativas feministas do Rio de Janeiro, bem como os debates online entre diversas correntes ideológicas atuais, particularmente transfeministas, "feministas radicais" e feministas negras. As conclusões apontam para o uso do conceito de interseccionalidade como possibilidade de resolução das diferenças em uma perspectiva de combate às opressões. Uma tensão ainda não resolvida é a possibilidade de radicalização da democracia, expressa no ideal de "horizontalidade", visto pelas militantes como não efetivado nas interações.
In: Aceno: revista de antropologia do Centro-Oeste, Band 1, Heft 1, S. 102-122
ISSN: 2358-5587
O artigo versa sobre as repercussões da implantação de uma nova política de segurança pública – unidades de polícia pacificadora (UPPs) em determinado Complexo de Favelas do Rio de Janeiro. Focaliza o impacto dessa nova ordem na dinâmica das sociabilidades juvenis, diferenciando-a por gênero e geração. Os dados foram obtidos por meio de trabalho etnográfico de uma equipe de pesquisadores jovens na localidade e utilização de diferentes estratégias metodológicas diante de alguns constrangimentos presentes no campo. A realização de entrevistas nem sempre foi bem sucedida pelo receio da parte dos informantes de serem marcados por olheiros do tráfico remanescente. O lazer dos jovens foi profundamente modificado pela interdição dos bailes funk e pelo impedimento de grupos espontâneos de conversa no âmbito da rua. Certas práticas de sociabilidade foram deslocadas para outros lugares da cidade, dificultando o acesso dos menos providos de capital financeiro. As novas políticas voltadas para a juventude, como forma de ampliar os limites de cidadania, não incorporam as expectativas dos jovens locais.
In: O que ler na ciência social brasileira, Vol. 2
World Affairs Online