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O artigo problematiza criticamente o debate sobre o conceito de "terceiro setor", apartir não do que é chamado "terceiro setor", mas das reformas mais gerais operadassob a hegemonia do grande capital, particularmente o financeiro. Procura-secaracterizar a origem setorializadora desse termo que, de um lado, impede uma visãode totalidade e, portanto, deita por terra a perspectiva de transformação social; e, deoutro, determina sua clara funcionalidade ao projeto hegemônico de reestruturação docapital que, orientado nos postulados neoliberais, mistifica a sociedade civil, desarticulae apazigua as lutas sociais, além de propiciar maior aceitação à reforma do Estado,particularmente no que refere à Seguridade Social e à responsabilidade estatal naresposta à "questão social" como direito de cidadania. ; This article critically problematizes the debate on the concept of the "thirdsector," departing not from the fact that it is called the "third sector," butfrom the more general reforms undertaken under the hegemony of big capital,particularly financial capital. It tries to characterize the sectoralized origin ofthat term, which, on the one hand, impedes a vision of the totality and, as aresult, undercuts a socially transformative perspective and, on the other hand,determines its clear functionality for the hegemonic project of capitalrestructuring. This project, oriented by neoliberal postulates, mystifies civilsociety and disarticulates and pacifies social struggles, at the same time that itpromotes a greater acceptance of state reform, particularly with regard tosocial security and the state's responsibility to treat the "social question" as aright of citizenship.