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O presente artigo pretende investigar se houve mudança na moral econômica predominante da sociedade brasileira com o advento da crise de 2014. Esta moral é compreendida como elemento superestrutural central da sociedade e delineada historicamente a partir da identificação dos princípios que regem as práticas do mercado e de sua expressão política. Verificou-se que a moral econômica na aludida crise continua definida por grupos tradicionais locais e pelo grande capital internacional, tendo traços predominantes primitivos, porém, sofre pequenas correções de rota no longo-prazo em razão de movimentos na dinâmica socioeconômica externa e interna, como foi o caso do período estudado.