Os radicais livres são responsáveis por causar muitas doenças crônicas e degenerativas. Os antioxidantes são substâncias capazes de eliminar radicais livres e impedi-los de causar danos celulares. Neste contexto, a atividade antioxidante dos extratos alcoólicos das folhas de Anacardium occidentale e Myracrodruon urundeuva foi avaliada pelos métodos de 2,2- difenil-1-picrilhidrazil (DPPH) e 2,2'-azinobis-(3-etil-benzothiazolin-6-sulfónico ácido) (ABTS). O conteúdo fenólico e análise fitoquímica dos extratos também foram avaliados. As duas espécies exibiram atividade sequestradora de radicais livres. Estes resultados estão relacionados com alto teor de compostos fenólicos encontrados nos extratos. M. urundeuva mostrou atividade antioxidante semelhante ao butilhidroxitolueno (BHT), se tornando uma fonte promissora de antioxidante natural.
Esse trabalho descreve a utilização doméstica de inseticidas pela população de Picos (Piauí, Brasil), identificou quais são os tipos de inseticidas mais utilizados e descreve a incidência de intoxicação e a consciência ambiental da população. Após visitas domiciliares (n=700), notou-se que a maioria dos entrevistados foi representada por mulheres (75%), com idade entre 31-55 anos (49%), ensino fundamental incompleto (38,1%) e renda familiar entre 1-2 salários mínimos (64%). A maioria das residências tem entre 1-3 moradores (48%), 85% dos entrevistados usam inseticidas escolhidos principalmente em propagandas de TV e radio e apenas 54% leem o rótulo antes de aplicar o produto. A forma de apresentação mais usada é o aerossol (70,7%). A maioria (79%) reconhece que inseticidas são maléficos à saúde, mas 74% não usam nenhum Equipamento de Proteção Individual (EPI). Sintomas de toxicidade foram relatados por 27% dos entrevistados. Duas mulheres relataram irritação, tonturas e problemas respiratórios e necessidade de intervenção médica e internação hospitalar. Todos os entrevistados descartam as embalagens como lixo comum, uma vez que em Picos não há coleta seletiva. Em conclusão, a maioria das pessoas usam inseticidas, conhecem sobre os riscos individuais e coletivos aos quais estão expostos mas não usam EPI mesmo acreditando que sejam tóxicos. Notou-se que aquisição de conhecimentos não resulta, necessariamente, em mudanças de comportamento, uma vez que o conhecimento não se traduz em atitudes e práticas preventivas adequadas, ressaltando-se a necessidade de campanhas de conscientização quanto à toxicidade e aos riscos ambientais, capacitação de profissionais e política fiscalizatória contra a venda indiscriminada.
As parasitoses intestinais são sérios problemas de saúde pública, principalmente, em países em desenvolvimento. O objetivo do artigo foi verificar se a presença de enteroparasitoses influencia negativamente no estado nutricional das crianças da escola municipal N. Sra. Aparecida, na cidade de Picos-PI. Para isso, investigou-se a frequência de consumo alimentar, dados socioeconômicos, medidas antropométricas e material fecal de 28 crianças, com idade entre 3 e 6 anos. Os grupos de alimentos mais consumidos pelos envolvidos são: óleos, leite, carnes, leguminosas, cereais, bebidas e gorduras e de menor frequência: raízes e tubérculos, frutas, ovos, vegetais, açúcar e doces. Avaliando o estado nutricional se verificou que pelos parâmetros utilizados, Índice de Massa Corporal por idade (IMC/I), peso por idade (P/I) e altura por idade (A/I), a maioria se encontra normal. Os resultados do teste de fezes para parasitas intestinais mostraram que 92,85% das crianças apresentaram pelo menos um enteroparasita e apenas 7,15% não tinham contaminação, prevalecendo na maioria dos casos Ascaris lumbricoides. Portanto, estudos como este contribuem para o desenvolvimento de políticas públicas de prevenção e controle de doenças parasitárias que afetam o desenvolvimento infantil. Palavras-chave: Avaliação Nutricional. Enteropatias. Saúde Escolar. AbstractAdequate childhood nutrition reflects in children's growth and physiological development, health and well-being. The aim of this study was to evaluate the habits and frequency of food intake, nutritional status and the occurrence of enteroparasites in preschool children from 3 to 6 years old from a public school in Picos, Piaui. Thus, the frequency of food intake, socioeconomic data, anthropometric measurements and fecal material of 28 children, aged 3 to 6 years were investigated. The most consumed food groups by those involved are: oils, milk, meat, pulses, cereals, beverages and fats and least consumed ones: roots and tubers, fruits, eggs, vegetables, sugar and sweets. Evaluating children's nutritional status through anthropometric indices, Body Mass Index for age (BMI/I), weight by age (P/I) and height by age (A/I), it was found that they were within the range of normality. Stool test results for intestinal parasites showed that 92.85% of children were positive for at least one enteroparasite and only 7.15% had no contamination, with the highest prevalence of Ascaris lumbricoides. Therefore, studies such as this contribute to the development of public policies for prevention and control of parasitic diseases that affect child's development. Keywords: Nutritional Assessment. Intestinal Diseases. School Health.