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http://dx.doi.org/10.5007/2175-7984.2016v15n34p257O sucesso eleitoral do PSDB e de seus candidatos no governo do estado de São Paulo vem delonga data. Este estudo visa contribuir com a discussão acerca da manutenção do poder por esse partido no referido estado. A pesquisa objetivou, a partir da consecução de modelos logísticos lineares generalizados (GLM), verificar se indicadores socioeconômicos interferem de algum modo na proporção de votos obtida nos municípios pelo candidato eleito em São Paulo para o cargo de governador. Foram utilizadas na pesquisa as eleições de 2002, 2010 e 2014, as quais têm em comum a vitória do tucano Geraldo Alckmin. O IDHM, o índice de Gini e o índice de envelhecimento estão entre as variáveis que apresentaram significância estatística. No entanto, os modelos estatísticos de cada ano eleitoral explicaram pouco da variação total das proporções de votos. Isso demonstrou que outros fatores, não relacionados à estrutura socioeconômica, repercutem no sucesso eleitoral de Alckmin em São Paulo.

No Brasil, a compreensão da dinâmica da reeleição em termos geográficos é essencial para o entendimento das estratégias políticas usadas pelos candidatos e do comportamento do eleitorado. Investigar a possibilidade de regularidades subjacentes à distribuição espacial de votos para os governadores eleitos pode ser um primeiro passo para a identificar os determinantes do sucesso eleitoral em eleições consecutivas para o cargo. O estudo objetivou verificar se o candidato ou partido reeleito mantinha algum apoio da sua base eleitoral entre as eleições e por isso examinou se há estabilidade geográfica na distribuição dos votos para esses casos entre pares de eleições. Buscou-se observar em qual cenário essa estabilidade é mais propensa, considerando quando é o candidato ou o partido que tentam se reeleger ou quando o partido tenta se manter no poder se inserindo em uma coligação partidária. Analisou-se as votações recebidas por uma amostra de candidatos, partidos e coligações reeleitos considerando uma amostra de estados, tendo em vista as quatro últimas eleições – 1998, 2002, 2006 e 2010. Os mapas elaborados indicam as diferenças positiva e negativa entre os percentuais de votos recebidos em cada par de eleição, demonstrando-se a dinâmica espacial dos votos para essas três situações de reeleição. Os dados amostrais indicam que a possibilidade de sucesso de reeleição e de manutenção da votação nos distritos informais é maior quando o partido lança o candidato que foi vitorioso na eleição anterior, o que reitera a preponderância do voto personalista no Brasil. Observou-se ainda que em alguns estados da amostra, como São Paulo, Goiás e Bahia, há uma baixa competição política entre as elites no período considerado e, portanto, um alto grau de dominância eleitoral, isto é, permanência do grupo que está no poder. A análise dos mapas constatou que a reeleição do candidato se relaciona com dispersão da diferença positiva da votação e que a reeleição do partido direciona para a concentração dessa diferença. Os dados encontrados vão de encontro à literatura, que evidencia a fragilidade dos partidos políticos na arena eleitoral em comparação à figura do candidato.

Argentina y Brasil ilustran cómo distintos diseños electorales impactan en la selección de candidaturas para cargos electivos subnacionales. En Argentina, la autonomía de las provincias para establecer sus propias normas electorales se extiende a la selección de candidaturas, pues es opcional la adhesión a la ley nacional. En Brasil, si bien la legislación electoral es común para todos los estados, las reglas al elegir candidaturas, ya sea a nivel nacional o subnacional, son establecidas por cada partido. En este artículo se analiza cómo las reformas políticas llevadas a cabo en ambas naciones han tenido efectos sobre la selección de candidaturas subnacionales. Utilizando el abordaje top-down para el análisis multinivel, argumentamos que las reformas políticas en estos dos países han planteado tensiones multinivel con impactos en sus sistemas electorales y partidarios que afectaron el grado de pluralidad y la transparencia de la oferta electoral. En Argentina, el proceso fallido de homogeneización vertical de la selección de candidaturas a través de las primarias, abiertas, simultáneas y obligatorias (PASO) ha impactado en las reformas electorales subnacionales y en las prácticas de los actores políticos provinciales. En el caso brasileño, la jurisprudencia y las reformas nacionales surgen para fomentar la coordinación entre los partidos en ambos niveles de gobierno. Los dos casos muestran una tendencia a las nominaciones de candidaturas cerradas y verticalistas.

