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Jacqueline Braveboy-Wagner é Professora Emérita da City University of New York (CUNY). Além de seu trabalho de pesquisa especializado em política externa, diplomacia e desenvolvimento, particularmente com relação a pequenos estados (e especificamente estados caribenhos), a Prof. Braveboy-Wagner também foi a primeira mulher caribenha a servir como presidente da Associação de Estudos do Caribe (1992 -3), e atuou como representante das ONGs das Nações Unidas da International Studies Association de 1995 a 2010. Ela também foi uma das fundadoras do Global South Caucus da International Studies Association (GSCIS) em 2012.

O objetivo geral deste artigo é observar riscos e consequências do reconhecimento, pelo Brasil, do Hezbollah como organização terrorista. O objetivo específico é a compreensão das questões subjacentes a pressões internacionais por esse reconhecimento. Apresentam-se definições de política externa de defesa, de narcoterrorismo, do Hezbollah, além de utilizarem-se como parâmetros aqueles países que já reconheceram o grupo como terrorista ao lado de frustrações e lições aprendidas pelo Brasil em política externa de defesa em outro período multipolar. Deduzem- se, assim, riscos e consequências no âmbito da Defesa e da Segurança Nacional do reconhecimento do Hezbollah como grupo terrorista pelo Brasil em face de interesses geopolíticos Europeus e dos Estados Unidos, da presença do Brasil na UNIFIL, da importância da África Atlântica para o país diante da crise do Golfo da Guiné e do narcoterrorismo presente na região ao lado da pirataria, além dos riscos e das consequências para a paz da comunidade judaica no Brasil. Conclui-se que o reconhecimento de uma organização como terrorista é de caráter político, devendo assim ser tratado em uma negociação que equilibre, portanto, a vontade de fazer o que parece moralmente correto com riscos e consequências para os interesses de longo prazo do Estado.

This paper seeks to analyze the reshaping of the state security device in Brazil justified by the challenge of hosting the World Cup and the Olympic Games. The advent of these events ignited security programs designed to face possible threats and also the strengthening of law enforcement capability. This security device, in a Foucauldian perspective, should be seen as a complex articulation between social practices around security, national securitization processes and new tactics of government over conducts, spaces and flows connected with transterritorial security strategies. ; Este artículo busca analizar la remodelación del dispositivo de seguridad estatal en Brasil justificado por el desafío de ser sede del Mundial y los Juegos Olímpicos. El advenimiento de estos eventos impulsó los programas de seguridad diseñados para enfrentar posibles amenazas y el fortalecimiento de la capacidad de aplicar la ley. Este dispositivo de seguridad, desde una perspectiva Foucaultiana, debería ser visto como una articulación compleja entre prácticas sociales en torno a la seguridad, procesos nacionales de securitización y nuevas tácticas de gobierno sobre conductas, espacios y flujos conectados con estrategias de seguridad transterritoriales.

Esta edição da revista Monções – o dossiê O Sul Global e suas Perspectivas: ampliando as fronteiras das Relações Internacionais – reúne um conjunto de artigos que buscam trazer mais diversidade para a disciplina de Relações Internacionais a partir do Sul Global. Alguns autores tem enfoque em perspectivas teóricas ainda marginalizadas na disciplina - como a teoria decolonial e as perspectivas indígenas - enquanto outros buscam trazer análises conceituais e empíricas inovadoras a partir de experiências políticas de países do Sul. Além dos artigos, o dossiê conta ainda com uma entrevista com Jaqueline Braveboy-Wagner (City University of New York). Neste artigo introdutório abordamos o Global IR/RI Globais, apontando suas contribuições e limitações, com ênfase nas condições materiais e sua influência sobre a produção acadêmica.

