No auge da sua carreira científica, Leo Waibel foi despedido de sua cátedra de geografia devido a razões políticas durante a administração nazista da Universidade de Bonn e banido de todas as atividades junto a universidades alemãs. Em exílio nos Estados Unidos (1939-46), trabalhou como pesquisador tendo sido convidado em 1946 pelo Conselho Nacional de Geografia no Rio de Janeiro a ocupar o cargo de consultor científico daquela instituição governamental. Com o seu grupo de trabalho formado por talentosos jovens geógrafos brasileiros, ele se ocupou dos tópicos da colonização agrária e do uso da terra também com o paradigma da agricultura brasileira, usando somente florestas para a colonização agrária e campos para a criação bovina extensiva. Ele iniciou pesquisa intensa sobre os problemas dos pequenos colonos, ignorados até então no Brasil. Em Goiás, foram examinadas as condições para a colonização agrária no "Mato Grosso de Goiás" e as possibilidades do uso da terra nos Campos cerrados. Pesquisas sobre o Planalto Central facilitaram o contrato para uma expedição no sentido de definir a localização da futura capital do Brasil. Logo depois, Waibel concentrou sua atenção nos fundamentos da colonização européia no Sul brasileiro e os diferentes sistemas de uso da terra. Razões para o pequeno número de colonos bem sucedidos foram erros na localização de áreas de assentamentos sem consideração a elementos geográficos e condições climáticas, lotes pequenos, herança de partes iguais e a distância até os centros de mercados. Analisando as zonas pioneiras dinâmicas do Sul, do Sudoeste brasileiro e do Planalto Central foram outros highlights das suas pesquisas. Os resultados científicos de Waibel merecem alta consideração e sua reputação fez com que seus colaboradores fizessem uma divisão das atividades no CNG em "antes" e "depois" da presença de Waibel atestando um nível muito mais alto no tempo "depois". Como cientista muito dedicado, com novos métodos de pesquisa em trabalhos de campo e alta ética profissional, Waibel enfatizou decisivamente o que ele aprendera no Brasil. Ele via o Brasil, o maior país tropical, a região ideal para sua planejada obra "geografia dos trópicos". Alguns dos membros do seu grupo de trabalho como Orlando Valverde tornaram-se geógrafos conceituados no Brasil. Antes de deixar o Brasil em 1950, Leo Waibel convidou seu antigo assistente, Gottfried Pfeifer da Universidade de Heidelberg para estada de pesquisa no Brasil, iniciando com isso um longo e duradouro período de colaboração entre geógrafos brasileiros e alemães.
As históricas da expansão das frentes pioneiras, sobretudo no Estado de São Paulo e no Norte do Paraná, bem como nas atuais fronteiras de ocupação na Amazônia, já haviam sido objeto de importantes estudos científicos. Agora, o historiador Sandro Dutra e Silva apresenta de forma expressiva um livro sobre a expansão da fronteira agrícola no Cerrado e na região de floresta tropical conhecida historicamente como "Mato Grosso de Goiás" no período dos anos 1930 até 1950. Sob o ponto de vista da história ambiental, as pesquisas analisam a ocupação da paisagem natural do Planalto Central e os diversos ciclos da expansão da fronteira agrícola nas três décadas antes da fundação de Brasília, capital federal do Brasil.
A colonização agrária privada ou estatal dirigida foi iniciada, há cerca de 200 anos atrás, com a imigração do centro e do sul da Europa para o sul do Brasil. Como os campos eram propriedade dos latifundiários que praticavam pecuária extensiva, foram utilizadas as florestas para o assentamento dos pequenos agricultores. São apresentados três tipos de colonização agrária, as iniciativas da colonização estatal ou privada dirigida com imigrantes europeus em pequenas propriedades no sul do Brasil do século XIX, a colonização de uma companhia inglesa privada influenciada pelo auge do café com pequenas e médias propriedades no norte do Paraná a partir de 1930 e as tentativas estatais da colonização agrária no âmbito dos grandes projetos na região Amazônica dos anos de 1970...Palavras chave: Colonização Agrária; Agricultura familiar; Mobilidade espacial e social; Sul do Brasil; Norte do Paraná; Amazônia.
