The article discusses the interconnections between the participation of the Brazilian military in peace missions and civil-military relations in the country. For its elaboration a bibliographical revision and the collection of primary sources, like governmental documents, articles published in newspapers and magazines and interviews were realized. It is concluded that, instead of contributing to the improvement of the articulation between foreign policy and defense policy, the Brazilian participation in peace operations has been instrumentalised by the political class and indirectly contributing to the militarization of public security and the policialization of the armed forces.
Desde a década de 1990, especialmente após a realização da Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente no Rio de Janeiro, em 1992, a diplomacia francesa vem se esforçando para mostrar que a França, sendo detentora do departamento ultramarino da Guiana, é um país amazônico que tem fortes laços com a América do Sul, logo, é um ator importante a ser ouvido nas questões ambientais contemporâneas. Mais recentemente, o estabelecimento de uma parceria estratégica com o Brasil e o agravamento de problemas como o garimpo e a imigração ilegal na Guiana Francesa têm levado as autoridades metropolitanas a enfatizarem o fato de que a maior fronteira terrestre da França é com o Brasil, portanto, seria conveniente que os dois países cooperassem nas áreas de segurança e defesa. Este artigo apresentará as ideias centrais de uma pesquisa que tem como objetivos analisar as percepções dos militares franceses sobre os problemas de segurança e defesa que afligem a Amazônia e avaliar quais são as possibilidades e os entraves para a cooperação militar entre o Brasil e França na fronteira terrestre entre os dois países.
Neste artigo iremos delinear a trajetória dos Estudos de Defesa no Brasil começando com um breve panorama das percepções da intelectualidade brasileira sobre as Forças Armadas – em especial dos cientistas sociais nas décadas de 1960 e 1970 –, passando então à identificação dos primeiros estudos que impulsionaram a configuração do campo e algumas iniciativas mais estruturadas que deram suporte ao seu crescimento ao longo das décadas para, em seguida, acompanharmos as mudanças estruturais nos contextos políticos internacional, regional e nacional na década de 1990 e suas conexões com o ambiente acadêmico da Ciência Política e das Relações Internacionais no Brasil. Também detalharemos a estruturação de linhas de pesquisa em Defesa nos Programas de Pós-Graduação a partir da criação de editais de fomento à pesquisa voltados especificamente para o campo e, por fim, abordaremos o processo de criação da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED) e os desafios colocados para o campo de estudos nos próximos anos.
O artigo procura explorar as relações colombo-brasileiras em tempos recentes, sem descuidar do papel que os Estados Unidos exercem nesta sua histórica zona de influência. A despeito das diferenças ideológicas entre os presidentes Álvaro Uribe e Lula da Silva, o pragmatismo de ambos pretendeu colocar as relações entre Bogotá e Brasília em um novo patamar, prejudicados por seus afilhados políticos, Juan Manuel Santos e Dilma Rousseff, que não conseguiram fazer avançar as promessas colocadas. Após afastamentos e aproximações e diferentes apostas como o Mercado Comum do Sul/MERCOSUL e a Aliança do Pacífico/AP, o que parece um quadro de desencanto com ambas iniciativas pode vir a abrir um novo período nas relações bilaterais entre estes países sul-americanos, em especial nestes tempos de regionalismo sob estresse e uma América do Sul fraturada.