Abstract Acapulco epitomises the (in)security of urban zones in the Americas whose geographical, political and economic divisions are exacerbated by the political economy and geopolitics of drug trafficking, as well as by militarised attempts to fight it. Various geographic, political, and economic factors in the Acapulco Metropolitan Zone (AMZ) have impacted drug trafficking and organised crime and contributed to high levels of violence. As a result, Acapulco now ranks among the 50 most violent cities in the world. This article analyses the trends in drug trafficking and organised crime in the AMZ, and highlights the lessons for scholars and policy-makers.

A hipótese aqui proposta é que Acapulco representa de maneira exemplar a dinâmica de segurança contemporânea nas zonas urbanas das Américas, onde a produção de fronteiras geográficas, políticas e econômicas é agravada pela economia política e geopolítica do narcotráfico, bem como pelas tentativas militarizadas de combatê-lo. O principal argumento desta tese é que a Zona Metropolitana de Acapulco (ZMA) sofreu um processo de alteridade que, geograficamente, politicamente e economicamente, tem resultado em fronteiras visíveis e intangíveis que, à luz do lugar da cidade na economia política e na geopolítica do narcotráfico nas Américas, além de ter levado à militarização das questões relativas ao narcotráfico, levou Acapulco a se classificar entre as 50 cidades mais violentas do mundo. Os resultados e conclusões dessas dinâmicas tornariam as variáveis contidas nesta posição reaplicáveis a outros cenários urbanos do narcotráfico nas Américas. ; Acapulco epitomises the (in)security of urban zones in the Americas whose geographical, political and economic divisions are exacerbated by the political economy and geopolitics of drug trafficking, as well as by militarised attempts to fight it. Various geographic, political, and economic factors in the Acapulco Metropolitan Zone (AMZ) have impacted drug trafficking and organised crime and contributed to high levels of violence. As a result, Acapulco now ranks among the 50 most violent cities in the world. This article analyses the trends in drug trafficking and organised crime in the AMZ, and highlights the lessons for scholars and policy-makers.

Abstract Acapulco epitomises the (in)security of urban zones in the Americas whose geographical, political and economic divisions are exacerbated by the political economy and geopolitics of drug trafficking, as well as by militarised attempts to fight it. Various geographic, political, and economic factors in the Acapulco Metropolitan Zone (AMZ) have impacted drug trafficking and organised crime and contributed to high levels of violence. As a result, Acapulco now ranks among the 50 most violent cities in the world. This article analyses the trends in drug trafficking and organised crime in the AMZ, and highlights the lessons for scholars and policy-makers.

The acknowledgement that many vulnerable societies relapse into violence in the aftermath of the withdrawal of peacekeeping operations has underscored the imperative of developing sustainable exit strategies. Stabilization has hence emerged as a possible means to promote short-term security while avoiding direct political responsibility over complex crises, but the meaning of the term and its consequences remain disputed. The aim of this contribution is to examine the conceptual, academic and diplomatic debate over the concept of stabilization in peace operations by addressing the case of the United Nations Mission for the Stabilization of Haiti (MINUSTAH), and Brazil's multidimensional role in it.

Abstract
The International Security Studies Section (ISSS) of the International Studies Association aims to promote the study of global, international, regional, and national security—broadly conceived. Over the past decade, ISSS has also sought to improve diversity and inclusion for its membership, culminating in its Taskforce on Diversity in Security Studies. In this forum, taskforce organizers, researchers, and participants examine the ways in which ISSS has collected data and then acted to improve both experiences and outcomes for historically excluded scholars, using an intersectional approach but with a specific focus on race. By critically reflecting on the role of professional associations in combatting racism in academia, using the case study of ISSS, the forum has two aims. First, we hope that by sharing ISSS experiences and processes, we may encourage other professional associations to self-reflect on how they may contribute to racial injustice, as well as how they can reveal and counteract racial oppression. Second, rather than solely focusing on goals and outcomes, the forum also gives voice to personal perspectives of researchers and participants to highlight how it is people who ultimately make up the heart of efforts to challenge racism and discrimination.

Many countries throughout Latin America have experienced high levels of corruption, drug trafficking, and violence, which has created elements of fragility. This book consists of case studies that explore the nature of violence in countries of this region.