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Este artigo intenta apresentar uma visão panorâmica da complexidade histórica das relações entre sociedade, estado e meio ambiente no Brasil. Argumenta que a genealogia dessas relações evidencia uma trajetória não linear, multifacetada e conflituosa. Há diversas tradições no palco dos confrontos políticos atuais: o Brasil se destaca por uma longa história de destruição, que remonta ao início da colonização do território, mas também por uma fértil tradição de pensamento conservacionista, significativas lutas socioambientais, e pelo pioneirismo nas pautas globais em prol do ambiente. Recuperar e valorizar a complexidade das relações entre sociedade e ambiente pode ser um ato decisivo na construção de caminhos futuros diversos para a questão socioambiental no Brasil, projetando e demonstrando a riqueza e o vigor de diferentes atores e práticas dissonantes.

Abstract The slowed university city planning process in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil, from 1942 to 1962, presents itself as a microcosm, a meaningful example of the role of university cities in the broader context of contemporary Latin American cities. As was the case in Mexico City, Caracas and Bogotá, the triumph of modernism in architectural plans for the Belo Horizonte University City was in tune with political projects for modernity and development. The confrontation between two projects – neoclassical versus modernist – acquired significant political meaning in a debate on the university's role in the broader context of nation-building. This paper, which focuses on a case study, demonstrates how university cities are urban spaces of great plasticity and have been able to accommodate –over decades – different visions of the social role of knowledge and the university. Resumo O longo processo de planificação de uma Cidade Universitária em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, entre 1942 e 1962, apresenta-se como um microcosmos, um exemplo significativo da relação das Cidades Universitárias com o contexto mais amplo das cidades latino-americanas contemporâneas. Tal como na Cidade do México, Caracas e Bogotá, o triunfo da arquitetura modernista na construção da Cidade Universitária em Belo Horizonte sintonizou-se a projetos de modernidade e desenvolvimento. O confronto entre dois projetos - neoclássico versus modernista - adquiriu importantes sentidos políticos, configurando-se como um verdadeiro debate sobre o papel da Universidade na construção nacional. O caso focalizado neste artigo demonstra como as Cidades Universitárias são espaços urbanos de grande plasticidade, capazes de abrigar, ao longo das décadas, diferentes visões sobre o papel social do conhecimento e da universidade.

Abstract The slowed university city planning process in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil, from 1942 to 1962, presents itself as a microcosm, a meaningful example of the role of university cities in the broader context of contemporary Latin American cities. As was the case in Mexico City, Caracas and Bogotá, the triumph of modernism in architectural plans for the Belo Horizonte University City was in tune with political projects for modernity and development. The confrontation between two projects – neoclassical versus modernist – acquired significant political meaning in a debate on the university's role in the broader context of nation-building. This paper, which focuses on a case study, demonstrates how university cities are urban spaces of great plasticity and have been able to accommodate –over decades – different visions of the social role of knowledge and the university. Resumo O longo processo de planificação de uma Cidade Universitária em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, entre 1942 e 1962, apresenta-se como um microcosmos, um exemplo significativo da relação das Cidades Universitárias com o contexto mais amplo das cidades latino-americanas contemporâneas. Tal como na Cidade do México, Caracas e Bogotá, o triunfo da arquitetura modernista na construção da Cidade Universitária em Belo Horizonte sintonizou-se a projetos de modernidade e desenvolvimento. O confronto entre dois projetos - neoclássico versus modernista - adquiriu importantes sentidos políticos, configurando-se como um verdadeiro debate sobre o papel da Universidade na construção nacional. O caso focalizado neste artigo demonstra como as Cidades Universitárias são espaços urbanos de grande plasticidade, capazes de abrigar, ao longo das décadas, diferentes visões sobre o papel social do conhecimento e da universidade.

Though still a relatively young field, the study of Latin American environmental history is blossoming, as the contributions to this definitive volume demonstrate. Bringing together thirteen leading experts on the region, A Living Past synthesizes a wide range of scholarship to offer new perspectives on environmental change in Latin America and the Spanish Caribbean since the nineteenth century. Each chapter provides insightful, up-to-date syntheses of current scholarship on critical countries and ecosystems (including Brazil, Mexico, the Caribbean, the tropical Andes, and tropical forests) and such cross-cutting themes as agriculture, conservation, mining, ranching, science, and urbanization. Together, these studies provide valuable historical contexts for making sense of contemporary environmental challenges facing the region