El viaje que, entre 1799 y 1804, llevo a Alexander von Humboldt y Aime Bonpland a paises que hoy se conocen por los nombres de Venezuela, Cuba, Colombia, Ecuador, Peru y Mexico, marco no solo la transicion desde los tradicionales viajes centrados en la conquista y exploracion de las reservas naturales a una nueva fase de expediciones de investigacion, guiadas - sin segundas intenciones - por claros planteamientos cientificos y al servicio de la descripcion detallada de la geografia regional de los paises. Gracias a este viaje se logro tambien mediar una nueva vision del "Nuevo Mundo" para Europa. (Dialogo Cient/DÜI)
In: Staden-Jahrbuch: Beiträge zur Brasilkunde und zum brasilianisch-deutschen Kultur- und Wirtschaftsaustausch ; Veröffentlichungen des Instituto Hans Staden de Ciências, Letras e Intercâmbio Cultural Brasileiro-Alemão, Heft 37/38, S. 188-221
Seit ihrer Einwanderung nach Parana 1952 gehören donauschwäbische Bauern zu den bedeutendsten landwirtschaftlichen Innovatoren Südbrasiliens. Der von ihnen geprägte agrar- und sozialräumliche Strukturwandel auf den Campos von Guarapuava mit regionalen Ausstrahlungseffekten und die Integration in den Modernisierungsprozeß der brasilianischen Landwirtschaft werden von soziokulturellen Integrationsbestrebungen begleitet. Trotzdem hat Entre Rios, die einzige geschlossene Siedlung von Donauschwaben in Übersee, ihre ethnosoziale Identität bewahrt
In der Beziehung zwischen Brasilien und Paraguay erkennt der Autor eine neue Form des Kolonialismus, die ihren Grund in der Differenzierung und Hierarchisierung der Beziehungen zwischen den Entwicklungsländern hat. Das "Schwellenland" Brasilien hat nicht mehr nur Brückenkopf-Funktionen innerhalb der bekannten Zentrum-Peripherie-Strukturen zwischen Industrie- und Entwicklungsländern, es betreibt vielmehr eine eigene, aggressive Entwicklungspolitik, die sich benachbarte Peripherie-Ökonomien wirtschaftspolitisch und wirtschaftsräumlich zugeordnet. Seit der portugiesischen Kolonialzeit hat das Gebiet des heutigen Paraguay in Brasiliens geopolitischen Konzeptionen als ein noch zu erschließendes, noch zu eroberndes Territorium gegolten. In großem Umfang sind brasilianische Siedler dann ab 1965 nach Ost-Paraguay eingedrungen. Der Bau einer Brücke über den Rio Parana, Straßenbauten und der Bau des Staudamms von Itaipu ließen Ost-Paraguay zur Peripherie Brasiliens werden, während die einheimischen kleinbäuerlichen Kolonisten und die Indianerstämme in den subtropischen Regenwäldern Paraguays verdrängt wurden. Diese "Erschließung" Ost-Paraguays wurde mit Weltbankkrediten und ausländischer Entwicklungshilfe finanziert. (KA)
Die sozialen und ökonomischen Probleme des Agrarsektors und die "ökologischen Handicaps", vor allem in den feuchten inneren Tropen, gehören regional unterschiedlich gewichtet zu den Hemmnissen für die Grundnahrungsmittelversorgung der Bevölkerung in Lateinamerika. Die Schwierigkeiten einer "Grünen Revolution" werden aufgezeigt. Belegt mit statistischem Material werden die internen und externen Abhängigkeiten der Agrarproduktion und die Ursachen und Konsequenzen des Verdrängungswettbewerbs aufgezeigt. Eine Analyse der Entwicklung von Anbauflächen und landwirtschaftlicher Produktion bei Cash-crops und Grundnahrungsmittel schließt sich an. Angesichts der ermittelten Probleme stellt sich die Frage, in welcher Form und mit welcher Konsequenz Agrarreformen in Lateinamerika durchgeführt wurden und werden. Der Autor sieht nur im Abbau der Interessenkonflikte einen Ausweg. Grundbedürfnisse und Existenzsicherung müssen angemessen bewahrt, binnen- und außenwirtschaftliche Notwendigkeiten koordiniert und ausländische Einflüsse im wirtschaftlichen Bereich den nationalen Bedürfnissen untergeordnet werden. (Ru)
In: Staden-Jahrbuch: Beiträge zur Brasilkunde und zum brasilianisch-deutschen Kultur- und Wirtschaftsaustausch ; Veröffentlichungen des Instituto Hans Staden de Ciências, Letras e Intercâmbio Cultural Brasileiro-Alemão, Band 30-31, S. 7-26
Darstellung der Organisation der Handelsbeziehungen zwischen dem städtischen Zentrum von Porto Alegre und der ländlichen Peripherie in den deutschen und italienischen Kolonisationsgebieten von Rio Grande do Sul in der 2. Hälfte des 19. Jahrhunderts unter besonderer Berücksichtigung der sozialen und ökonomischen Bedeutung der Musterreiter bei der Verbreitung der aus Deutschland importierten Haushaltsgegenstände, Werkzeuge und industriellen Fertigwaren