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A proposta desse artigo é estudar o fim do século XIX na França, na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, com algumas incursões na Alemanha e na Europa Mediterrânea, a fim de esclarecer a implantação da cultura de massa antes da Grande Guerra.

Cet article s'efforce de montrer combien l'histoire du livre est devenue, en 50 ans, un chantier majeur de l'histoire générale. Indissolublement liée à l'histoire de l'édition et de la lecture, elle s'inscrit dans le courant inspiré par Lucien Febvre d'une histoire totale, à la fois économique, sociale, politique et culturelle. Isolant cependant l'édition comme une activité spécifique née à la fin du xviii e  siècle, elle s'oppose à toute vision essentialiste du texte autosuffisant.

Este artículo se centra en el papel del dinero en el desarrollo de la prensa francesa durante la Belle Époque, 1880-1910. Mientras que la venta de diarios aumentó de un millón de ejemplares en 1870 a tres millones en 1880 y de nueve a diez millones en 1900 (menos de 40 millones de habitantes), los bancos y las grandes empresas industriales penetraron profundamente en los periódicos. Las páginas financieras se alquilaban a compañías especializadas en publicidad y las grandes empresas trataron de utilizar la prensa para drenar el ahorro público. Varios escándalos, procedentes de Panamá, el níquel y los préstamos rusos, revelarán la extensión de la corrupción de los periodistas, los propietarios de la prensa, así como de los parlamentarios. El consejero del Ministro de Finanzas ruso hablará acertadamente de "la abominable venalidad de la prensa" que socavó la democracia y demostró la capacidad de los medios para manipular a la opinión pública.

Em pleno século XX, na França, intelectuais laicos, de um lado, católicos, de outro, defenderam a censura de obras literárias, de exposições, de artistas e até mesmo de histórias em quadrinhos. A história dos intelectuais franceses desse período encobre a existência e a atuação de figuras conservadoras e reacionárias, virulentas na expressão de suas convicções, vindas em boa parte do meio clerical, e que dispuseram de grande visibilidade e influência, não apenas na França. Embora menos lembradas, é preciso compreender o alcance de suas ideias, as formas de sua difusão, o papel deletério que exerceram, em seu tempo, com a calúnia e a condenação sistemática de obras, de autores, de artistas, e o modo como se impuseram ao Estado e atuaram em seu nome. Reconstituir essa dimensão da história intelectual francesa é fundamental hoje, quando se pode ouvir o eco de totalitarismos de base religiosa que progressivamente ameaça as liberdades individuais.