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Brazil had donated food abroad on previous occasions, but an institutionalized humanitarian food aid policy was something innovative in its history. The original goal was to connect the produce of the small family farmers to an international humanitarian policy. However, in practice, the donations privileged the commodities of the large agribusiness farms. This article explains the political economy that diverted the policy from its original social purpose and made Brazil one of the five biggest donors of food to the World Food Program for a short period of time.

Leão Walquíria Rego and Alessandro Pinzani (2014), Vozes do Bolsa Família: Autonomia, dinheiro e cidadania [Voices of the Family Fund: Autonomy, money and citizenship], Second Edition, São Paulo: Editora Unesp. Paperback, ISBN 9788539305285, pp. 256, $40.

The article argues that the US agricultural subsidies are sustained by a coalition of forces larger than is normally asserted by mainstream analysis. Using the concept of agro-industrial complex, the article sustains that subsidies are a state policy intended to keep farms functional. The subsidies push farmers into a technological treadmill, an economic dynamic by which farmers must keep investing in expensive inputs and expanding scale. All this investment and expansion makes farmers highly indebted and places downward pressure on the price of commodities, creating a tendency that, if it were not for the subsidies, would probably lead to bankruptcy. A generalized farm bankruptcy would be a grave setback for many interests: input suppliers, commodity merchants, food suppliers, landowners, banks and the state itself, among others. Thus, agricultural subsidies should be seen through a broader political economy perspective, not one that traces subsidies only to the connections between farm interest groups and key members of Congress.

Argumenta-se que a política comercial da administração Bush é uma importante modificação na tradição norte-americana ao aderir à proliferação de acordos bilaterais. Contudo, a análise do CAFTA-DR demonstra que ela pode encontrar forte resistência doméstica.

It is argued that the Bush Administration's trade policy is an important change in the U.S. tradition because of the proliferation of bilateral agreements. However, the analysis of the CAFTA-DR demonstrates that it can found strong domestic resistance. Adapted from the source document.

Argumenta-se que embora o hemisfério ocidental não tenha sido prioridade na agenda de política externa norte-americana, a região não foi esquecida. A política comercial da administração Bush faz convergir interesses econômicos, políticos e de segurança, e a proliferação de acordos de livre-comércio é parte central da agenda norte-americana para a região. No entanto, essa agenda teve sucesso limitado e parece ter contribuído para uma imagem da América Latina e Caribe divididos em dois campos, um de aproximação e outro de repulsa à agenda norte-americana. O artigo tem objetivo exploratório e baseia-se na análise de hearings e documentos oficiais norte-americanos.

Neste artigo se examina a não adequação dos EUA ao parecer da OMC no contencioso do algodão. Argumenta-se que tal atitude é irracional do ponto de vista do Estado unitário e racional, mas que pode ser explicada por meio de uma perspectiva fragmentada do Estado. Assim, embora a administração desejasse a adequação, cotonicultores e congressistas potencializados por instituições políticas constrangeram as mudanças necessárias. Ao final são projetados cenários para a modificação da política de subsídios agrícolas dos EUA.

It is argued that the maintenance of protectionist agricultural policies in developed countries may occur because of strategic interests. Two interests would be 1) guaranteeing some self-sufficiency and 2) supporting industrial, technological and commercial enterprises dependent on agricultural production. Having a strong agribusiness sector guarantees some security against potential instability in international production and distribution of food and generates relevant economic and technological resources. Argumenta-se que a manutenção das políticas agrícolas protecionistas em países desenvolvidos possa ocorrer por causa de interesses estratégicos. Dois interesses seriam 1) garantir alguma autossuficiência e 2) apoiar empreendimentos industriais, tecnológicos e comerciais dependentes da produção agrícola. Ter um forte setor de agronegócio confere alguma segurança contra a potencial instabilidade da produção e distribuição internacionais de alimentos e gera recursos econômicos e tecnológicos relevantes.

Neste trabalho, abordamos a relação entre assessoria jurídica popular (AJP) e marxismo, discutindo a compatibilidade do marxismo com a práxis jurídica crítica. Em relação à s técnicas de pesquisa, recorremos à análise bibliográfica, em especial no campo da teoria marxista, incluindo-se a crítica marxista do direito. Primeiramente, situamos metodologicamente o problema, buscando desfazer incompreensões acerca da relação entre o abstrato e o concreto sob o método dialético. Em seguida, trazemos posições diversas no campo do marxismo sobre a atuação política no terreno do Estado e também sobre uma atuação jurídica numa perspectiva crítica. A conclusão que apresentamos é de que não há incompatibilidade entre marxismo e AJP, pois a forma de articular o abstrato e o concreto possibilitada pela teoria marxista permite a articulação de uma postura radicalmente crítica à legalidade com o recurso tático ao direito, sempre orientada por uma análise concreta da situação concreta.

Os Estados Unidos têm se caracterizado como o principal doador de assistência alimentar para o mundo desde a década de 1950, quando programas de doação internacional de alimentos foram criados. Ao chegar à Casa Branca, Donald Trump propôs extinguir os programas de assistência alimentar internacional, como parte de sua agenda de política externa de desengajamento das organizações internacionais e do multilateralismo. Apesar disso, o que se percebeu de seu governo foi uma continuidade deste tipo de ajuda externa. Quais fatores contribuíram para a continuidade da assistência alimentar internacional dos Estados Unidos? A partir de uma análise de política externa do governo Trump, o artigo aponta para três principais razões: (a) a posição contrária de congressistas e membros do governo aos cortes em ajuda externa propostos pelos "falcões do orçamento" do governo Trump; (b) a escolha estratégica do republicano David Beasley como diretor geral do Programa Mundial de Alimentos; e o (c) lobby feito pelo triângulo de ferro (produtores e processadores agrícolas, empresas de transporte marítimo e ONGs de distribuição). O artigo contribui para entender a influência que atores para além do chefe de Estado, e mediados por instituições (nacionais ou internacionais), podem ter na política externa estadunidense.