Argentina y Brasil ilustran cómo distintos diseños electorales impactan en la selección de candidaturas para cargos electivos subnacionales. En Argentina, la autonomía de las provincias para establecer sus propias normas electorales se extiende a la selección de candidaturas, pues es opcional la adhesión a la ley nacional. En Brasil, si bien la legislación electoral es común para todos los estados, las reglas al elegir candidaturas, ya sea a nivel nacional o subnacional, son establecidas por cada partido. En este artículo se analiza cómo las reformas políticas llevadas a cabo en ambas naciones han tenido efectos sobre la selección de candidaturas subnacionales. Utilizando el abordaje top-down para el análisis multinivel, argumentamos que las reformas políticas en estos dos países han planteado tensiones multinivel con impactos en sus sistemas electorales y partidarios que afectaron el grado de pluralidad y la transparencia de la oferta electoral. En Argentina, el proceso fallido de homogeneización vertical de la selección de candidaturas a través de las primarias, abiertas, simultáneas y obligatorias (PASO) ha impactado en las reformas electorales subnacionales y en las prácticas de los actores políticos provinciales. En el caso brasileño, la jurisprudencia y las reformas nacionales surgen para fomentar la coordinación entre los partidos en ambos niveles de gobierno. Los dos casos muestran una tendencia a las nominaciones de candidaturas cerradas y verticalistas.

Toda política é local. Esse é o nome do livro que conta a trajetória política do democrata Tip O'Neill, único político estadunidense a servir consecutivamente durante cinco legislaturas (1977-1987) como presidente da Câmara dos EUA. Na sua biografia política, O'Neill conta que ouviu do pai: "Toda política é local. Não se esqueça disso", quando ele perdeu a primeira eleição a que concorreu. Seu pai não poderia estar mais certo. A participação e influência política, bem como a chegada ao poder, o exercício e a manutenção dele dependem de articulações e relações humanas estabelecidas no nível local, seja o local representado por uma casa, um gabinete, uma família, seja por uma vizinhança, um bairro, uma cidade.

Española y Argentina, politóloga y periodista, Flavia Freidenberg es uno de los nombres más destacados en los estudios de género y de la política subnacional en América Latina. Doctora en Ciencia Política por la Universidad de Salamanca (2001) y Máster en Estudios Latinoamericanos por la misma institución (1999), Freidenberg es actualmente Investigadora Titular "C" Definitivo a Tiempo Completo del Instituto de Investigaciones Jurídicas de la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM) y profesora del Postgrado en Ciencias Políticas y Sociales de la misma universidad. Es también Directora General del Observatorio de Reformas Políticas en América Latina. Ella fue Directora del Instituto de Iberoamérica de la Universidad de Salamanca en España, entre 2012 y 2015 y miembro del Consejo Ejecutivo de la Asociación Latinoamericana de Ciencia Política (ALACIP) entre 2008 y 2013.

All politics is local. This is the title of the book that describes the political trajectory of Democrat Tip O'Neill, the only US politician to serve consecutively during five legislatures (1977-1987) as Speaker of the US House. In his political biography, O'Neill says he heard from his father, "All politics is local. Don't forget that." when he lost the first election he ran for. His father could not have been more correct. Political participation and influence, as well as coming to power, exercising, and maintaining it depend on articulations and human relationships established at the local level, whether represented by a house, an office, a family, a neighborhood, or a city. ; Toda política é local. Esse é o nome do livro que conta a trajetória política do democrata Tip O'Neill, único político estadunidense a servir consecutivamente durante cinco legislaturas (1977-1987) como presidente da Câmara dos EUA. Na sua biografia política, O'Neill conta que ouviu do pai: "Toda política é local. Não se esqueça disso", quando ele perdeu a primeira eleição a que concorreu. Seu pai não poderia estar mais certo. A participação e influência política, bem como a chegada ao poder, o exercício e a manutenção dele dependem de articulações e relações humanas estabelecidas no nível local, seja o local representado por uma casa, um gabinete, uma família, seja por uma vizinhança, um bairro, uma cidade.

All politics is local. This is the title of the book that describes the political trajectory of Democrat Tip O'Neill, the only US politician to serve consecutively during five legislatures (1977-1987) as Speaker of the US House. In his political biography, O'Neill says he heard from his father, "All politics is local. Don't forget that." when he lost the first election he ran for. His father could not have been more correct. Political participation and influence, as well as coming to power, exercising, and maintaining it depend on articulations and human relationships established at the local level, whether represented by a house, an office, a family, a neighborhood, or a city.

The growth of the far right and election results in Brazil are often associated with national or large‐scale events. The multi‐level features of these developments, namely party competition at the sub‐national level, are overlooked in the literature. This article argues that changes in the Brazilian national party system – those observed from Bolsonaro's election, mainly – are rooted in sub‐national political dynamics. Through a comparative and longitudinal analysis of multi‐level executive and legislative elections, we find that, although there are distinct patterns of competition between the national‐sub‐national and within‐country levels, this difference is not evident in volatility.