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As artes urbanas do grafite, denominada neste texto como urbanografia, envolvem processos de criação artístico diversos, alguns com insights criativos motivados pelas relações políticas e sociais constituídas no âmbito digital das redes sociais, ou, com finalidade de inserção nas mesmas, que consequentemente, são locais que alimentam e retroalimentam as suas intervenções nas paredes por meio das inspirações que ocorrem em seus processos de criações de arte. Ao analisar algumas hashtags que envolvem a urbanografia na rede social Instagram, buscamos compreender o poder simbólico que existe nesta arte, em uma perspectiva dos efeitos de lugar e como os mesmos são elementos importantes nas decisões sobre a escolha do espaço a ser realizado as intervenções, sob a ótica de Pierre Bourdieu e Loïc Wacquant, e, a linha tênue entre o urbano e o digital, principalmente a participação citadina dos atores sociais que fotografam e publicam suas imagens no Instagram sob a ótica de Armando Silva, filósofo e semiótico colombiano.

Este texto pretende contextualizar o que engloba a ubiquidade, como surgiu este termo e como é utilizado enquanto possibilidade de registros imagéticos. São abordados dados históricos sobre a imagem feita com o celular e como podem ser utilizadas como instrumentos de pesquisa. O maior foco e proposta deste estudo envolve o registro de imagens de paisagens, e como ele pode contribuir para a preservação e a transmissão de tradições de patrimônio imaterial, em um estudo de caso sobre atividades executadas, em redes sociais, por sineiros na cidade histórica de São João Del-Rei, conhecida como "a cidade onde os sinos falam".